24 de setembro - segunda feira
SEGUNDA FEIRA DA 25ª SEMANA DO TC 24/09/2012
1ª Leitura Provérbios 3, 27 – 34
Salmo 14 (15), 1b “O Justo habitará no monte santo
do Senhor”
Evangelho Lucas 8, 16-18
“O que está escondido deve ser manifestado” – Diac.
José da Cruz
Primeiro vamos beber o “aperitivo” da primeira
leitura que coloca o seu enfoque na virtude da generosidade e humildade de
coração. Essas coisas estão ocultas e ninguém sabe, olhando para nós, se somos
generosos e humildes, ou egoísta e arrogantes pois somente uma boa convivência
com as pessoas nos permite conhecê-las melhor pois elas se manifestam quem são,
e o que trazem dentro de si mesmas, nas atitudes que tomam para com os outros.
Note-se que a bondade aqui exortada no Livro dos Provérbios, é sempre algo
dentro das nossas possibilidades.
Olhando o salmo responsorial, facilmente se percebe
que só entra na casa do Senhor, isso é, vive em comunhão com ele, quem age para
com o próximo com essa generosidade e humildade
exaltadas na primeira leitura. O Justo habitará no monte santo do
senhor, monte aqui nos lembra subida, ascese, e sobe até Deus o justo que anda
em seus caminhos, onde a conduta está bem delineada pela liturgia e na verdade,
o homem sobe até Deus quando este vem morar em seu coração e isso tem sentido,
já que somos imagem e semelhança de Deus, e na medida em que damos ao próximo
um forma amorosa de se relacionar com ele, manifestamos esse Deus que está
escondido dentro de nós de maneira misteriosa, Deus está nas profundezas do
universo e nas profundezas do ser humano que o acolhe...
E assim, fica mais fácil entender quando Jesus fala
neste evangelho, de algo que está oculto e que será manifestado. Esconder que
somos de Deus, e a ele pertencemos, nos omitir da prática dos valores do
evangelho e não manifestar ao próximo a nossa generosidade e humildade, que
brotam do coração de Deus que está dentro de nós, é cobrir a lâmpada com uma
vasilha, ou colocá-la debaixo da cama.
Não é que sejamos totalmente bons, justos e santos,
mas estamos a caminho dessa plenitude que um dia virá, mas a temos dentro de
nós, na Graça Santificante e operante que um dia recebemos. E aqui fica uma boa
pergunta “Somos pessoas iluminadas? As pessoas se sentem bem perto de nós? Como
somos conhecidos, na família, no trabalho, na escola, na comunidade?” Se somos
amargos, azedos, irritantes, petulantes, egocêntricos, estamos refletindo
pontos de trevas e não a Luz Divina.
Daí o evangelho acende uma luzinha de alerta: Está
faltando em nós uma abertura á Palavra de Deus e a sua Graça Operante e nesse
caso, somos como uma velha casa, que embora exposta ao calor e a luz do sol,
encontra-se fechada e embolorada por dentro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário