Sexta feira, 26 de
janeiro de 2018.
Evangelho: Lc 10,1-9
“O Espírito do Senhor repousa sobre mim,
e enviou-me a anunciar aos pobres o Evangelho” (Lc 4,18)
Jesus organiza
seus discípulos para a missão, antes doze, agora são setenta e dois com a
incumbência de dar continuidade no projeto de vida iniciado por Ele.
A missão dos
apóstolos é anunciar a palavra de Deus afirmando que o Reino está próximo. Mas
que tipo de Reino deve anunciar? O que Jesus pediu para os doze apóstolos quando enviou para pregar? E agora, como deve
ser feito o anúncio para um número bem grande de discípulos? São setenta e dois. Saíram de dois em dois para a
jornada. Saíram para anunciar que o Reino de Deus está próximo.
Os
anunciadores do Reino devem estar preparados para as adversidades. Não vão
encontrar facilidade para levar a palavra que fortalece os pequenos. Ao tentar
desvelar as mazelas sociais de sofrimento
o homem poderoso, ordeiro da cidade, não vai permitir que suas palavras
cheguem aos ouvidos daqueles que precisam ouvir. Com certeza são os lobos
enrustidos em peles de carneiros. Vão querer destruí-los a qualquer custo.
Por
isso deve dizer ao chegar às casas: a paz
esteja nesta casa. Não importa com a reação do dono da casa. Mesmo assim permaneçam nessa casa, comam e bebam do que
tiverem, porque o trabalhador merece o seu salário. Ao afirmar isto, Jesus
pede para os discípulos serem persistentes. Não desanimem com as reações
bruscas. O que deve estar em consonância
é a possibilidade da adesão à Boa Notícia, mas se rejeitarem saiba que
ficará de fora da nova história.
Para
os anunciadores do Reino de Deus não devem ter consigo nada de exagero. Somente
o necessário para andar e pregar: não levem bolsas, nem sacola, nem sandália e
não pare no caminho para cumprimentar ninguém. O despojamento é indispensável.
Para que um aparato para divulgar as coisas boas do Pai? Para que preocupar-se
com bens e com a luxúria, se o Reino é construído com a partilha, com o
amor e com serenidade? O necessário para
um discípulo é a determinação, a palavra correta e a coragem para enfrentar os
opositores.
Caros
leitores, a messe é grande, ha muitas coisas para serem feitas para a
construção do Reino de Deus se concretizar. Não tenham medo de anunciar o
melhor de nosso Pai: a justiça e o perdão dos pecados. Com
certeza nosso Pai ficará contente em ver seus filhos trabalhando sem medo de
ser feliz na divulgação do dom da vida e da paz.
Como
escreveu Ivo Storniolo: “Rejeitar o dom de Deus é escolher a própria
destruição, é autocondenar-se à escravidão e à morte, ficando Dora da nova
história e das novas relações sociais produzidas pelo projeto de Deus”.
Portanto,
acreditais na proximidade de um Reino novo, onde os homens podem celebrar a
igualdade e a fraternidade entre todos. Que o nosso Deus de bondade nos
possibilita em sermos discípulos destemidos da sua palavra.
Abraços
Claudinei
M. Oliveira
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