5 Março 2017
ANO A
1º DOMINGO DA QUARESMA
1º DOMINGO DA QUARESMA
Tema do 1º Domingo da
Quaresma
No início da nossa
caminhada quaresmal, a Palavra de Deus convida-nos à “conversão” – isto é, a
recolocar Deus no centro da nossa existência, a aceitar a comunhão com Ele, a
escutar as suas propostas, a concretizar no mundo – com fidelidade – os seus
projectos.
A primeira leitura afirma que Deus criou o homem para a felicidade e para a vida plena. Quando escutamos as propostas de Deus, conhecemos a vida e a felicidade; mas, sempre que prescindimos de Deus e nos fechamos em nós próprios, inventamos esquemas de egoísmo, de orgulho e de prepotência e construímos caminhos de sofrimento e de morte.
A segunda leitura propõe-nos dois exemplos: Adão e Jesus. Adão representa o homem que escolhe ignorar as propostas de Deus e decidir, por si só, os caminhos da salvação e da vida plena; Jesus é o homem que escolhe viver na obediência às propostas de Deus e que vive na obediência aos projectos do Pai. O esquema de Adão gera egoísmo, sofrimento e morte; o esquema de Jesus gera vida plena e definitiva.
O Evangelho apresenta, de forma mais clara, o exemplo de Jesus. Ele recusou – de forma absoluta – uma vida vivida à margem de Deus e dos seus projectos. A Palavra de Deus garante que, na perspectiva cristã, uma vida que ignora os projectos do Pai e aposta em esquemas de realização pessoal é uma vida perdida e sem sentido; e que toda a tentação de ignorar Deus e as suas propostas é uma tentação diabólica e que o cristão deve, firmemente, rejeitar.
A primeira leitura afirma que Deus criou o homem para a felicidade e para a vida plena. Quando escutamos as propostas de Deus, conhecemos a vida e a felicidade; mas, sempre que prescindimos de Deus e nos fechamos em nós próprios, inventamos esquemas de egoísmo, de orgulho e de prepotência e construímos caminhos de sofrimento e de morte.
A segunda leitura propõe-nos dois exemplos: Adão e Jesus. Adão representa o homem que escolhe ignorar as propostas de Deus e decidir, por si só, os caminhos da salvação e da vida plena; Jesus é o homem que escolhe viver na obediência às propostas de Deus e que vive na obediência aos projectos do Pai. O esquema de Adão gera egoísmo, sofrimento e morte; o esquema de Jesus gera vida plena e definitiva.
O Evangelho apresenta, de forma mais clara, o exemplo de Jesus. Ele recusou – de forma absoluta – uma vida vivida à margem de Deus e dos seus projectos. A Palavra de Deus garante que, na perspectiva cristã, uma vida que ignora os projectos do Pai e aposta em esquemas de realização pessoal é uma vida perdida e sem sentido; e que toda a tentação de ignorar Deus e as suas propostas é uma tentação diabólica e que o cristão deve, firmemente, rejeitar.
LEITURA I – Gen
2,7-9;3,1-7
Leitura do Livro do
Génesis
O Senhor Deus formou o
homem do pó da terra,
insuflou em suas narinas um sopro de vida,
e o homem tornou-se um ser vivo.
Depois, o Senhor Deus plantou um jardim no Éden, a oriente,
e nele colocou o homem que tinha formado.
Fez nascer na terra toda a espécie de árvores,
de frutos agradáveis à vista e bons para comer,
entre as quais a árvore da vida, no meio do jardim,
e a árvore da ciência do bem e do mal.
Ora, a serpente era o mais astucioso
de todos os animais do campo
que o Senhor Deus tinha feito.
Ela disse à mulher:
«É verdade que Deus vos disse:
“Não podeis comer o fruto de nenhuma árvore do Jardim”?»
A mulher respondeu:
«Podemos comer o fruto das árvores do jardim;
mas, quanto ao fruto da árvore que está no meio do jardim,
Deus avisou-nos:
“Não podeis comer dele nem tocar-lhe, senão morrereis”».
A serpente replicou à mulher:
«De maneira nenhuma! Não morrereis.
Mas Deus sabe que, no dia em que o comerdes,
abrir-se-ão os vossos olhos e sereis como deuses,
ficando a conhecer o bem e o mal».
A mulher viu então que o fruto da árvore
era bom para comer e agradável à vista,
e precioso para esclarecer a inteligência.
Colheu o fruto e comeu-o;
depois deu-o ao marido, que estava junto dela,
e ele também comeu.
Abriram-se então os seus olhos
e compreenderam que estavam despidos.
Por isso, entrelaçaram folhas de figueira
e cingiram os rins com elas.
insuflou em suas narinas um sopro de vida,
e o homem tornou-se um ser vivo.
Depois, o Senhor Deus plantou um jardim no Éden, a oriente,
e nele colocou o homem que tinha formado.
Fez nascer na terra toda a espécie de árvores,
de frutos agradáveis à vista e bons para comer,
entre as quais a árvore da vida, no meio do jardim,
e a árvore da ciência do bem e do mal.
