17/09/2017 - XXIV Domingo do tempo comum – 1ª. Leitura –
Eclesiástico 27,33-28,9 – “sem perdão não pode haver cura”
O autor do Livro do Eclesiástico nos conscientiza a perceber até onde
o rancor, a raiva e a falta de perdão têm influência na nossa saúde e
bem-estar. De tal modo, com palavras sábias ele nos adverte: “Se alguém guarda raiva contra o outro, como
poderá pedir a Deus a cura?” Daí, podemos entender que a falta de perdão e
os ressentimentos que cultivamos dentro do nosso coração são a causa das
enfermidades e doenças com as quais somos acometidos. Mesmo que nos prostremos
diante de Deus e supliquemos pela nossa cura, nunca seremos atendidos nos
nossos desejos, se a mágoa, a raiva, a inveja, o rancor e a falta de perdão
estiverem presentes no nosso interior. Eles são como uma barreira que nos
impede de receber a graça da cura prometida pelo Pai. Com efeito, precisamos
estar atentos (as) e vigilantes, pois há uma lei natural de reciprocidade que
direciona as nossas ações e até os nossos desejos. Com efeito, a palavra nos
diz claramente: “Quem se vingar
encontrará a vingança do Senhor, que pedirá severas contas dos seus pecados”. Não obstante, toda exortação é eficaz para o
nosso próprio bem, pois Deus é justo e deseja para todos nós somente o que é
lícito para a nossa felicidade. OS MANDAMENTOS DA LEI DE DEUS são como luzeiros
a nos iluminar e instruir a fim de que tenhamos saúde total, de corpo, de alma
e de espírito. Que de hoje em diante ofereçamos a Deus nossa vontade de perdoar
a todas as pessoas que nos ofenderam e recebamos Dele a cura das nossas
enfermidades. – Como está o seu coração? – Há nele alguma mágoa ou
ressentimento que possam estar bloqueando a graça de Deus para a sua vida? –
Você precisa perdoar a alguém? – Você tem pedido a Deus a cura para os seus
males? - Converse com Jesus sobre isso,
hoje!
Salmo 102 – “O Senhor é bondoso, compassivo e carinhoso”
O salmista exalta a misericórdia de Deus que sempre perdoa a nossa
culpa e cura a nossa enfermidade quando
de coração seguimos a Sua lei. Ao contrário do que imaginamos o Senhor não leva
em conta o nosso pecado quando, arrependidos, nos voltamos para Ele e nem
guarda ressentimento contra nós, mesmo quando somos os maiores pecadores. Ele é
bondoso, compassivo e carinhoso, pois o Seu Amor é eterno e não tem fim. Por
isso, bendizemos ao Senhor de todo o nosso coração!
2ª. Leitura – Romanos 14, 7-9 – “vivos ou mortos pertencemos a Cristo”
São Paulo nos orienta a que sejamos autênticos seguidores de Jesus
Cristo, afirmando que a nossa conversão implica em que aos poucos, nos
apossemos do ser de Cristo para alcançar a perfeição. Na medida em que
caminhamos segundo a Palavra do Senhor, nós também vamos deixando de lado os
nossos ideais puramente humanos, a nossa maneira de pensar e de julgar, assim
como também, o sentido da nossa existência. Somos de Cristo, a Ele pertencemos,
quer morramos quer vivamos é Ele o Senhor da nossa vida. Portanto, não nos
importará o morrer ou o viver, pois em todas as circunstâncias sabemos que
Cristo estará conosco. São Paulo afirma com muita categoria que “Cristo morreu
e ressuscitou exatamente para ser o Senhor dos mortos e dos vivos”. Portanto,
procuremos renovar o nosso pensamento e opinião em relação aos mortos, pois
Cristo é tudo em todos e a Ele nós pertencemos. Pensando dessa forma e
cultivando em nós essa certeza, estaremos vivendo aqui na terra a esperança de
uma vida promissora, em Cristo, quer vivamos quer morramos. – Você compreendeu
a abrangência do poder de Jesus? – Você ainda vive para si ou já deixa que
Cristo seja o Senhor de tudo na sua vida? – O que você acha que irá acontecer
quando morrer?
Evangelho – Mateus 18, 21-35 – “perdoar sempre”
Neste Evangelho nós aprendemos com Jesus que, para entrar no reino
dos céus, não basta apenas ter boa vontade e boa intenção, mas viver
misericórdia do mesmo modo que o Pai. Assim sendo, Ele faz uma analogia entre o
perdão que recebemos de Deus e o perdão que negamos aos nossos irmãos. Muitas
vezes nos satisfazemos com a nossa oração e devoção, com o nosso serviço
“desinteressado”, com a nossa participação na Igreja, na Comunidade, enfim, com
a nossa vidinha aparentemente correta. No entanto, nos esquecemos de que, aos
olhos de Deus, os nossos relacionamentos deixam muito a desejar. Não sabemos
perdoar na mesma medida em que almejamos o perdão, exigimos dos outros, aquilo
que nem nós conseguimos fazer e tratamos os nossos semelhantes com frieza,
embora supliquemos o afago do Senhor. Jesus não limitou o perdão a algumas sete
vezes como propôs Pedro, mas nos mandou perdoar sempre, infinitamente, não
importando o tamanho da ofensa. “A nossa oração deve nos levar a compreender as
consequências do amor”, se não for assim, nunca conseguiremos perdoar e
dispensar as faltas de quem nos ofende. Quando nos propomos a entrar no reino
dos céus, precisamos nos vestir com a veste de Jesus que é a mentalidade evangélica
e deixar a capa da intolerância e da inclemência. O reino dos céus é um estado de vida em que o
Espírito Santo reina em todas as esferas da nossa vida e o perdão é a porta
pela qual nós adentramos nele. Perdoar sempre, em todas as circunstâncias e em
qualquer situação! É esta a mensagem central do Evangelho de hoje. – Você trata
os seus irmãos na mesma medida em que deseja ser tratado? – Você costuma
perdoar os seus devedores da mesma forma que é perdoado por Deus? – Você já
conseguiu entrar no reino dos céus? – Você tem perdoado aos seus inimigos?
Agradeço ao Senhor nosso Deus, pela beleza do coração de que já tenha entrado no reino dos céus. Como é que se sente a pessoa que já tenha entrado assim, na alegria plena? Gostaria de receber esta resposta. Tenho assim, a impressão que eu já tenha sido olhado pelos maravilhosos do Senhor Jesus. Algo aconteceu, que eu não sei comentar. Era uma indescritível sensação de gozo, espiritual, que pude em instantes, perceber. Senti meu espírito tão alegre... Será que foi naquele instante?
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