07/08/2016 - XIX Domingo do
tempo comum – 1ª. Leitura – Sabedoria 18, 6-9 -
“a herança das dádivas divinas”
O autor do Livro da Sabedoria
se reporta à noite da libertação dos
hebreus quando o povo deu crédito às promessas que o Senhor lhe fez por
meio de Moisés. Firmado nisso o povo de Israel se conservou destemido e conheceu
a ação de Deus tanto para a sua salvação como para a perdição do faraó e dos
egípcios que o perseguiam. Por intermédio de Moisés Deus fez um pacto com o Seu
povo e este, conheceu a Sua glória. Assim sendo, os antigos deixaram para os
seus sucessores a herança das dádivas divinas, muito embora pudessem também
participar dos mesmos contratempos pelos quais eles passaram. Podemos refletir,
que a promessa de libertação que Deus cumpriu quando Moisés tirou o povo hebreu
do Egito, se cumpre hoje, na nossa vida, quando assumimos a nossa participação
no Mistério de Cristo o qual se encarnou e se fez homem para também nos
libertar da escravidão do pecado. Portanto, o pacto que os “piedosos filhos dos bons” fizeram com Deus para que os “santos participassem dos mesmos bens e dos
mesmos perigos” que eles, faz parte da nossa história de salvação. Essa
herança se transmite de pai para filho na medida em que cada geração entoa
também, antecipadamente, os cânticos de seus pais. Assim como nós conhecemos a
nossa história familiar e sabemos repetir o que nos foi ensinado pelos nossos
antepassados, também precisamos tomar conhecimento da ação divina na história
espiritual daqueles que nos antecederam. Conscientes disso, nós podemos então
perceber que Deus sempre esteve presente na nossa caminhada terrena quando
interveio e mostrou a Sua glória mesmo nos momentos de grandes dificuldades. A
nossa vida é um mistério repleto do Amor e da Bondade de Deus, assim sendo,
devemos ficar bem atentos (as) para perceber isso em todos os nossos
movimentos, a fim de que saibamos também contar aos nossos filhos e estes aos
nossos netos, as proezas que realizamos porque o Senhor nos sustentou. – Como
você avalia a sua história familiar? – O que você conhece da vida espiritual
dos seus antepassados? – Você tem gravado na memória como Deus se manifesta na
sua vida para descrever aos seus sucessores?
Salmo
32 – “Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança”
A herança do Senhor é
destinada ao homem justo, isto é, a quem Lhe oferece o seu viver e o seu
louvor. Aquele que teme o Senhor e coloca Nele a sua esperança recebe o prêmio
da Sua assistência durante todos os dias da vida. A graça do Senhor se
manifesta na medida em que nós a esperamos e quanto mais confiarmos no Seu
auxilio e na Sua proteção mais poderemos receber o Seu amor que nos faz viver
alegres e felizes.
2ª.
Leitura – Hebreus – 11,1-2.8-19 ou 1-2.8-12 – “ Deus preparou uma cidade e
construiu uma morada para nós”
Este trecho da carta aos
Hebreus disserta para nós como se manifestou a Fé na vida dos que nos precederam
na caminhada espiritual. Nessa perspectiva, ele define a fé vivida por eles,
como uma forma de possuirmos antecipadamente, as coisas que esperamos e já
vislumbrarmos as realidades que ainda não estamos enxergando. Tendo Abraão como
exemplo maior o autor nos estimula a refletir acerca da pátria que nos é
prometida por Deus e que buscamos encontrar mesmo que não tenhamos ainda muita
ideia de como seja. Caminhamos aqui como estrangeiros e migrantes, porém, na
nossa limitação, às vezes, pensamos que é aqui o nosso porto seguro.
Precisamos, no entanto, firmados na Palavra do Senhor ter a convicção de que
Ele nos preparou uma cidade e construiu uma morada para nós. Algumas vezes,
também como Abraão, nós somos chamados a sacrificar o nosso “filho único” para
que tenhamos acesso ao lugar que Deus nos preparou. São todos os ídolos a quem
nos apegamos e, que por isso, nos levam a esquecer de que o Senhor é o nosso
maior Bem e que o Seu Amor e a Sua graça nos bastam para que tenhamos ingresso
no lugar do nosso repouso. Abraão é considerado o Pai da fé, portanto, se
tivermos fé, seremos também chamados de seus filhos e esperaremos confiantes
pela manifestação de Deus que tem o poder de reconquistar para nós tudo o que
tivermos de entregar a Ele. O poder da morte e ressurreição de Jesus nos fez
morrer com Ele e nos fará também ressuscitar de uma maneira gloriosa e plena
para gozar de tudo quanto Deus Pai tiver preparado para nossa bem aventurança. –
O que você tem esperado na sua vida? – Você tem fé? – Como tem se manifestado a
sua fé? – Você já precisou entregar a Deus algo que é como se fosse um “filho
único? – O que você recebeu em troca?