Ora, a serpente era o mais astucioso
de todos os animais do campo
que o Senhor Deus tinha feito.
Ela disse à mulher:
«É verdade que Deus vos disse:
“Não podeis comer o fruto de nenhuma árvore do Jardim”?»
A mulher respondeu:
«Podemos comer o fruto das árvores do jardim;
mas, quanto ao fruto da árvore que está no meio do jardim,
Deus avisou-nos:
“Não podeis comer dele nem tocar-lhe, senão morrereis”».
A serpente replicou à mulher:
«De maneira nenhuma! Não morrereis.
Mas Deus sabe que, no dia em que o comerdes,
abrir-se-ão os vossos olhos e sereis como deuses,
ficando a conhecer o bem e o mal».
A mulher viu então que o fruto da árvore
era bom para comer e agradável à vista,
e precioso para esclarecer a inteligência.
Colheu o fruto e comeu-o;
depois deu-o ao marido, que estava junto dela,
e ele também comeu.
Abriram-se então os seus olhos
e compreenderam que estavam despidos.
Por isso, entrelaçaram folhas de figueira
e cingiram os rins com elas.
AMBIENTE
O texto de Gn
2,4b-3,24 – conhecido como relato jahwista da criação – é, de acordo com a
maioria dos comentadores, um texto do séc. X a.C., que deve ter aparecido em
Judá na época do rei Salomão. Apresenta-se num estilo exuberante, colorido,
pitoresco. Parece ser obra de um catequista popular, que ensina recorrendo a
imagens sugestivas, coloridas e fortes.
Não podemos, de forma nenhuma, ver neste texto uma reportagem jornalística de acontecimentos passados na aurora da humanidade. A finalidade do autor não é científica ou histórica, mas teológica: mais do que ensinar como o mundo e o homem apareceram, ele quer dizer-nos que na origem da vida e do homem está Jahwéh. Trata-se, portanto, de uma página de catequese e não de um tratado destinado a explicar cientificamente as origens do mundo e da vida.
Para apresentar essa catequese aos homens do séc. X a.C., os teólogos jahwistas utilizaram elementos simbólicos e literários das cosmogonias mesopotâmicas (por exemplo, a formação do homem “do pó da terra” é um elemento que aparece sempre nos mitos de origem mesopotâmicos); no entanto, transformaram e adaptaram os símbolos retirados das narrações lendárias de outros povos, dando-lhes um novo enquadramento, uma nova interpretação e pondo-os ao serviço da catequese e da fé de Israel. Ou seja: a linguagem e a apresentação literária das narrações bíblicas da criação apresentam paralelos significativos com os mitos de origem dos povos da zona do Crescente Fértil; mas as conclusões teológicas – sobretudo o ensinamento sobre Deus e sobre o lugar que o homem ocupa no projecto de Deus – são muito diferentes.
Não podemos, de forma nenhuma, ver neste texto uma reportagem jornalística de acontecimentos passados na aurora da humanidade. A finalidade do autor não é científica ou histórica, mas teológica: mais do que ensinar como o mundo e o homem apareceram, ele quer dizer-nos que na origem da vida e do homem está Jahwéh. Trata-se, portanto, de uma página de catequese e não de um tratado destinado a explicar cientificamente as origens do mundo e da vida.
Para apresentar essa catequese aos homens do séc. X a.C., os teólogos jahwistas utilizaram elementos simbólicos e literários das cosmogonias mesopotâmicas (por exemplo, a formação do homem “do pó da terra” é um elemento que aparece sempre nos mitos de origem mesopotâmicos); no entanto, transformaram e adaptaram os símbolos retirados das narrações lendárias de outros povos, dando-lhes um novo enquadramento, uma nova interpretação e pondo-os ao serviço da catequese e da fé de Israel. Ou seja: a linguagem e a apresentação literária das narrações bíblicas da criação apresentam paralelos significativos com os mitos de origem dos povos da zona do Crescente Fértil; mas as conclusões teológicas – sobretudo o ensinamento sobre Deus e sobre o lugar que o homem ocupa no projecto de Deus – são muito diferentes.
MENSAGEM
A primeira parte (cf.
Gn 2,7-9) do texto que nos é proposto apresenta-nos dois quadros significativos.
O primeiro quadro (vers. 7) pinta – com cores quentes e sugestivas – a origem do homem: “o Senhor Deus formou o homem do pó da terra e insuflou-lhe nas narinas um sopro de vida”. O verbo utilizado para descrever a acção de Deus é o verbo “yasar” (“formar”, “modelar”), que é um verbo técnico ligado ao trabalho do oleiro. Deus aparece, assim, como um oleiro, que modela a argila. Estamos muito próximos das concepções mesopotâmicas, onde o homem é criado pelos deuses a partir do barro (o jogo de palavras “’adam” – “homem” – e “’adamah” – “terra”, sugere que o homem – “’adam” – vem da “terra” – “’adamah” – e, morrendo, voltará à terra de onde foi tirado).
