13 Junho
2017
S. António nasceu em Lisboa, em 1195. No
batismo, recebeu o nome de Fernando. Em 1210 entrou para os Cónegos Regulares
de S. Agostinho, no mosteiro de S. Vicente de Fora, em Lisboa. Dois anos
depois, desejando uma vida mais recolhida, transferiu-se para o Mosteiro de S.
Cruz, em Coimbra. Ordenado sacerdote, em 1220, ao ver os restos mortais dos
primeiros mártires franciscanos, mortos em Marrocos, sentiu um novo apelo
vocacional e mudou-se para a Ordem dos Frades Menores, tomando o nome de
António. Em 1221 participou no “Capítulo das Esteiras”, junto à Porciúncula, e
viu Francisco de Assis. Depois de alguns anos no escondimento e na oração,
começou a pregar com grande sucesso e frutos. Converteu hereges em Itália e em
França. Morreu aos 33 anos de idade, perto de Pádua, onde foi sepultado. No dia
do Pentecostes de 1232, um ano depois da sua morte, foi canonizado pelo Papa
Gregório IX.
Lectio
Primeira leitura: Sir 39, 8-14 (gr. 6-11)
Aquele que medita na lei do Altíssimo, for a
vontade do Soberano Senhor, ele será repleto do espírito de inteligência;
então, ele derramará, como chuva, as palavras da sabedoria; e louvará o Senhor,
na sua oração. 7Possuirá a rectidão do julgamento e da ciência e ele meditará
nos mistérios de Deus. 8Ensinará ele próprio a doutrina que aprendeu e porá a
sua glória na Lei da Aliança do Senhor. 9Muitos louvarão a sua sabedoria, que
jamais ficará no esquecimento. A sua recordação não desaparecerá e o seu nome viverá
de geração em geração. 10As nações proclamarão a sua sabedoria, a assembleia
publicará o seu louvor.
Segundo o Ben Sirá, o sábio adquire a
sabedoria não apenas pelo estudo, pela tradição e pela experiência pessoal, mas
sobretudo pelas súplicas e pela oração. Se o Altíssimo o quiser, o sábio
ver-se-á gratuita e copiosamente cheio do dom da inteligência, de maneira que
ele mesmo se possa converter em fonte de sabedoria para os outros. Isto
levá-lo-á a dar graças a Deus. Graças à sabedoria recebida de Deus, o sábio
saberá conduzir-se retamente e poderá aprofundar, na oração, os mistérios
divinos. Ver-se-á capacitado para instruir os outros e a sua glória será a
aliança do Senhor. Como recompensa do seu ministério, o sábio receberá o elogio
dos seus contemporâneos, e das gerações sucessivas, incluindo os pagãos: nunca
esquecerão a sua inteligência e a sua fama transmitir-se-á de geração em
geração.
Evangelho: Mateus 5, 13-19
Naquele tempo, disse Jesusaos seus discípulos: “Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se corromper, com que se há-de salgar? Não serve para mais nada, senão para ser lançado fora e ser pisado pelos homens. 14Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; 15nem se acende a candeia para a colocar debaixo do alqueire, mas sim em cima do candelabro, e assim alumia a todos os que estão em casa. 16Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, de modo que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai, que está no Céu.» 17«Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas. Não vim revogá-los, mas levá-los à perfeição. 18Porque em verdade vos digo: Até que passem o céu e a terra, não passará um só jota ou um só ápice da Lei, sem que tudo se cumpra. 19Portanto, se alguém violar um destes preceitos mais pequenos, e ensinar assim aos homens, será o menor no Reino do Céu. Mas aquele que os praticar e ensinar, esse será grande no Reino do Céu.
Naquele tempo, disse Jesusaos seus discípulos: “Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se corromper, com que se há-de salgar? Não serve para mais nada, senão para ser lançado fora e ser pisado pelos homens. 14Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; 15nem se acende a candeia para a colocar debaixo do alqueire, mas sim em cima do candelabro, e assim alumia a todos os que estão em casa. 16Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, de modo que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai, que está no Céu.» 17«Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas. Não vim revogá-los, mas levá-los à perfeição. 18Porque em verdade vos digo: Até que passem o céu e a terra, não passará um só jota ou um só ápice da Lei, sem que tudo se cumpra. 19Portanto, se alguém violar um destes preceitos mais pequenos, e ensinar assim aos homens, será o menor no Reino do Céu. Mas aquele que os praticar e ensinar, esse será grande no Reino do Céu.
