11
de Fevereiro - Quinta - Evangelho
- Lc 9,22-25
Bom
dia!
“(…)
O verdadeiro discípulo de Jesus é aquele que vive como o próprio Jesus e faz
dele o modelo de sua vida. Jesus nunca viveu para si, mas sempre viveu para o
Pai e para os seus irmãos e irmãs, fazendo do seu dia a dia um serviço a Deus e
ao próximo. A exemplo de Jesus, nós devemos passar por esse mundo não para
buscar a satisfação dos nossos interesses e necessidades, mas para deixar de
lado tudo o que nos impede de ir ao encontro de nossos irmãos e irmãs que
precisam de nós, da nossa presença e do nosso serviço, e que também nos impede
de ir ao encontro do próprio Deus para vivermos com ele a sua vida”. (Reflexão
proposta pela CNBB)
Ontem
apresentávamos aqui uma situação: “A quaresma só terá valor se ao final
acontecer uma tomada de atitude interior” e que, simbolicamente as cinzas de
ontem, nos revelam o quanto é transitória nossa vida para desperdiçarmos em
coisas tão pequenas. Existe uma grande promessa embutida para aqueles que sabem
e de vontade própria sabem renunciar
“(…)
Se alguém quer ser meu seguidor, que esqueça os seus próprios interesses,
esteja pronto cada dia para morrer como eu vou morrer e me acompanhe. Pois quem
põe os seus próprios interesses em primeiro lugar nunca terá a vida verdadeira;
mas quem esquece a si mesmo por minha causa terá a vida verdadeira. O que
adianta alguém ganhar o mundo inteiro, mas perder a vida verdadeira e ser
destruído?”.
Mudar
requer de fato atitude. Nesse evangelho Ele diz “pronto cada dia para morrer…”;
em outros trechos o Senhor revela a intensidade que devemos nos empenhar nessa
procura. Nem pouco e nem além de nossas forças, mas empenhando tudo que temos,
ao máximo. A promessa se cumprirá (…).
“(…)
Disse-lhe Jesus: Que está escrito na lei? Como é que lês? Respondeu ele: Amarás
o Senhor teu Deus DE TODO O TEU CORAÇÃO, DE TODA A TUA ALMA, DE TODAS AS TUAS
FORÇAS E DE TODO O TEU PENSAMENTO (Dt 6,5); e a teu próximo como a ti mesmo (Lv
19,18). Falou-lhe Jesus: Respondeste bem; faze isto e viverás”. (Lucas 10,
26-28)
Ainda
não consegue ver a promessa? O esforço esta muito ligado ao interesse.
Recebemos
correntes por email (hunf!) e por temor, rapidamente as repassamos a outros;
algumas pessoas aproveitam a quaresma para deixar nos bancos ou nas portas das
igrejas cartas com simpatias (…), quem nunca viu disso? Simpatias e crendices
prometem, aos que acreditam, resultados sem mudança de comportamento
contrapondo assim com o que se deseja para esse período.
Esses
dois exemplos refletem bem o quanto, na essência, somos medrosos e descrentes,
pois damos valor a coisas que nada fazem, por medo. Se tivéssemos o mesmo
empenho, no entanto por fé, em mudar ou acreditar, veríamos a graça acontecer.
O
tempo quaresmal é muito propício para leitura e reflexão; tempo para diminuir
os ruídos dentro do nosso coração e os que provocamos com nossas decisões
também; é um tempo de valorização do silêncio em detrimento ao barulho e
diferentemente do que possam pensar, não é um tempo “morto’ e sim reflexivo. Um
tempo em que encontramos mais silêncio durante a missa; tempo onde se ocultam
as imagens, visando nos focar na cruz; um tempo momento que lembra paz; que
lembra família…
Lembremo-nos
da leitura de ontem
“(…)
‘Pois agora, então — oráculo do SENHOR — voltai para mim de todo o coração,
fazendo jejuns, chorando e batendo no peito! RASGAI VOSSOS CORAÇÕES, NÃO AS
ROUPAS! VOLTAI PARA O SENHOR VOSSO DEUS, POIS ELE É BOM E CHEIO DE
MISERICÓRDIA! É manso na raiva, cheio de carinho e retira a ameaça!’ Quem sabe
ele volta atrás, tem compaixão e deixa para nós uma bênção! Poderá haver,
então, oferendas de trigo, nem faltará vinho para a libação em honra do SENHOR
vosso Deus. Tocai a trombeta em Sião, convocai para um jejum, reuni a
assembléia, reuni o povo, organizai a comunidade, ajuntai os mais velhos, reuni
os jovens e as crianças de peito, o jovem esposo saia do quarto, a jovem esposa
deixe o aposento”. (Joel 2, 12-16)
Já
consegue ver a promessa?
Um
imenso abraço fraterno!
Nenhum comentário:
Postar um comentário