No entanto, o homem formado da terra não é apenas terra, pois ele recebe também o “sopro” (“neshamá”) de Deus. A palavra hebraica utilizada significa “sopro”, “hálito”, “respiração”. É a vida que vem de Deus que torna o homem vivo… O homem tem qualquer coisa de divino; a vida do homem procede, directamente, de Deus.
É significativa a forma como o jahwista sublinha o cuidado de Deus na criação do homem: Deus é o oleiro que modela cuidadosa e amorosamente a sua obra; e, ainda mais, transmite a esse homem formado da terra a sua própria vida divina. O homem aparece, assim, como o centro do projecto criador de Deus: ele ocupa um lugar especial na criação e é para ele que tudo vai ser criado.
No segundo quadro (vers. 8-9), o autor jahwista reflecte sobre a situação do homem criado por Deus… Para que é que Deus criou o homem? Para ser escravo dos deuses e prover ao sustento das divindades, como nos mitos mesopotâmicos? Não. Na perspectiva do nosso catequista, o ho
mem foi criado para ser feliz, em comunhão com Deus. Para descrever a situação ideal do homem, criado para a felicidade e a realização plena, o jahwista coloca-o num “jardim” cheio de árvores de fruta. Para um povo que sentia pesar constantemente sobre si a ameaça do deserto árido, o ideal de felicidade seria um lugar com muitas árvores e muita água. Os mitos mesopotâmicos apresentam, aliás, as mesmas imagens.
No meio dessa vegetação abundante, o autor coloca duas árvores especiais: a “árvore da vida” e a “árvore do conhecimento do bem e do mal”. A “árvore da vida” é o símbolo da imortalidade concedida ao homem. Provavelmente, ao falar da “árvore da vida”, o autor está a pensar na “Lei”: desde o início, Deus ofereceu ao homem a possibilidade da vida plena e imortal, que passa por uma vida percorrida no caminho da Lei e dos mandamentos… Ao lado da “árvore da vida” e em contraposição a ela (pois traz a morte), está a “árvore do conhecimento do bem e do mal”. Provavelmente, representa o orgulho e a auto-suficiência de quem acha que pode conquistar a sua própria felicidade, prescindindo de Deus. “Comer da árvore do conhecimento do bem e do mal” significa fechar-se em si próprio, querer decidir por si só o que é bem e o que é mal, pôr-se a si próprio em lugar de Deus, reivindicar autonomia total em relação ao criador. O homem que renuncia à comunhão com Deus está a seguir o caminho da morte.
A ideia do nosso catequista é esta: Deus criou o homem para ser feliz; deu-lhe a possibilidade de vida imortal; mas o homem pode escolher prescindir de Deus e percorrer caminhos onde Deus não está.
Na segunda parte do nosso texto (cf. Gn 3,1-7), o autor jahwista reflecte sobre a questão do mal. De onde vem o mal que desfeia o mundo e que impede o homem de ter vida plena? Esse mal – sugere o nosso teólogo jahwista – vem das opções erradas que, desde o início da história, o homem tem feito.
Para dizer isto, o autor jawista recorre à imagem da serpente. Entre os povos antigos, a serpente aparece como um símbolo por excelência da vida e da fecundidade (provavelmente por causa da sua configuração fálica). Entre os cananeus, estava também bastante difundido o culto da serpente. Nos santuários cananeus invocavam-se os deuses da fertilidade (representados muitas vezes pela serpente) e realizavam-se rituais mágicos destinados a assegurar a fecundidade dos campos… Ora, os israelitas, instalados na Terra, depressa se deixaram fascinar por esses cultos e praticavam os rituais dos cananeus destinados a assegurar a vida e a fecundidade dos campos e dos rebanhos. No entanto, isso significava prescindir de Jahwéh e abandonar o caminho da Lei e dos mandamentos. A “serpente” surge aqui, portanto, como símbolo de tudo o que afasta os homens de Deus e das suas propostas, sugerindo-lhes caminhos de orgulho, de egoísmo e de auto-suficiência.
Em conclusão: Deus criou o homem para ser feliz e indicou-lhe o caminho da imortalidade e da vida plena; no entanto, o homem escolhe muitas vezes o caminho do orgulho e da auto-suficiência e vive à margem de Deus e das suas propostas. Na opinião do autor jahwista, é essa a origem do mal que destrói a harmonia do mundo.
O primeiro quadro (vers. 7) pinta – com cores quentes e sugestivas – a origem do homem: “o Senhor Deus formou o homem do pó da terra e insuflou-lhe nas narinas um sopro de vida”. O verbo utilizado para descrever a acção de Deus é o verbo “yasar” (“formar”, “modelar”), que é um verbo técnico ligado ao trabalho do oleiro. Deus aparece, assim, como um oleiro, que modela a argila. Estamos muito próximos das concepções mesopotâmicas, onde o homem é criado pelos deuses a partir do barro (o jogo de palavras “’adam” – “homem” – e “’adamah” – “terra”, sugere que o homem – “’adam” – vem da “terra” – “’adamah” – e, morrendo, voltará à terra de onde foi tirado).
