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domingo, 9 de junho de 2019

-Não jurar falso-Mt 5,33-37--José Salviano.


15 de Junho de 2019

Evangelho-Mt 5,33-37

 


 

Todo mentiroso tem a mania de jurar. Pois como ele sabe que não fala a verdade, para que o outro acredite no que ele fala, ele reforça com um juramento, dizendo: É verdade. Eu juro por Deus! Juro pela minha vida, pela minha mãe, etc. Então, já sabe. Quem vive jurando, não é uma pessoa verdadeira. Fica esperto, pois o que sai da sua boca, pode não ser a expressão da verdade.

Por outro lado, a tendência à mentira, pode ser usada como um dom. Ou seja, é uma qualidade de se inventar estórias. O indivíduo que tem tendências a mentira, poderá compor grandes romances, grandes estórias e aventuras. E se fizer isso, se aplicar a sua tendência à mentira para escrever, poderá evitar o uso da mentira no seu dia a dia, o que é um pecado.

Precisamos fugir da mentira. Pois o demônio é o pai da mentira, e nos tenta a mentir cada vez mais no nosso relacionamento com os nossos irmãos.

O mentiroso torna-se refém da própria mentira, pois quando mentimos, quando inventamos um fato, um acontecimento, nós nos esquecemos dos detalhes. Pois afinal, são tantas as mentiras que saem da nossa boca, e quando voltamos a conversar com a mesma pessoa, ela perceberá que somos falsos, pois ao esquecer do que lhe inventamos, não repetimos a mesma estória, falamos outra coisa referente ao mesmo fato. Assim, todos os nossos amigos acabarão sabendo que somos mentirosos. Pois a mentira tem pernas curtas, diz o ditado popular. E  isso é muito triste e até perigoso, pois nunca se sabe se o que o mentiroso fala é verdade ou não.

E o demônio deita e rola na pessoa do mentiroso, sempre o estimulando a contar mais mentiras.

Foi por isso que Jesus nos proibiu de mentir. Ele disse que não devemos jurar. Que o nosso falar seja SIM, quando é sim, e NÃO quando é não, e acabou. Não há nenhuma necessidade de juramentos.

Podemos mentir por palavras e por atitudes. Quando mentimos por atitudes, estamos agindo com falsidade, estamos representando uma mentira, uma fantasia.

O mentiroso por atitude, pode usar essa tendência para representar, para ser um grande ator, ou uma grande atriz. E assim, se livrar de ser uma pessoa fingida na sociedade, prejudicando ao próximo e a Deus.

A tendência à mentira pode atingir um estágio de loucura. E isso acontece quando o sujeito passa a acreditar em suas próprias mentiras. É um fenômeno raro, mais em alguns casos em que há uma exacerbação do uso da tendência a mentir, o que pode ser causado por traumas.

Podemos citar aqui como exemplo, aquele indivíduo que ao chegar do trabalho em casa, se deparou com os bombeiros tentando salvar dos escombros os seus familiares por causa do deslizamento de terra ocorrido no morro onde eles moravam. Morrendo todos, ele, o chefe de família, passou a andar pelas ruas, com um capacete de soldado dos bombeiros, e repetindo as cenas daquele dia do desastre. Ele repetia as mesmas palavras que os bombeiros disseram naquele momento doloroso. Muito doloroso para ele. Isso foi um caso especial, o que não tem nada a ver com a mentira normal de muitos de nós. Este homem passou a viver um estado de mentira, por causa de um trauma.

Porém, aqueles e aquelas que vivem uma vida falsa, para se engrandecer, para se mostrar, para impressionar, estão cometendo pecado, ao contrário do traumatizado.

Combata a sua tendência à mentira. Peça ajuda a um sacerdote, ou ao um psiquiatra. Vale a pena.

Para que você seja sincero consigo mesmo, com os irmãos, e com Deus.

 

Tenha um bom dia. José Salviano.

 



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