Dois provérbios, em forma de parábolas
definem, no nosso texto, a missão dos discípulos de Cristo: sal e luz.
Temperamos os alimentos com o sal: os discípulos hão de ser, no mundo, como o
sal que dá sabor, que preserva da corrução. No mundo judaico, a metáfora do sal
significava também a sabedoria. Os discípulos possuem a sabedoria do Evangelho.
Se, quimicamente falando, o sal não pode perder o sabor, à força de se usado,
pode deixar de salgar. Se a Palavra de Deus perdeu a sua força no antigo
Israel, tem de conservá-la no novo Israel, a Igreja.
A metáfora da luz também se refere à Palavra. Jesus, que é a luz, tem a Palavra (Jo 8, 12.31s.; 14, 9-10). O mesmo se pode dizer dos discípulos de Cristo: são a luz do mundo (Fl 2, 15); são a cidade edificada sobre o monte (v. 14); têm a luz, a palavra de Deus (Mc4, 21; Lc 8, 16; 11, 33).
A metáfora da luz também se refere à Palavra. Jesus, que é a luz, tem a Palavra (Jo 8, 12.31s.; 14, 9-10). O mesmo se pode dizer dos discípulos de Cristo: são a luz do mundo (Fl 2, 15); são a cidade edificada sobre o monte (v. 14); têm a luz, a palavra de Deus (Mc4, 21; Lc 8, 16; 11, 33).
Meditatio
Ao fazer memória dos mártires e dos outros
santos, a Igreja proclama o mistério pascal realizado naqueles homens e
mulheres que sofreram com Cristo e com Ele foram glorificados, propondo aos
fiéis os seus exemplos, que a todos atraem ao Pai por Cristo, e implora, pelos
seus méritos, os benefícios de Deus (cf CIC, 1173).
S. António de Lisboa, que hoje celebramos, foi dotado de extraordinária preparação intelectual e de grandes capacidades de comunicação. Com a sua sabedoria evangélica provocou admiração, confundiu os hereges, converteu os pecadores. Com as suas virtudes e milagres, fascinou o povo. Pregador itinerante, S. António incarnou o Evangelho de Cristo, levando de cidade em cidade a sua paz, no estilo de uma vida obediente à vontade de Deus, disponível para os incómodos e canseiras da missão, e compassivo para todas as realidades humanas provados pelo sofrimento em qualquer das suas muitas formas. Atribuía tudo ao poder da oração. O testemunho de vida de S. António reflete a envolvente beleza de quem vive permanentemente em íntima comunhão com Deus, unicamente impelido pelo desejo de cumprir a sua vontade e de manifestar o seu imenso amor por todas as criaturas. S. António, humilde e pobre, e, por isso mesmo, digno filho do Pobrezinho de Assis, deixa transparecer os grandes prodígios de Deus: os milagres físicos e espirituais que o Altíssimo realiza naqueles que confiam n´Ele, apoiados numa fé quotidiana, autêntica e inabalável.
A luz e a criatividade da Palavra escutada, meditada e rezada, produzem em S. António os frutos de uma caridade incansável, paciente, sem preconceitos e tenaz diante das dificuldades. O que mais anseia é anunciar a ternura de Deus, a sua bondade e a infinita misericórdia com que nos revela o seu coração de Pai. S. António alerta-nos para o essencial, para a amizade com Deus, fonte de todo o bem, da paz e da alegria, que nada nem ninguém nos pode jamais tirar. Meditando na sua vida, descobrimos as maravilhas da fidelidade de Deus, que segue com amor o caminho de quem procura o seu rosto, tornando-o participante dos seus dons e colaborador do seu projeto de vida sobre a humanidade.