No entanto, o homem formado da terra não é apenas terra, pois ele recebe também o “sopro” (“neshamá”) de Deus. A palavra hebraica utilizada significa “sopro”, “hálito”, “respiração”. É a vida que vem de Deus que torna o homem vivo… O homem tem qualquer coisa de divino; a vida do homem procede, directamente, de Deus.
É significativa a forma como o jahwista sublinha o cuidado de Deus na criação do homem: Deus é o oleiro que modela cuidadosa e amorosamente a sua obra; e, ainda mais, transmite a esse homem formado da terra a sua própria vida divina. O homem aparece, assim, como o centro do projecto criador de Deus: ele ocupa um lugar especial na criação e é para ele que tudo vai ser criado.
No segundo quadro (vers. 8-9), o autor jahwista reflecte sobre a situação do homem criado por Deus… Para que é que Deus criou o homem? Para ser escravo dos deuses e prover ao sustento das divindades, como nos mitos mesopotâmicos? Não. Na perspectiva do nosso catequista, o ho
mem foi criado para ser feliz, em comunhão com Deus. Para descrever a situação ideal do homem, criado para a felicidade e a realização plena, o jahwista coloca-o num “jardim” cheio de árvores de fruta. Para um povo que sentia pesar constantemente sobre si a ameaça do deserto árido, o ideal de felicidade seria um lugar com muitas árvores e muita água. Os mitos mesopotâmicos apresentam, aliás, as mesmas imagens.
No meio dessa vegetação abundante, o autor coloca duas árvores especiais: a “árvore da vida” e a “árvore do conhecimento do bem e do mal”. A “árvore da vida” é o símbolo da imortalidade concedida ao homem. Provavelmente, ao falar da “árvore da vida”, o autor está a pensar na “Lei”: desde o início, Deus ofereceu ao homem a possibilidade da vida plena e imortal, que passa por uma vida percorrida no caminho da Lei e dos mandamentos… Ao lado da “árvore da vida” e em contraposição a ela (pois traz a morte), está a “árvore do conhecimento do bem e do mal”. Provavelmente, representa o orgulho e a auto-suficiência de quem acha que pode conquistar a sua própria felicidade, prescindindo de Deus. “Comer da árvore do conhecimento do bem e do mal” significa fechar-se em si próprio, querer decidir por si só o que é bem e o que é mal, pôr-se a si próprio em lugar de Deus, reivindicar autonomia total em relação ao criador. O homem que renuncia à comunhão com Deus está a seguir o caminho da morte.
A ideia do nosso catequista é esta: Deus criou o homem para ser feliz; deu-lhe a possibilidade de vida imortal; mas o homem pode escolher prescindir de Deus e percorrer caminhos onde Deus não está.
Na segunda parte do nosso texto (cf. Gn 3,1-7), o autor jahwista reflecte sobre a questão do mal. De onde vem o mal que desfeia o mundo e que impede o homem de ter vida plena? Esse mal – sugere o nosso teólogo jahwista – vem das opções erradas que, desde o início da história, o homem tem feito.
Para dizer isto, o autor jawista recorre à imagem da serpente. Entre os povos antigos, a serpente aparece como um símbolo por excelência da vida e da fecundidade (provavelmente por causa da sua configuração fálica). Entre os cananeus, estava também bastante difundido o culto da serpente. Nos santuários cananeus invocavam-se os deuses da fertilidade (representados muitas vezes pela serpente) e realizavam-se rituais mágicos destinados a assegurar a fecundidade dos campos… Ora, os israelitas, instalados na Terra, depressa se deixaram fascinar por esses cultos e praticavam os rituais dos cananeus destinados a assegurar a vida e a fecundidade dos campos e dos rebanhos. No entanto, isso significava prescindir de Jahwéh e abandonar o caminho da Lei e dos mandamentos. A “serpente” surge aqui, portanto, como símbolo de tudo o que afasta os homens de Deus e das suas propostas, sugerindo-lhes caminhos de orgulho, de egoísmo e de auto-suficiência.
Em conclusão: Deus criou o homem para ser feliz e indicou-lhe o caminho da imortalidade e da vida plena; no entanto, o homem escolhe muitas vezes o caminho do orgulho e da auto-suficiência e vive à margem de Deus e das suas propostas. Na opinião do autor jahwista, é essa a origem do mal que destrói a harmonia do mundo.
ACTUALIZAÇÃO
Considerar, na
reflexão, os seguintes elementos:
• De onde vimos? Para
onde vamos? Porque é que estamos aqui? Qual o sentido da nossa vida? São
perguntas eternas, que o homem de todos os tempos coloca a si próprio. A
Palavra de Deus que hoje nos é proposta responde: é Deus a nossa origem e o
nosso destino último. Não somos um minúsculo e insignificante grão de areia
perdido numa galáxia qualquer; mas somos seres que Deus criou com amor, a quem
Ele deu o seu próprio “sopro”, a quem animou com a sua própria vida. O fim
último da nossa existência não é o fracasso, a dissolução no nada, mas a vida
definitiva, a felicidade sem fim, a comunhão plena com Deus.
