SEGUNDA
– DIA 25 - Evangelho - Lc 8,16-18
Alexandre
Soledade
Bom
dia!
Tenho
refletido muito esse evangelho e por vezes me questiono quanto a minha conduta.
Explico…
Como
outros tantos cristãos, nos assoberbamos de trabalhos dentro da igreja e é
nesse ponto que me interrogo: Será que estar atuante em tantas áreas é o
correto, pois ao ocupar um espaço talvez não permita que outros surjam? Mas
como não questionar a situação que a messe continua a crescer, mas os operários
não?
É
um fato que grande parte das pastorais se “especializou” em “pescar o peixe que
esta dentro do aquário”, ou seja, aquele que já esta aqui dentro; outro fato é
que falar de Deus para quem já o conhece, creio que não seja uma tarefa tão
árdua como é ser luzeiro no mundo. Falar de Deus talvez não seja tão complexo
como viver sua palavra todos os dias, cansado, voltando do longo dia de
trabalho, sem descanso…
Mas
se paro, como fica aquele que aprendeu a me procurar?
O
capitão do barco quando avista o farol sabe que duas coisas existem ali: Um
caminho seguro e um perigo eminente (rochas, corais, pouca profundidade) ou o
farol foi por acaso construído apenas para iluminar o mar? Surge então a grande
dúvida: Será que um farol pode estar em todo lugar ao mesmo tempo?
A
indagação surge do fato que por maior que seja meu, o seu, o nosso empenho,
possivelmente será pequeno mediante a crescente messe. Nosso esforço parece
sempre andar em progressão aritmética (PA) e a messe em geométrica (PG).
Quantos
servos, filhos de Deus, pais, mães, (…) se sentem assim? Mas o estranho é que é
nessa hora que Deus se supera em nós! “(…) PORQUE QUEM TEM RECEBERÁ MAIS; mas
quem não tem, até o que pensa que tem será tirado dele”.
Deus
na verdade não precisaria de nós, mas espera com muita ansiedade um gesto
concreto de fé resiliente.
Resiliência
deriva de uma propriedade química ou física em que uma substância tem, após
estresse ou de uma adversidade, de conseguir se adaptar ou retornar ao estado
original. Por analogia (comparação) imaginemos um fino galho de goiabeira que
mesmo sobre forte peso, nega-se a quebrar. Fé resiliente é aquela que se nega a
desistir e que após longo estresse é recompensada com os frutos.
Não!
Não vale a pena desistir do projeto de Deus por falta de operários, pois se
fomos edificados faróis para alguma coisa precisamos servir. O gesto de um
único farol pode mudar a vida de um navio perdido no mar, claro que não
salvaremos a todos. Ambicionamos a coisas muito grandes; reclamamos muito das
coisas pequenas que somadas começam a nos pesar, mas preciso voltar a ver a
gama de dons que Deus dá aos que estão assoberbados em Seu nome
“(…)
Aquele que é fiel nas coisas pequenas será também fiel nas coisas grandes. E quem
é injusto nas coisas pequenas, sê-lo-á também nas grandes Se, pois, não
tiverdes sido fiéis nas riquezas injustas, quem vos confiará as verdadeiras”?
(Lucas 16, 10-11)
Vamos
continuar!
Um
imenso abraço fraterno
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