Sábado,
11/08/2012
Mt 17,14-20
Se tiverdes fé,
nada vos será impossível.
Este Evangelho
narra a cena em que os discípulos não conseguem curar um menino, Jesus o
consegue e explica por quê. Quando Jesus, Pedro, Tiago e João desceram da
montanha onde havia acontecido a transfiguração, encontraram os outros
discípulos em dificuldade. Um homem levou-lhes o seu filho epiléptico, e eles
não conseguiram curá-lo.
E Jesus explica o
motivo: “Porque a vossa fé é demasiado pequena”. E ele lamenta: “Ó gente sem fé
e perversa! Até quando deverei ficar convosco? Até quando vos suportarei?”. Jesus
pensa na multidão, ávida de milagres, mas sem se preocupar muito com a fé.
Pensa nos discípulos, a tanto tempo com ele, e ainda com uma fé tão pequena e
fraca. E pensa também em nós, seus discípulos e discípulas de hoje, cuja fé é
tão superficial e descomprometida e às vezes misturada.
“Se vós tiverdes fé
do tamanho de uma semente de mostarda, direis a esta montanha: vai daqui para
lá, e ela irá.” Quando a fé existe de verdade, mesmo que seja pequenina, é
eficaz porque participa do poder de Deus, para quem nada é impossível.
Parece que temos
medo de acreditar em Deus. Por isso a sociedade segue um esquema moral próprio,
que nem é o apresentado por Jesus, nem deixa de ser; fica na pior posição, que
é no meio do caminho. “Ó gente sem fé e perversa!”
Desconfiamos do
mistério de Deus e por isso achamos difícil jogar-nos de corpo e alma no
projeto de Jesus, preferindo a nossa segurança.
“O justo vive da
fé” (Gl 3,11). Viver da fé é viver como Pedro andando sobre as águas, ao
encontro de Jesus. A segurança está em Deus, e ponto final. Ter fé é assinar um
cheque em branco e entregá-lo a Cristo. A nossa conta bancária tem um saldo
enorme: é a nossa vida toda.
A pessoa que faz
isso sabe que Cristo é poderoso e nos ama; ele não vai colocar-nos no SPC. Pelo
contrário, vai aumentar e transformar infinitamente o nosso crédito.
O medo é a posição
contrária à fé. Sem enfrentar riscos, não é possível seguir a Cristo.
Diante da fé, os
que viviam com Jesus, e nós hoje, estamos na mesma situação: o mesmo convite, a
mesma hesitação, o mesmo desafio. Que os mártires nos ajudem! Ter fé é
jogar-nos na grande piscina do Reino de Deus, sabendo que ele nos protegerá.
Hoje nós celebramos
a memória de S. Domingos, o fundador dos dominicanos. Ele nasceu na Espanha, no
Séc. XII. Destacou-se na pregação da Palavra de Deus. Por isso que a
congregação religiosa dos dominicanos se chama Ordem dos Pregadores. Além da
fundação dos dominicanos, a grande contribuição de S. Domingos para os cristãos
foi a criação do terço, que chamamos também de rosário.
Na verdade, os
monges já rezavam uma oração quase igual. Os monges que sabiam ler rezavam a
Liturgia das Horas. Os que não sabiam ler deviam rezar todos os dias 150 Ave
Marias, substituindo os 150 Salmos. S. Domingos passou essa devoção para o povo,
e organizou-a, dividindo-a em três partes, que chamou de terços, e em cada
terço escolheu cinco mistérios para o cristão refletir, enquanto reza as Ave
Marias. A devoção se espalhou rapidamente e todos os cristãos do mundo passaram
a rezar o terço. Em 2002, o Papa João Paulo II criou mais um terço com os
mistérios da Luz, ou mistérios Luminosos, pois na divisão de S. Domingos ficou
faltando a vida pública de Jesus.
O nome Rosário foi
criado também por S. Domingos. Significa uma coroa de rosas que oferecemos a
Maria. S. Domingos faleceu dia 06/08/1221, com apenas 51anos de idade.
Santa Maria, a
mulher de fé, e S. Domingos, rogai por nós!
Se tiverdes fé,
nada vos será impossível.
Padre Queiroz
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