• Como é que chegamos
a essa felicidade que está inscrita no projecto que Deus tem para os homens e
para o mundo? Deus nada impõe e respeita sempre – de forma absoluta – a nossa
liberdade; no entanto, insiste em mostrar-nos, todos os dias, o caminho para
essa plenitude de vida que Ele sonhou para os homens. Quando aceitamos a nossa
condição de criaturas e reconhecemos em Deus esse Pai que nos dá vida, que nos
ama e que nos indica caminhos de realização e de felicidade, construímos uma
existência harmoniosa, um “paraíso” onde encontramos vida, harmonia, felicidade
e realização.
• E o mal que vemos,
todos os dias, tornar sombria e deprimente essa “casa” que é o mundo: vem de
Deus ou do homem? A Palavra de Deus responde: o mal nunca vem de Deus; o mal
resulta das nossas escolhas erradas, do nosso orgulho, do nosso egoísmo e
auto-suficiência. Quando o homem escolhe viver orgulhosamente só, ignorando as
propostas de Deus e prescindindo do amor, constrói cidades de egoísmo, de
injustiça, de prepotência, de sofrimento, de pecado… Quais os caminhos que eu
escolho? As propostas de Deus fazem sentido e são, para mim, indicações seguras
para a felicidade, ou prefiro ser eu próprio a fazer as minhas escolhas,
prescindindo das indicações de Deus?
SALMO RESPONSORIAL –
SALMO 50 (51)
Refrão 1: Pecámos,
Senhor: tende compaixão de nós.
Refrão 2: Tende
compaixão de nós, Senhor,
porque somos pecadores.
porque somos pecadores.
Compadecei-Vos de mim,
ó Deus, pela vossa bondade,
pela vossa grande misericórdia, apagai os meus pecados.
Lavai-me de toda a iniquidade
e purificai-me de todas as faltas.
pela vossa grande misericórdia, apagai os meus pecados.
Lavai-me de toda a iniquidade
e purificai-me de todas as faltas.
Porque eu reconheço os
meus pecados
e tenho sempre diante de mim as minhas culpas.
Pequei contra Vós, só contra Vós,
e fiz o mal diante dos vossos olhos.
e tenho sempre diante de mim as minhas culpas.
Pequei contra Vós, só contra Vós,
e fiz o mal diante dos vossos olhos.
Criai em mim, ó Deus,
um coração puro
e fazei nascer dentro de mim um espírito firme.
Não queirais repelir-me da vossa presença
e não retireis de mim o vosso espírito de santidade.
e fazei nascer dentro de mim um espírito firme.
Não queirais repelir-me da vossa presença
e não retireis de mim o vosso espírito de santidade.
Dai-me de novo a alegria
da vossa salvação
e sustentai-me com espírito generoso.
Abri, Senhor, os meus lábios
e a minha boca cantará o vosso louvor.
e sustentai-me com espírito generoso.
Abri, Senhor, os meus lábios
e a minha boca cantará o vosso louvor.
LEITURA II – Rom
5,12-19
Leitura do apóstolo
São Paulo aos Romanos
Irmãos:
Assim como por um só homem entrou o pecado no mundo
e pelo pecado a morte,
assim também a morte atingiu todos os homens,
porque todos pecaram.
De facto, até à Lei, existia o pecado no mundo.
Mas o pecado não é levado em conta, se não houver lei.
Entretanto, a morte reinou desde Adão até Moisés,
mesmo para aqueles que não tinham pecado
por uma transgressão à semelhança de Adão,
que é figura d’Aquele que havia de vir.
Mas o dom gratuito não &
eacute; como a falta.
Se pelo pecado de um só pereceram muitos,
com muito mais razão a graça de Deus,
dom contido na graça de um só homem, Jesus Cristo,
se concedeu com abundância a muitos homens.
E esse dom não é como o pecado de um só:
o julgamento que resultou desse único pecado
levou à condenação,
ao passo que o dom gratuito, que veio depois de muitas faltas,
leva à justificação.
Se a morte reinou pelo pecado de um só homem,
com muito mais razão, aqueles que recebem com abundância
a graça e o dom da justiça,
reinarão na vida por meio de um só, Jesus Cristo.
Porque, assim como pelo pecado de um só,
veio para todos os homens a condenação,
assim também, pela obra de justiça de um só,
virá para todos a justificação que dá a vida.
De facto, como pela desobediência de um só homem,
muitos se tornaram pecadores,
assim também, pela obediência de um só,
muitos se tornarão justos.
Assim como por um só homem entrou o pecado no mundo
e pelo pecado a morte,
assim também a morte atingiu todos os homens,
porque todos pecaram.
De facto, até à Lei, existia o pecado no mundo.
Mas o pecado não é levado em conta, se não houver lei.
Entretanto, a morte reinou desde Adão até Moisés,
mesmo para aqueles que não tinham pecado
por uma transgressão à semelhança de Adão,
que é figura d’Aquele que havia de vir.
Mas o dom gratuito não &
eacute; como a falta.
