15
de Fevereiro - Segunda - Evangelho
- Mt 25,31-46
Bom
dia!
Quem
poderá hoje dizer quem estará a sua direita e quem estará a sua esquerda?
Enquanto
cristãos, esperamos um dia encontrar e descansar na graça, portanto temos um
imenso compromisso com a construção do reino e com os que um dia habitarão essa
terra. Isso difere muitas vezes do que alguns podem pensar, pois temos irmãos
que se prontificariam até em ficar a porta do céu para “selecionar” quem
poderia entrar no céu (risos); temos irmãos também que se prontificariam em
ficarem as portas do céu de mãos levantadas e louvando por aqueles que
adentrarem, mas infelizmente, hoje temos também em menor número, pessoas
ajudando a arrebanhar as ovelhas perdidas. É fácil tosquiar a ovelha que está
no cercadinho e a que me segue…
Se
declarar católico, evangélico, cristão não é atestado de salvação, pois como
vimos esses dias, nem todo que diz “senhor, senhor” chega ao céu… Repare o que
diz o comentário desse texto segundo a CNBB:
“(…)
Jesus nos mostra no Evangelho de hoje que a verdadeira religião não é aquela
que é marcada por ritualismos e cumprimento de preceitos meramente espirituais,
afinal de contas ele não nos perguntará no dia do julgamento final se nós
procuramos cumprir os preceitos religiosos, mas sim se fomos capazes de viver
concretamente o amor”.
Outro
contra censo é estar à frente de um trabalho de evangelização e não acreditar
no que prega sendo até assim, mais perigoso que aquele que não acredita em
nada. Um exemplo: Jovens, diferentemente do que pensamos, gostam sim de regras.
Não gostam de assumir isso, mas sem regras em casa eles costumam seguir as de
alguém que admira. Como é decepcionante para um aluno ao ver seu professor, a
quem tem como referencia, brigando, xingando, fumando, (…).
Quando
deparamos com essa informação sacamos a velha frase “faça o que eu falo e não o
que faço” ou aquela outra “não podemos julgar, somos falhos, erramos”… Reparem
o quanto nos protegemos e relutamos em assumir nossas mazelas. Temos medo de assumir
que somos seres em construção. Pessoas que estão a frente deve se empenhar
ainda mais e serem melhores, não só nos lindos discursos e sim na vida.
“(…)
Não cometas injustiças no exercício da justiça; não favoreças o pobre nem
prestigieis o poderoso. Julga teu próximo conforme a justiça. Não sejas um
maldizente entre o teu povo. Não conspires, caluniando-o, contra a vida do teu
próximo. Eu sou o Senhor”. (Levítico 19, 15-16)
Quanto
aos louvores… Muitas vezes tecemos lindas palavras, escrevemos lindos discursos,
mas em outros momentos nosso humano ainda não convertido publica outdoors de
contra testemunho. É o irmão, o padre, o pastor que “vive na igreja” e não muda
o coração; é aquele que arma um imenso “beiço” quando toma um “não”: é aquela
catequista que vai com o “cofrinho” de fora; é o jovem bobo e bêbado no
carnaval pra agradar os amigos; é o pai que fura o sinal vermelho; é a mãe que
compete com sua filha de 15 anos; (…). Como convencer alguém com palavras se
respondo com os gestos que minha vida ainda não acredita nelas?
Hoje
o mundo oferece igrejas “a la carte”, onde em qualquer esquina promete-se tudo
que é imaginário a atender nossos desejos. O que essas “igrejas” ainda não
ofereceram o Google oferta a resposta. Um líder, uma liderança que não sabe
acolher, que justifica seus atos contraditórios em relação a sua fala, faz
aproximar os que têm dúvidas, dessas falsas igrejas que se “empenham” a dar o
que eles querem ouvir. A teologia da prosperidade só tem tantos adeptos, pois
nossa fala de desapego não combina com o ser apegado a riqueza e ao luxo que
renegamos abandonar… Como entender alguém cristão ser maçom?
Quero
ficar a direita ou à esquerda? Concorda que temos muito ainda por fazerem nós?
Enquanto alguns ficam aqui zelando as do cercadinho, alguém tem que ir lá fora
buscar na chuva quem não voltou ainda! Pior ainda é aquele que se põe no
cercadinho como vítima apenas para não ter que de fato mudar. “Eu afirmo a
vocês que isto é verdade: todas as vezes que vocês deixaram de ajudar uma
destas pessoas mais humildes, foi a mim que deixaram de ajudar.”
Um imenso abraço fraterno!
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