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domingo, 16 de setembro de 2012

Tu és o Messias... O Filho do Homem deve sofrer muito. - Padre Antonio Queiroz




Tu és o Messias... O Filho do Homem deve sofrer muito.
O Evangelho de hoje tem três partes. Na primeira, Pedro confessa que Jesus é o Messias e Jesus proíbe os discípulos de contarem isso para os outros. Na segunda, Jesus anuncia a sua paixão, morte e ressurreição. E na terceira, Jesus apresenta a condição para o seu seguimento: renunciar a si mesmo e tomar a própria cruz.
Jesus fala da sua condenação, logo após a confissão de fé messiânica, para afastar a idéia triunfalista que os discípulos tinham do Messias, junto com os demais judeus. De fato, a figura do servo sofredor (Is 50,5-9 – 1ª Leitura) é a que melhor reflete a missão do Messias.
A repreensão de Jesus a Pedro – “Vai para longe de mim, Satanás! Tu não pensas como Deus, e sim como os homens” – denuncia a inadequação entre a profissão de fé de Pedro e a sua idéia do Messias. Essa mesma inadequação acontece conosco cada vez que recusamos a cruz como parte integrante do seguimento de Jesus. Quantas vezes confessamos o Cristo com os lábios e o negamos com o nosso comportamento! É a falta de concordância entre a nossa fé e as nossas obras, denunciada por S. Tiago na 2ª Leitura.
“Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga.” Este é o ensinamento que Jesus nos dá no Evangelho de hoje. Assumirmos a cruz inerente à nossa vida humana, à nossa missão como cristãos, na família, na Igreja e na sociedade, renunciando ao egoísmo, à sensualidade e aos demais desvios do amor verdadeiro. No nossa condição, não é possível amar a não ser na dor.
O único caminho que nos leva à glória de Cristo é segui-lo no seu caminho de cruz.
A cruz tem duas hastes, as quais simbolizam a nossa vida de cristãos: o amor a Deus, haste vertical apontando para o céu, e o amor ao próximo, haste horizontal apontando para os nossos irmãos e irmãs.
Cristo nunca mandou fazer algo que ele não fizesse primeiro.
“Quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas quem perder a sua vida por causa de mim e do Evangelho, vai salvá-la.” Portanto, não se trata de renunciar a vida e sim de salvá-la. Aproveitar desta vida para alcançar a outra. Não podemos desprezar os valores humanos para possuir os bens espirituais. O importante é subordinar esta vida à outra. O que arruína a vida é colocar em primeiro lugar os interesses próprios e egoístas, à margem do Evangelho. Deus não se compraz no sofrimento, e sim no amor vivido até na dor, como fez seu Filho.
Com a nossa natureza ferida pelo pecado e inclinada para o mal, o nosso único caminho de libertação está em assumir a cruz. Entretanto, o importante não é nos libertarmos de alguma coisa, mas nos libertarmos para algo mais importante.
Certa vez, um país estava em guerra e havia uma forte perseguição aos padres. Por isso, eles andavam a paisana, para disfarçar. Um dia, um pároco, que estava sendo procurado pela polícia, estava na roça, na casa de uma família da paróquia. Como fazia frio, ele estava na cozinha, na beira do fogão. O dono da casa estava na roça, trabalhando.
De repente, a polícia chegou e bateu na porta. A dona da casa foi atender, e o soldado disse: “Nós estamos procurando o padre fulano. Fomos informados de que ele está aqui, na sua casa”. A mulher respondeu: “Ele não está aqui. Vocês podem entrar e procurar à vontade”. E ela foi na frente.
Chegou perto do padre, deu-lhe uma enorme bofetada, e disse: “Preguiçoso! Vá para o seu trabalho lá na roça!” O padre saiu. Ela virou-se para os policiais e disse: “Desculpem, senhores! É que esses empregados de hoje são assim: é só fazer um friozinho, eles param de trabalhar e vem se esquentar no fogão!” Em seguida, os soldados tomaram um gostoso café que ela ofereceu e foram embora.
Depois que passou a guerra e acabou o perigo de perseguição, o padre comentou na igreja: “Puxa! O tapa foi tão forte que vi estrelas. Mas valeu a pena.
Precisamos ser criativos e espertos na luta pela construção do Reino de Deus. O Espírito Santo nos indica, na hora, o que devemos fazer.
S. Pedro também levou uma forte “bofetada” de Jesus. Mas foi para o seu bem e para o bem do Reino de Deus. E, depois daquela bronca de Jesus, Pedro aprendeu para sempre a lição de que o Filho de Deus sofreu e nós devemos sofrer com ele.
Maria Santíssima soube seguir o seu Filho de forma correta, pois não buscou a cruz como fim, mas a assumiu como meio de amar mais a Deus e de cumprir a sua missão. Nossa Senhora das Dores, rogai por nós.
Tu és o Messias... O Filho do Homem deve sofrer muito.


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