Se pelo pecado de um só pereceram muitos,
com muito mais razão a graça de Deus,
dom contido na graça de um só homem, Jesus Cristo,
se concedeu com abundância a muitos homens.
E esse dom não é como o pecado de um só:
o julgamento que resultou desse único pecado
levou à condenação,
ao passo que o dom gratuito, que veio depois de muitas faltas,
leva à justificação.
Se a morte reinou pelo pecado de um só homem,
com muito mais razão, aqueles que recebem com abundância
a graça e o dom da justiça,
reinarão na vida por meio de um só, Jesus Cristo.
Porque, assim como pelo pecado de um só,
veio para todos os homens a condenação,
assim também, pela obra de justiça de um só,
virá para todos a justificação que dá a vida.
De facto, como pela desobediência de um só homem,
muitos se tornaram pecadores,
assim também, pela obediência de um só,
muitos se tornarão justos.
AMBIENTE
No final da década de
50 (a Carta aos Romanos apareceu por volta de 57/58), multiplicavam-se as
“crises” entre os cristãos oriundos do mundo judaico e os cristãos oriundos do
mundo pagão. Uns e outros tinham perspectivas diferentes da salvação e da forma
de viver o compromisso com Jesus Cristo e com o seu Evangelho. Os cristãos de
origem judaica consideravam que, além da fé em Jesus Cristo, era necessário
cumprir as obras da Lei (nomeadamente a prática da circuncisão) para ter acesso
à salvação; mas os cristãos de origem pagã recusavam-se a aceitar a
obrigatoriedade das práticas judaicas. Era uma questão “quente”, que ameaçava a
unidade da Igreja. Este problema também era sentido pela comunidade cristã de
Roma.
Neste cenário, Paulo vai mostrar a todos os crentes (a Carta aos Romanos, mais do que uma carta para a comunidade cristã de Roma, é uma carta para as comunidades cristãs, em geral) a unidade da revelação e da história da salvação: judeus e não judeus são, de igual forma, chamados por Deus à salvação; o essencial não é cumprir a Lei de Moisés – que nunca assegurou a ninguém a salvação; o essencial é acolher a oferta de salvação que Deus faz a todos, por Jesus Cristo.
O texto que nos é proposto faz parte da primeira parte da Carta aos Romanos (cf. Rom 11,18-11,36). Depois de demonstrar que todos (judeus e não judeus) vivem mergulhados no pecado (cf. Rom 1,18-3,20) e que é a justiça de Deus que a todos salva, sem distinção (cf. Rom 3,21-5,11), Paulo ensina que é através de Jesus Cristo que a vida de Deus chega aos homens e que se faz oferta de salvação para todos (cf. Rom 5,12-8,39).
Neste cenário, Paulo vai mostrar a todos os crentes (a Carta aos Romanos, mais do que uma carta para a comunidade cristã de Roma, é uma carta para as comunidades cristãs, em geral) a unidade da revelação e da história da salvação: judeus e não judeus são, de igual forma, chamados por Deus à salvação; o essencial não é cumprir a Lei de Moisés – que nunca assegurou a ninguém a salvação; o essencial é acolher a oferta de salvação que Deus faz a todos, por Jesus Cristo.
O texto que nos é proposto faz parte da primeira parte da Carta aos Romanos (cf. Rom 11,18-11,36). Depois de demonstrar que todos (judeus e não judeus) vivem mergulhados no pecado (cf. Rom 1,18-3,20) e que é a justiça de Deus que a todos salva, sem distinção (cf. Rom 3,21-5,11), Paulo ensina que é através de Jesus Cristo que a vida de Deus chega aos homens e que se faz oferta de salvação para todos (cf. Rom 5,12-8,39).
MENSAGEM
Para deixar bem claro
que a salvação foi oferecida por Deus aos homens através de Jesus Cristo, Paulo
recorre aqui a uma figura literária que aparece, com alguma frequência, nos
seus escritos: a antítese. Em concreto, Paulo vai expor o seu raciocínio
através de um jogo de oposições entre duas figuras: Adão e Jesus.
Adão é a figura de uma humanidade que prescinde de Deus e das suas propostas e que escolhe caminhos de egoísmo, de orgulho e de auto-suficiência. Ora, essa escolha produz injustiça, alienação, sofrimento, desarmonia. Porque a humanidade preferiu, tantas vezes, esse caminho, o mundo entrou numa economia de pecado; e o pecado gera morte. A morte deve ser entendida, neste contexto, em sentido global – quer dizer, não tanto como morte físico-biológica, mas sobretudo como morte espiritual e escatológica que é afastamento temporário ou definitivo de Deus (a fonte da vida autêntica).
Cristo propôs um outro caminho. Ele viveu numa permanente escuta de Deus e das suas propostas, na obediência total aos projectos do Pai. Esse caminho leva à superação do egoísmo, do orgulho, da auto-suficiência e faz nascer um Homem Novo, plenamente livre, que vive em comunhão com o Deus que é fonte de vida autêntica (a vitória de Cristo sobre a morte é a prova provada de que só a comunhão com Deus produz vida definitiva). Foi essa a grande proposta que Cristo fez à humanidade… Assim, Cristo libertou os homens da economia de pecado e introduziu no mundo uma dinâmica nova, uma economia de graça que gera vida plena (salvação).
