28 de junho
Mt 7,15-20
Bom dia!
Na rede Record era apresentado
um programa chamado “O APRENDIZ”. Nesse programa um grande empresário ditava
quem poderia ou não continuar, levando em consideração o perfil desejado, o
empenho e a capacidade de resolver adversidades o melhor que possível.
Muita gente acompanhava o
programa torcendo para que seus favoritos conseguissem lograr êxito e saírem
vencedores.
Apesar da nítida dureza e
severidade racional do apresentador só discordávamos dele quando criticava ou
eliminava aqueles que estávamos emocionalmente envolvidos. Após cada “DEMISSÃO”
havia uma reação proporcional dos que torciam desse lado da tela.
Duas coisas servem esse exemplo
para nossa reflexão de hoje:
1) Discordamos apenas quando a
opinião afeta nosso desejo;
2) Sabíamos reconhecer que o
apresentador “vendia bem o seu peixe”.
Quanto a primeira…
É duro de aceitar, mas somos
para Deus o PRODUTO e não a PROPAGANDA. Não dá para mentir para quem bem nos
conhece. Boa parte de nossas desavenças surgem de interesses escondidos dentro
do assunto. Um pai dificilmente vai a escola elogiar o trabalho de um
professor, mas madruga na reunião que falará da nota vermelha que ele tirou.
Tornamos-nos mansos quando
queremos algo. Somos fartos nos elogios e sorrisos aos chefes, aos que são
importante, os que podem nos fazer algo, mas desrespeitosos com os mais simples
que limpam nossa casa, nosso local de trabalho, nosso dia-a-dia. Conseguimos
ser coelhos na “rua” e “cavalos” em casa com os nossos pais; andamos
quilômetros para ver a nova namorada, mas não vamos à padaria da esquina
comprar o pão (hunf)… Como disse, Deus conhece o PRODUTO e não se engana com a
PROPAGANDA. “(…) Eles chegam disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos
selvagens. Vocês os conhecerão pelo que eles fazem“.
Uma coisa deve ser bem frisada:
falsos pastores NÃO DISCORDAM DO NOSSO DESEJO MESMO QUE ELE SEJA EQUIVOCADO.
A segunda…
Voltando ao último grifo: Como
é fácil fazer as coisas e por culpa nos outros?
Eu não duvido que o mal sugira
as pessoas a fazer coisas erradas, mas é preciso ter claro que a última opinião
será sempre nossa. Como pode uma moça ficar grávida e por a culpa na
insistência do namorado e vice-versa?
Mas é justamente nisso que
muitas igrejas e seitas se embasam: TUDO É O DIABO! Sim pode ser ele, mas
sempre a última palavra do livre arbítrio é nossa. Não se faz ninguém crescer
na fé dizendo que ele nada fez e sim outra pessoa. São igrejas onde só existem
anjos. Repare o modelo impregnado do comércio nessa situação: O CLIENTE SEMPRE
TEM RAZÃO.
Cada vez mais surgem pessoas
mal intencionadas a falar o que QUEREMOS QUE FALEM em troca de dinheiro,
ofertas e até de TRÍZIMO. Não falei errado não! Uma igreja já pregou a suas
ovelhas que deveriam por uma graça pagar o TRÍZIMO.
Precisamos reconhecer que ELES
SABEM VENDER O SEU PEIXE! Fico triste que o povo acaba comendo JAÚ pensando que
é PINTADO “(…) A árvore boa não pode dar frutas ruins, e a árvore que não
presta não pode dar frutas boas. Toda árvore que não dá frutas boas é cortada e
jogada no fogo. Portanto, vocês conhecerão os falsos profetas pelas coisas que
eles fazem”.
Para finalizar deixo uma
reflexão que talvez não conste na interpretação da Bíblia que eles apresentam
aos seus:
“(…) Se alguém transmite uma
doutrina diferente e não se atém às palavras salutares de nosso Senhor Jesus
Cristo e ao que ensina nossa piedade, é um orgulhoso, um ignorante, alguém
doentiamente preocupado com questões fúteis e contendas de palavras. Daí se
originam invejas, ultrajes, suspeitas malévolas, discussões sem fim entre
pessoas de mente corrompida, que estão privadas da verdade e consideram a
piedade como uma fonte de lucro. Ora, a piedade dá grande ganho, sim, mas para
quem se satisfaz com o que tem. Com efeito, não trouxemos nada para este mundo,
como também dele não podemos levar coisa alguma“.(I Timóteo 6, 3-7)
Um imenso abraço fraterno!
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