No Evangelho de hoje,
Jesus ensina a seriedade que deve haver em nossas palavras, e como o nosso
falar não deve ser medido pelos nossos juramentos, mas sim por nossa
integridade. Uma pessoa de caráter e honesta, não precisa usar de juramentos
para provar suas atitudes ou palavras. Alías, os seus atos darão testemunho a
seu respeito.
O evangelho de hoje
nos chama atenção à questão do juramento. As pessoas do tempo de Jesus, não
raras vezes, tinham o costume de jurar. Porém usando deste artifício, não se davam
conta, de que aceitavam mesmo que inconscientemente a mentira.
Como o nome de Deus
era “impronunciável”, juravam, pelos céus, por Jerusalém, pela terra e até pela
própria cabeça e Jesus nos lembra que não podemos jurar por nada, primeiro
porque nada disto nos pertence e segundo, como já mencionei, o juramento
pressupõe a inverdade.
Jesus nos pede, de não
jurar; e nos recomenda que o nosso sim seja sim e o nosso não seja não.
Seguindo este trocadilho de palavras qual a necessidade de jurar seja lá pelo
que for¿ alias, se o juramento fosse lícito, a única coisa pela qual poderíamos
jurar seria pelas nossas limitações, a única coisa que realmente nos pertence.
Jesus também ensinava
que não devemos ser pessoas dúbias, cataventos e volúveis: Que a vossa palavra
seja sim quando é sim. E não quando é não! Tudo o que não vem daí tem a sua
origem no diabo. Como têm sido as tuas palavras com o teu marido, esposa, pai,
mãe, filhos, colegas de serviço, na Igreja e com Deus?
Jesus reatando o dito
pela lei nos adverte para que em momento algum juremos por jurar como no Antigo
Testamento para garantir a integridade dos nossos atos. Assim nas sociedades
antigas a ausência de um sistema judicial como o nosso, a sociedade dependia
que o povo falasse a verdade um para com o outro. Por isso o juramento mantinha
a obrigação do povo em falar e fazer seus negócios honestamente. O uso do
juramento era frequente nos pactos e confederações solenes. Era um apelo a Deus
para que servisse de testemunha em um pacto ou a uma verdade a ser dita.
A violação de um
juramento tinha resultados sérios. Os juramentos judiciais eram reconhecidos
pela Lei.
Os juramentos eram
usados para confirmar um pacto; esclarecer controvérsias; estabelecer
concertos; mostrar a imutabilidade do conselho de Deus; definir as
responsabilidades sacras; e no cumprimento de atos judiciais. O juramento
poderia ser feito ante o rei, ante os objetos sagrados, ante o altar; e
usava-se entre o rei e seus súditos, entre o patriarca e o povo, entre o senhor
e o servo, entre um povo e outro e entre um indivíduo e outro. Atos simbólicos
eram utilizados no juramento, como o levantar a mão direita ou as duas mãos aos
céus e colocar a mão sobre a outra pessoa. Também ao jurar, eram usadas
diversas expressões: Assim Deus me faça e outro tanto; Vive o Senhor; Viva a
tua alma e te conjuro pelo Senhor. O juramento estabelecia limitações no falar
das pessoas e delineava a conduta humana.
Que tuas palavras
expressem o que trazes no teu coração. Que tua boca diga aquilo que o coração
está cheio. Enquanto é tempo, acerte o passo! Reconcilia-te como Deus e o
irmão!
Senhor, purifica os
meus lábios com o fogo do teu Espírito. As palavras que saem da minha boca
possam ser reflexo da eterna Palavra, viva e eficaz, a ponto de penetrar a alma
dos meus irmãos, que revela os pensamentos do coração e como o bálsamo que
alivia as chagas!
Fonte Canção Nova
Nenhum comentário:
Postar um comentário