Não é claro que Paulo se esteja a referir, aqui, àquilo que a teologia posterior designou como “pecado original” (ou seja, um pecado histórico cometido pelo primeiro homem, que atinge e marca todos os homens que nascerem em qualquer tempo e lugar). O que é claro é que, para Paulo, a intervenção de Cristo na história humana se traduziu num dinamismo de esperança, de vida nova, de vida autêntica. Cristo veio propor à humanidade um caminho de comunhão com Deus e de obediência aos seus projectos; é esse caminho que conduz o homem em direcção à vida plena e definitiva, à salvação.
Adão é a figura de uma humanidade que prescinde de Deus e das suas propostas e que escolhe caminhos de egoísmo, de orgulho e de auto-suficiência. Ora, essa escolha produz injustiça, alienação, sofrimento, desarmonia. Porque a humanidade preferiu, tantas vezes, esse caminho, o mundo entrou numa economia de pecado; e o pecado gera morte. A morte deve ser entendida, neste contexto, em sentido global – quer dizer, não tanto como morte físico-biológica, mas sobretudo como morte espiritual e escatológica que é afastamento temporário ou definitivo de Deus (a fonte da vida autêntica).
Cristo propôs um outro caminho. Ele viveu numa permanente escuta de Deus e das suas propostas, na obediência total aos projectos do Pai. Esse caminho leva à superação do egoísmo, do orgulho, da auto-suficiência e faz nascer um Homem Novo, plenamente livre, que vive em comunhão com o Deus que é fonte de vida autêntica (a vitória de Cristo sobre a morte é a prova provada de que só a comunhão com Deus produz vida definitiva). Foi essa a grande proposta que Cristo fez à humanidade… Assim, Cristo libertou os homens da economia de pecado e introduziu no mundo uma dinâmica nova, uma economia de graça que gera vida plena (salvação).
Não é claro que Paulo se esteja a referir, aqui, àquilo que a teologia posterior designou como “pecado original” (ou seja, um pecado histórico cometido pelo primeiro homem, que atinge e marca todos os homens que nascerem em qualquer tempo e lugar). O que é claro é que, para Paulo, a intervenção de Cristo na história humana se traduziu num dinamismo de esperança, de vida nova, de vida autêntica. Cristo veio propor à humanidade um caminho de comunhão com Deus e de obediência aos seus projectos; é esse caminho que conduz o homem em direcção à vida plena e definitiva, à salvação.
ACTUALIZAÇÃO
Considerar os
seguintes desenvolvimentos:
• A modernidade
ensinou-nos que a fonte da salvação não é Deus, mas o homem e as suas
conquistas. Disse-nos que as propostas de Deus são resquícios de uma época
pré-científica, obscurantista, ultrapassada, e que a plenitude da vida está no
corte radical com qualquer autoridade exterior à nossa Razão – inclusive com
Deus. Exaltou o individualismo e a auto-suficiência e ensinou-nos que só nos
realizaremos totalmente se formos nós – orgulhosamente sós – a definir o nosso
caminho e o nosso destino. No entanto, onde nos leva esta cultura que prescinde
de Deus e das suas sugestões? A cultura moderna tem feito surgir um homem mais
feliz, ou tem potenciado o aparecimento de homens perdidos e sem referências,
que muitas vezes apostam tudo em propostas falsas de salvação e que saem dessa
experiência de busca mais fragilizados, mais dependentes, mais alienados?
• Alguns
acontecimentos que marcam a história do nosso tempo confirmam que uma história
construída à margem das propostas de Deus é uma história marcada pelo egoísmo,
pela injustiça, pela prepotência e, portanto, é uma história de sofrimento e de
morte. Quando o homem deixa de dar ouvidos a Deus, dá ouvidos ao lucro fácil,
destrói a natureza, explora os outros homens, torna-se injusto e prepotente,
sacrifica em proveito próprio a vida dos seus irmãos… Qual é o nosso papel de
crentes, neste processo? O que podemos fazer para que Deus volte a estar no
centro da história e a as suas propostas sejam acolhidas?
ACLAMAÇÃO ANTES DO
EVANGELHO – Mt 4,4b
Escolher um dos
refrães:
Refrão 1: Louvor e
glória a Vós, Jesus Cristo, Senhor.
Refrão 2: Glória a Vós, Jesus Cristo, Sabedoria do
Pai.
Refrão 3: Glória a Vós, Jesus Cristo, Palavra do Pai.
Refrão 4: Glória a Vós, Senhor, Filho do Deus vivo.
Refrão 5: Louvor a Vós, Jesus Cristo, Rei da eterna glória.
Refrão 6: Grandes e admiráveis são as vossas obras, Senhor.
Refrão 7: A salvação, a glória e o poder a Jesus Cristo, Nosso Senhor.
