15
de Janeiro – Ano B
Evangelho
Mc 2,18-22
A presença de Jesus no meio daquele povo
era motivo de festa e não de jejum. Em festa se come, se bebe, ainda mais
naquele tempo, em que uma festa de casamento durava uma semana.
Jesus é o noivo dessa nova festa, e,
portanto, os seus discípulos estavam dispensados de fazer jejum.
Repare que Jesus mais uma vez se sai
muito bem da tentativa dos judeus de pegá-lo em uma contradição. Assim foi na
moeda ou do imposta a César, na condenação por pedradas àquela mulher pecadora,
e de tantas outras maldades dos seus oponentes tentando incriminá-lo.
E essa nova mentalidade, essa Boa Nova
em relação ao jejum trazida por Jesus, entrava em choque com os costumes
judaicos, entrava em conflito com os velhos costumes da religião daquele povo
os quais levavam muito ao sério a questão do jejum.
Foi por isso que Jesus disse, fazendo
uma comparação entre a sua Boa Nova e os costumes velhos, que vinho colocado em
barris velhos, com certeza, ao fermentar, vai arrebentá-los.
A sua novidade trazida para um povo que
cultivava ideias ultrapassadas, velhas, trouxe, ou provocou um impacto muito
forte, e foi uma das causas de sua condenação. Foi o motivo dele ser chamado de
impostor, e de ser mal visto pelos líderes religiosos.
E o nosso jejum? Como temos jejuado? Ou
será que ninguém mais nem pensa nisso? Alguns fazem jejum na Semana Santa,
porém, os jovens até dão risos de ironia diante das explicações da sua avó.
Também os idosos estão dispensados de fazer jejum, por causa da sua saúde
debilitada que necessita de alimento na hora certa.
Felizmente, assim como Jesus apresentou
uma Boa Nova relacionada ao jejum, nós também hoje podemos jejuar, sim, de uma
forma diferente, atual, e muito eficaz.
Assim. Castiguemos o nosso corpo, para
poder discipliná-lo no momento das tentações.
Alguns exemplos de jejum moderno.
Só por hoje, você vai restringir o
manuseio do seu celular. Já pensou dizer isso para o seu filho, para a sua
filha? Porém, esse seria um jejum e
tanto, muito mais eficaz do que ficar sem comem.
Só por hoje, você vai se abster de jogar
videogame, ou de beber a sua cervejinha, ou de olhar para vizinha com aquele
olhar..., ou de maltratar aquela pessoa...
Só por hoje, você vai fazer o sacrifício
de tolerar as chatices daquele seu amigo que você diz que é um chato. Observe
que não existem pessoas e coisas chatas, mas sim, pessoas e coisas que nos são
chatas. Por que uma coisa que é chata para nós, pode não ser chata para outra
pessoa. Entendeu?
Desse modo, o fenômeno psicológico
conhecido como: CHATISSE, uma coisa ou
pessoa chata, É ALGO MUITO PESSOAL, É SUBJETIVO.
Faça seu jejum do seu jeito, e assim
terá forças para dominar as suas paixões e vícios... Só você sabe quais são
eles!
Tenha
um bom dia. José Salviano.
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