S. António de Lisboa, que hoje celebramos, foi dotado de extraordinária preparação intelectual e de grandes capacidades de comunicação. Com a sua sabedoria evangélica provocou admiração, confundiu os hereges, converteu os pecadores. Com as suas virtudes e milagres, fascinou o povo. Pregador itinerante, S. António incarnou o Evangelho de Cristo, levando de cidade em cidade a sua paz, no estilo de uma vida obediente à vontade de Deus, disponível para os incómodos e canseiras da missão, e compassivo para todas as realidades humanas provados pelo sofrimento em qualquer das suas muitas formas. Atribuía tudo ao poder da oração. O testemunho de vida de S. António reflete a envolvente beleza de quem vive permanentemente em íntima comunhão com Deus, unicamente impelido pelo desejo de cumprir a sua vontade e de manifestar o seu imenso amor por todas as criaturas. S. António, humilde e pobre, e, por isso mesmo, digno filho do Pobrezinho de Assis, deixa transparecer os grandes prodígios de Deus: os milagres físicos e espirituais que o Altíssimo realiza naqueles que confiam n´Ele, apoiados numa fé quotidiana, autêntica e inabalável.
A luz e a criatividade da Palavra escutada, meditada e rezada, produzem em S. António os frutos de uma caridade incansável, paciente, sem preconceitos e tenaz diante das dificuldades. O que mais anseia é anunciar a ternura de Deus, a sua bondade e a infinita misericórdia com que nos revela o seu coração de Pai. S. António alerta-nos para o essencial, para a amizade com Deus, fonte de todo o bem, da paz e da alegria, que nada nem ninguém nos pode jamais tirar. Meditando na sua vida, descobrimos as maravilhas da fidelidade de Deus, que segue com amor o caminho de quem procura o seu rosto, tornando-o participante dos seus dons e colaborador do seu projeto de vida sobre a humanidade.
Oratio
Grande santo, éreis pelo vosso ardente amor a
Nosso Senhor um santo do Sagrado Coração, ajudai-nos a fazer reinar o Coração
de Jesus nos nossos corações e na sociedade. (Leão Dehon, OSP 3, p. 649).
Contemplatio
Santo António foi um apóstolo do Coração de
Jesus. A Providência não quis que chegasse a Marrocos, foi lançado sobre as
costas da Sicília. Vai aquecer ainda o seu coração junto do de S. Francisco de
Assis. O seu talento revela-se, fazem-no professor, depois missionário. Ganha
almas inumeráveis ao amor de Nosso Senhor. Foi, no séc. XIII, diz o P.
Marie-Antoine, o doutor e o escritor do Coração de Jesus. Conduz sempre os seus
ouvintes ao pensamento do amor, como objetivo final da vida cristã, e é no
Coração do Salvador que mostra a fonte e o trono deste amor. Diz: «Sim, a
ferida do lado de Jesus é um sol que ilumina todo o homem. Pela abertura do
Sagrado Coração foi aberta a porta do paraíso donde nos vem toda a luz. É lá
que está o asilo assegurado da arca da paz e da salvação. O Salvador abriu o
seu lado e o seu Coração à pomba, isto é, à alma religiosa, a fim de que
pudesse encontrar um lugar de refúgio. Sede como a pomba que estabelece o seu
ninho no mais profundo da pedra. Se Jesus Cristo é a pedra, a cavidade da pedra
é a chaga do lado de Jesus, que leva ao seu Coração. Havia na antiga lei dois
altares, o altar de bronze ou dos holocaustos, que estava fora do santuário, e
o altar de ouro do santuário mesmo. O altar de bronze da lei nova é o corpo
sangrento de Cristo imolado em presença do povo; o altar de ouro é o seu
Coração ardente de amor, e lá está o incenso que sobe para o céu». Os seus
sucessos eram maravilhosos. Se queremos ganhar almas para Nosso Senhor, é
preciso primeiro excitar-nos ao seu amor. O fervor do nosso coração
comunicar-se-á facilmente àqueles que estiverem em relação connosco. (Leão
Dehon, OSP 3, p. 649s.).
Actio
Repete muitas vezes e vive hoje a palavra:
“Vós sois o sal da terra. Vós sois a luz do mundo” (Mt 5, 13-14).
“Vós sois o sal da terra. Vós sois a luz do mundo” (Mt 5, 13-14).
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S. António de Lisboa, Presbítero e Doutor da Igreja (13 Junho)
S. António de Lisboa, Presbítero e Doutor da Igreja (13 Junho)
Eu todos os dias faço a leitura do dia e complemento com os comentários dessa equipe para complementar meus ensinamento e por em prática muito obrigado, que o Senhor Deus continue derramando benção a todos na Paz de Cristo, Jair Ferreira.
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