24 - Quarta - Evangelho - Jo 1,45-51
Bom dia!
Natanael é citado em outros evangelhos, mas com o nome que o
conhecemos: Bartolomeu. Ou seja, ele era um dos doze apóstolos. As narrativas
de sua vida são discretas e poucas descobertas. Notamos nele também, a
dificuldade em aceitar o “improvável” “(…) E será que pode sair alguma coisa
boa de Nazaré? No entanto lendo buscando nos relatos e estudos apócrifos, vemos
que esse apóstolo teve uma grande importância para a igreja que nós conhecemos
hoje.
Pra falar de Bartolomeu gostaria de trazer algumas reflexões feitas
no comentário de ontem
“(…) O encontro com Cristo, graças à ação invisível do Espírito
Santo, realiza-se na fé recebida e vivida na Igreja. Com as palavras do papa
Bento XVI repetimos com certeza: ‘A Igreja é nossa casa! Esta é nossa casa’ Na
Igreja católica temos tudo o que é bom, tudo o que é motivo de segurança e de
consolo! QUEM ACEITA A CRISTO: CAMINHO, VERDADE E VIDA, EM SUA TOTALIDADE, TEM
GARANTIDA A PAZ E A FELICIDADE, NESTA E NA OUTRA VIDA!” (Documento de Aparecida
§246)
Bartolomeu demonstrava-se ser bem cético ao que ouvia falar de
Jesus, no entanto Felipe seu grande amigo, é que se encarrega de apresentá-lo
ao Senhor, e ao recordar esse fato, como é que nós apresentamos O a aqueles que
se aproximam de nós? Como é que na pregação, na música, na acolhida, na oração,
no louvor, na vida, (…), apresentamos Jesus ao irmão? É bem verdade que ninguém
deve por sua confiança em homem nenhum, mas não estou falando de confiança e
sim de um Deus que mora em nós
Jesus toca o coração de Bartolomeu, pois sabia muito mais que
qualquer um podia saber ao seu respeito. Será que conseguimos imaginar o que
Bartolomeu fazia debaixo da figueira? Será que lá chorava, pensava em dívidas,
lamuriava sobre a vida ou talvez se suicidar? Entenda que tudo isso é uma
dissertação para levá-lo a entender que muita gente que vem a igreja, mesmo
cética ou com pouca fé, se bem apresentada a Jesus acaba se deixando tocar pelo
dia que também estava debaixo de uma figueira da vida.
O antes cético agora amado Bartolomeu, pode presenciar milagres e
prodígios bem como a ascensão ao céu de Jesus. Alguns relatos históricos narram
que foi para região da Índia e lá converteu cidades e até reis. Foi para uma
região de cultura e línguas diferentes, mas não se abateu. Reparemos a
quantidade de irmãos que procuram por Deus e ao encontrá-lo passam ser mais
dedicados que qualquer um que já esta na igreja há anos ou décadas.
Isso é verdade, mas como é triste vermos que perdemos o tato em
conversar com essas pessoas. Conversar não é converter, pois a conversão é um
ato individual que parte de aceitar algo e não cabe a nós fazê-lo. Também não
cabe a nós escolher com nossos olhos, pois muitos que são convidados para o
banquete não vêm e aqueles que nem se quer olhei, são os que geralmente ficam e
perseveram.
“(…) Vós sabeis que é proibido a um judeu aproximar-se dum
estrangeiro ou ir à sua casa. Todavia, Deus me mostrou que nenhum homem deve
ser considerado profano ou impuro”. (Atos 10, 28)
Reparem novamente a frase no nosso papa quando diz “(…) Na Igreja
católica temos tudo o que é bom, tudo o que é motivo de segurança e de
consolo”. Sim! Nossa igreja tem de tudo. Temos RCC, ECC, catequese, marianos,
vicentinos, cursilistas, PJ, outras pastorais, ministros, seminaristas,
missionários, padres… Cabe a cada segmento fazer o seu trabalho bem feito e as
pessoas não tardaram a voltar.
O documento de aparecida pede que olhemos além dos nossos muros e
pastorais.
Sigamos o modelo intrépido de São Bartolomeu!
Um imenso abraço fraterno.
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