22 de Fevereiro - Segunda - Evangelho - Mt 16,13-19
Quem dizem os homens que eu sou? Uns dizem que és
João Baptista outros que és Elias ou um dos profetas. E vós, quem dizeis que eu
sou? Pedro tomando a palavras diz: Tu és o Cristo, o Filho do Deus
vivente .O apóstolo conhecido por diversos nomes : Simão, como Pedro,
como Simão Pedro como Kefas em nome dos doze, responde: Tu és o Cristo, Ungido,
o Filho do Deus vivente.
O nome de Filho de Deus é uma expressão usada por
Oséias em 2, 1: Aos filhos de Israel…se lhes dirá filhos do Deus vivo, o qual
concorda perfeitamente com a frase de Mateus e a confissão de Marta: Eu creio
que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que vem a este mundo (Jo 11, 27).
Embora Pedro não soubesse o sentido das palavras
que pronunciou, Jesus se serviu das mesmas para fundar sua Igreja.
Então tendo respondido Jesus disse-lhe: Bendito
és Simão porque carne nem sangue te revelaram, mas o meu Pai o que está no céu.
A carne e o sangue não te revelaram o que disseste. Foi o meu Pai nos céus que
revelou o Filho a Pedro. Pois, descreve João em 6, 36: Todo aquele que o Pai me
der virá a mim. Jesus considerou esta declaração de Pedro de tal importância
que afirma duas coisas que sem dúvida transformarão a personalidade e o
ministério do apóstolo.
E por isso te digo que tu és rocha e sobre esta
rocha edificarei minha Igreja. E as portas do inferno não prevalecerão sobre
ela
A) Tu és Pedro: Com esta primeira declaração,
Jesus além de trocar o nome do apóstolo, que agora seria Kefas, como vemos nos
primeiros escritos (Gálatas e 1Cor), significa seu novo ministério: ser
fundamento de um edifício como a rocha era e é em todos os tempos.
B) Igreja: Sobre esta Rocha edificarei a minha
Igreja. Jesus usa a palavra Igreja que só aparece uma outra vez em Mateus
18, 17 com o significado de assembléia e nunca em outros evangelhos.
C) O Inferno: Esta Igreja que começou com
Pedro-rocha será a última e eterna como reunião do povo eleito porque as portas
do Inferno não prevalecerão contra ela. Se a afirmação de rocha como
personalidade de Simão não fosse suficiente, Jesus persiste nos poderes e
qualidades do seu apóstolo ao declarar seu papel primordial nessa grande
assembléia dos eleitos, cuja perpetuidade descreve com palavras tomadas da
tradição judaica. Fala dos portões do inferno. Como conclusão, podemos afirmar que
a nenhum outro apóstolo foram dadas essas chaves que indicam o total domínio da
Igreja. Pedro, além de ser a rocha sobre a qual o fundamento da fé que é
Cristo, edificará sua Igreja terá as chaves para indicar quem deve ser incluído
ou excluído. Estas chaves têm os seguintes significados:
a) O chefe do palácio era quem recebia as chaves
(Is 22, 22) e, portanto era o dignatário de maior hierarquia.
b) Se ligadas ao parágrafo posterior, às chaves
servem par abrir e fechar, para admitir a entrada dos dignos e para expulsar os
indignos.
c) Mas também, as chaves são o símbolo do
ato de sentenciar questões religiosas como declarar lícita ou ilícita uma
conduta.
Que cada um de nós saiba como Pedro professar a
sua fé no Cristo Filho do Deus vivo, nada e alguém poderá prevalecer sobre nós.
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