TERÇA FEIRA DA 19ª SEMANA DO TC
14/08/2012
1ª Leitura Ezequiel 2,8-3,4
ou Sabedoria 3, 1-9
Salmo 118 (119), 103 a
“Quão saborosas são para mim vossas palavras”
Evangelho Mateus 18, 1-5 . 10.12-14 ou João 15, 12-16
“Servir com alegria aos menos importantes”
A gente está habituado a servir, ser gentil e
acolhedor, com gente importante, no trabalho profissional buscamos agradar ao
chefe e demais superiores, quando mais importante o cargo e a função de quem
nos pede algo, mais que vamos nos esforçar para atendê-lo. Talvez não só por
questão de obediência, mas muito mais porque, sendo importante, aquela pessoa
pode nos ajudar a subir dentro da empresa, nomeando-nos quem sabe para algum
cargo. Quando esse modo de agir é uma obcessão, determinando nossas relações
com essas pessoas, acaba se tornando puxa - saquice sem tamanho, mas no fundo é
isso mesmo, gostamos de servir a quem pode nos retribuir com algo vantajoso.
Podem reparar
que trazemos esse modo de agir para a comunidade, o pessoal da liturgia trata o
Padre de um jeito, o Diácono de outro, e o coitado do Ministro da Palavra é o
último que fala e o primeiro que apanha. Por que isso? Por que se observa as
pessoas através de uma visão hierarquizada. Conforme se tem um cargo maior,
mais “servidores” vão aparecer.
Não sou
contra, dar uma atenção maior ao sacerdote, ao arcebispo, quando está em uma
comunidade, são nossos pastores que nos orientam, nos apontam caminhos. Não há
nada de errado nisso. Mas as pessoas são iguais e o espírito cristão tem que nos
levar a agir dentro dessa igualdade.
No evangelho
de hoje Jesus vai além e coloca como referência as criancinhas e os meninos,
que naquele tempo eram insignificantes na sociedade, além das mulheres. Criança
nem entrava nas estatísticas e eram totalmente dependentes dos adultos,
começando pelos pais e parentes. Não tinham nenhuma autonomia e só lhes restava
obedecer e fazer o que os adultos mandavam, diferente de hoje quando há até
leis específicas que garante o direito das pessoas, crianças, adolescentes,
jovens e idosos.
Os discípulos
fizeram uma pergunta “Quem é o maior no Reino dos Céus?” porque seguiam essa
lógica da submissão a quem é o maior. Jesus, entretanto desmonta esse esquema
de domínio sobre as pessoas e afirma que no Reino, os pequenos, pobres,
insignificantes, é que devem ser servidos. Esse ensinamento, tanto nos tempo
dos discípulos e das primeiras comunidades, como em nossos dias, parece absurdo porque na lógica humana somente
as pessoas importantes são valorizadas. Mas Jesus não está fazendo um belo
discurso demagógico como o de alguns políticos, pois na conclusão do evangelho,
com a parábola da ovelha desgarrada, ele nos mostra que o Pai do Céu age assim
com todos nós,buscando a ovelha perdida e a valorizando mais que as outras
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