Evangelho
– Lucas 12,32-48 – “o reino é uma dádiva que Deus”
Jesus dirige a palavra a todos
aqueles que se sentem chamados a participar do reino do Pai e lhes dá
instruções para que permaneçam firmes e vigilantes no propósito de alcançar a
herança eterna. Portanto, todos nós que almejamos seguir Seus ensinamentos
precisamos estar de ouvidos e olhos abertos a fim de apreender com Ele os
segredos que desvendam os mistérios do reino dos céus. A Sua primeira exortação
é para que não tenhamos medo de nada, pois o reino é uma dádiva que Deus
deseja nos conceder e é do Seu agrado que nós o alcancemos. No entanto, Jesus
nos dá algumas orientações que são como chaves para nos abrir a porta da
vivência do reino. O reino de Deus é um tesouro que somente obtemos na medida
em que nos desapegamos dos nossos bens materiais, usando-os para o bem comum,
isto é, com fim de ajudar ao próximo. Quando agimos assim, nós nos desfazemos
do nosso tesouro material aqui na terra para adquirir um tesouro que nunca se
acaba, pois está guardado no céu, onde
os ladrões não chegam nem a traça corrói. Dessa forma, o nosso ideal de vida,
os nossos anseios e objetivos estarão também guardados no céu como um tesouro.
Lá também estará o nosso coração onde o reino do céu começa acontecer. No entanto, não devemos parar por aí, pois
mesmo que tenhamos as melhores intenções, somos pessoas falíveis. Por isso,
Jesus nos recomenda que tenhamos “rins cingidos e lâmpadas acesas” significando o estado de alerta e de prontidão
em que todo o cristão deve permanecer. A nossa vida é breve, por isso, devemos
manter os nossos olhos voltados para o alto, à espera Daquele que há de vir,
nosso Senhor Jesus Cristo. O Evangelho se refere ao senhor a quem os seus empregados esperam e que volta para casa
depois de uma festa de casamento. A
festa de casamento são as Bodas do Cordeiro que se realiza no céu e para a qual
todos nós somos convidados. Jesus virá um dia nos levar definitivamente para
participar desse Banquete. A qualquer hora da nossa vida e em qualquer idade
que tenhamos, Jesus poderá bater à nossa porta e nos convidar para cear com Ele
no Banquete da vida eterna. Felizes nós seremos se Ele nos encontrar preparados
e na expectativa. Jesus ainda nos exorta de que enquanto aqui estamos somos
cooperadores do reino de Deus e estamos a serviço da casa do Senhor. Todos nós
que, pela Fé assumimos a salvação de Jesus e perseguimos continuamente a
conversão, somos administradores do reino do céu que deseja se instalar na terra. Deus almeja
dar aos Seus filhos e filhas, uma melhor qualidade de vida, fazendo com que
todos participem aqui na terra, de uma vida abundante. Ele nos chamou para que sejamos Seus operários,
cuidando do povo que ainda não provou da comida e da bebida que Ele oferece ao
mundo. Seremos considerados Seus fieis e prudentes administradores, se formos
encontrados no lugar exato aonde Ele deseja que estejamos. – Você já está
“vendendo os seus bens” para adquirir um tesouro no céu? – Aonde está o seu
coração? – Como você tem se mantido: em estado de
alerta, ou seja, em estado de graça ou relaxado (a) como cristão? - Você se
sente um (a) administrador (a) fiel dos
talentos que Deus lhe deu? – Como você tem tratado aqueles (as) que o Senhor
coloca sob a sua condução? – Você está
no posto que o Senhor deseja que você permaneça ou tem deixado para depois a
sua missão?
PERDAO SENHOR POIS SOU FRACO ,E PRECISO MUITO APRENDER A OBEDECER,TE.SENHOR QUE EU NAO FIQUE PARA TRAZ QUANDO VIERES,POR ISSO PRECISO EU ME EMPENHAR MAIS,MISERICODIA AJUDE,ME.
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