07 de Março - Segunda - Evangelho - Jo 4,43-54
Estamos mais uma vez diante de um milágre ou simplesmente sinal, característica fundamental do Evangelho de Jesus Segundo São João. Jesus conforme nos narra o evangelho, sai da sua terra e vai para Galileia. Como era de esperar, depois de tantos milagres e prodígios que fizera em Jerusalém, aquando da celebração da pascoa é bem recebido. E por encontrar receptibilidade continua fazendo milagres. É de salientar que apesar de Galiléia ser uma região predominantemente gentílica, com presença de descendentes de colonos judeus, fora em Caná da Galileia que tinha transformado a àgua em vinho por causa da fé daqueles homens.
Hoje neste
trecho do Evangelho salienta-se mais um sinal, um milagre. O milagre da vida
como sendo o dom de Deus.
Evangelho de
São João, respondendo ao apóstolo Tomé, afirma com toda a sua autoridade: “EU
SOU A VIDA” (Jo 14,6). Muitas vezes me pergunto sobre o profundo sentido dessa
afirmativa. Em outro tópico Ele parece completar o que ali está dito: “Eu vim
para que todos tenham vida, e vida em plenitude” (Jo 10,10). Outra afirmação
categórica de Jesus a Maria, irmã de Lázaro, é esta: “Eu sou A RESSURREIÇÃO e A
VIDA” (Jo 11,25). Isto vale a dizer: “Sou o princípio, o autor também da nova
vida, após a morte”.
Quem n’Ele
procura a vida sempre a encontra. Veja a certeza com que pronuncia as belas
palavras ao funcionário do rei: Podes ir, que teu filho está vivo.
Para os
homens com grande fé como o alto funciona´rio do rei, novos céus e nova terra
existirão. Porque na verdade reconhecem o Evangelho como Palavra de Salvação
eterna.
A
plenitude da vida que Jesus nos veio trazer não se restringe aos horizontes
fechados da vida presente, como pensavam muitos humanistas e utopistas. A vida
humana, acima de tudo, é dom de DEUS: vem de Deus e se realiza na posse terrena
e eterna de Deus. Foi essa a vida que Deus concedeu a nossos primeiros pais e
Jesus nos veio reconquistar pela Encarnação, pelo mistério de sua vida, morte e
Ressurreição. Por isso Santo Agostinho afirma, com tanta propriedade: “O nosso
coração está inquieto até que descanse em Vós”.
Escolha,
pois a vida descansando nos braços e no colo de Jesus para que tenha vida e
vida em abundância.
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