Domingo, 21 de janeiro de 2018.
Evangelho de Mc 1, 14-20.
Jesus anuncia a Boa Nova publicamente ao povo e convoca outras
pessoas para participar desse anúncio, da sua missão, não quer fazer tudo
sozinho, mas quer formar uma comunidade de irmãos, amigos, unidos na mesma fé e
compromisso.
João Batista foi preso pelo rei Herodes, enquanto Jesus estava no
deserto se preparando para sua vida pública, para instalar entre todos o seu
Reino de amor, justiça, paz... A prisão de João Batista foi o sinal para Jesus
iniciar a chegada do Reino, a Boa Nova, o Evangelho. Marcos diz que Jesus
proclamava a Boa Nova de Deus. Pois Deus é a maior Boa Notícia para a vida
humana. Ele responde à aspiração mais profunda do nosso coração.
O anúncio da Boa Nova de Deus tem quatro pontos: (1) completou-se o
tempo! (2) O Reino de Deus chegou! (3) Fazei penitência ou Mudem de vida ou
convertam-se! (4) Acreditem nesta Boa Notícia! Estes quatro pontos são um resumo
de toda a pregação de Jesus.
Completou-se o tempo, isto é, é chegado o tempo da Redenção, tempo
marcado por Deus para a realização de seu Reino. A plenitude dos tempos havia
chegado por isso Jesus anuncia que o Reino de Deus está próximo, já está presente
entre todos.
O Reino de Deus vem para cada um de nós no dia de nosso Batismo e
vai tendo sua realização mais completa à medida, que por meio de uma resposta
adulta e livre, vamos aceitando a mensagem e o compromisso cristão. O Reino de
Deus se aproxima cada vez mais de nós, quanto mais nos aproximamos de nossos
irmãos. É necessário aceitarmos o Evangelho como mensagem de salvação, que nos
revela o amor e a misericórdia do Senhor.
Jesus fundou e inaugurou o Reino de Deus aqui na terra, que
terminará no céu. O Reino de Deus está presente no coração de cada um que vive,
ama e pratica o amor que Jesus pregou. Jesus deixou sua Igreja, Instrumento de
Salvação, para todos nós. Arrependimento e fé são as disposições necessárias
para pertencermos a Igreja.
Jesus anunciou na Galileia a Boa-Nova, o Evangelho que fora
previsto pelos profetas. Jesus vinha para anunciar a todos, aos inimigos, aos
ingratos, aos ignorantes, o fim da vingança, o perdão dos pecados, o reino de
justiça, os meios para todos se santificarem, a redenção, a graça de adoção de
filhos de Deus, a herança do céu, a honra de se tornarem irmãos do Filho de
Deus. Jesus nos religou ao Pai, renovou sua aliança com nossa natureza, por
pura caridade infinita do nosso bom Deus, porque Ele quer nos transmitir a Boa Nova
da Salvação.
Jesus nos trouxe uma lição que se opõe ao nosso modo de ser e de
pensar. Os primeiros a serem escolhidos para apóstolos são pessoas ‘simples
para confundir os fortes’, como escreve São Paulo. São rudes, pobres, sem
formação. São simples pescadores que trabalhavam incansavelmente para seu
sustento e de sua família. Deus chama quem Ele quer, conhece o potencial de
cada um e capacita àqueles a quem escolhe, com sua graça.
Os apóstolos Tiago, João, André, Simão corresponderam ao chamado de
Jesus. Imediatamente largaram suas redes e O seguiram. “O chamado é de graça.
Não custa. Mas acolher o chamado exige compromisso. É o momento de entrar na
nova família de Jesus, na comunidade. Jesus não esconde as exigências. Quem
quer segui-lo deve saber o que está fazendo: deve mudar de vida e crer na Boa
Nova, deve estar disposto a abandonar tudo. Do contrário, “não pode ser meu
discípulo” (Lc 14,33). O peso não cai na renúncia, mas sim no amor que dá
sentido à renúncia. É por amor a Jesus e ao Evangelho que o discípulo deve
renunciar a si mesmo, carregar sua cruz, todos os dias, e segui-lo”.
Cristo espera de nós a mesma atitude dos discípulos, ao seu
chamado, atendê-Lo. Sem medo, com coragem e muita fé ser ‘pescador de homens’
para o Reino de Deus. Seguir Jesus exige de nós mudanças no nosso modo de
pensar, viver e agir. É preciso deixar Jesus invadir o nosso ser, a nossa vida,
nos encharcarmos da sua graça, para formarmos comunidade de amor e anunciar o
Reino de Deus presente entre nós. Nós cristãos que amamos a Jesus haveremos de
levar a Boa Nova da Salvação para todos que a desconhecem.
Abraços em Cristo!
Maria de Lourdes
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