Refrão 2: Glória a Vós, Jesus Cristo, Sabedoria do
Pai.
Refrão 3: Glória a Vós, Jesus Cristo, Palavra do Pai.
Refrão 4: Glória a Vós, Senhor, Filho do Deus vivo.
Refrão 5: Louvor a Vós, Jesus Cristo, Rei da eterna glória.
Refrão 6: Grandes e admiráveis são as vossas obras, Senhor.
Refrão 7: A salvação, a glória e o poder a Jesus Cristo, Nosso Senhor.
Nem só de pão vive o
homem,
mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.
mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.
EVANGELHO – Mt 4,1-11
Evangelho de Nosso
Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo,
Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto,
a fim de ser tentado pelo Demónio.
Jejuou quarenta dias e quarenta noites
e, por fim, teve fome.
O tentador aproximou se e disse lhe:
«Se és Filho de Deus,
diz a estas pedras que se transformem em pães».
Jesus respondeu lhe:
«Está escrito: ‘Nem só de pão vive o homem,
mas de toda a palavra que sai da boca de Deus’».
Então o Demónio conduziu O à cidade santa,
levou O ao pináculo do templo e disse Lhe:
«Se és Filho de Deus, lança Te daqui abaixo, pois está escrito:
‘Deus mandará aos seus Anjos que te recebam nas suas mãos,
para que não tropeces em alguma pedra’».
Respondeu lhe Jesus:
«Também está escrito: ‘Não tentarás o Senhor teu Deus’».
De novo o Demónio O levou consigo a um monte muito alto,
mostrou Lhe todos os reinos do mundo e a sua glória,
e disse Lhe:
«Tudo isto Te darei,
se, prostrado, me adorares».
Respondeu lhe Jesus:
«Vai te, Satanás, porque esta escrito:
‘Adoraras o Senhor teu Deus e só a Ele prestaras culto’».
Então o Demónio deixou O
e logo os Anjos se aproximaram e serviram Jesus.
Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto,
a fim de ser tentado pelo Demónio.
Jejuou quarenta dias e quarenta noites
e, por fim, teve fome.
O tentador aproximou se e disse lhe:
«Se és Filho de Deus,
diz a estas pedras que se transformem em pães».
Jesus respondeu lhe:
«Está escrito: ‘Nem só de pão vive o homem,
mas de toda a palavra que sai da boca de Deus’».
Então o Demónio conduziu O à cidade santa,
levou O ao pináculo do templo e disse Lhe:
«Se és Filho de Deus, lança Te daqui abaixo, pois está escrito:
‘Deus mandará aos seus Anjos que te recebam nas suas mãos,
para que não tropeces em alguma pedra’».
Respondeu lhe Jesus:
«Também está escrito: ‘Não tentarás o Senhor teu Deus’».
De novo o Demónio O levou consigo a um monte muito alto,
mostrou Lhe todos os reinos do mundo e a sua glória,
e disse Lhe:
«Tudo isto Te darei,
se, prostrado, me adorares».
Respondeu lhe Jesus:
«Vai te, Satanás, porque esta escrito:
‘Adoraras o Senhor teu Deus e só a Ele prestaras culto’».
Então o Demónio deixou O
e logo os Anjos se aproximaram e serviram Jesus.
AMBIENTE
A cena das tentações
antecede, em Mateus (e nos outros Sinópticos), a vida pública de Jesus. A cena
segue-se imediatamente – quer em termos cronológicos, quer em termos lógicos –
ao Baptismo (cf. Mt 3,13-17): porque recebeu o Espírito (baptismo), Jesus pode
afrontar e vencer a tentação de uma proposta de actuação messiânica que o
convida a subverter a proposta do Pai.
A cena coloca-nos no deserto. Mateus diz explicitamente que “Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto, a fim de ser tentado pelo demónio”. Os quarenta dias e quarenta noites que, de acordo com o relato, Jesus aí passou, resumem os quarenta anos que Israel passou em caminhada pelo deserto. O deserto é, no imaginário judaico, o lugar da “prova”, onde os israelitas experimentaram, por diversas vezes, a tentação do abandono de Jahwéh e do seu projecto de libertação (embora seja, também, o lugar do encontro com Deus, o lugar da descoberta do rosto de Deus, o lugar onde o Povo fez a experiência da sua fragilidade e pequenez e aprendeu a confiar na bondade e no amor de Deus). Será que a história se vai repetir, que Jesus vai ceder à tentação e dizer “não” ao projecto de Deus – como aconteceu com os israelitas?
O relato que hoje nos é proposto não é, contudo, uma reportagem histórica elaborada por um jornalista que presenciou um combate teológico entre Jesus e o diabo, algures no deserto… É, sim, uma página de catequese, cujo objectivo é ensinar-nos que Jesus, apesar de ter sentido – como nós – a mordedura das tentações, soube pôr acima de tudo o projecto do Pai.
O relato de Mateus (bem como o de Lucas) parte, sem dúvida, do relato – muito mais breve – de Marcos (cf. Mc 1,12-13); mas o texto que hoje nos é proposto amplia o relato original de Marcos, com um diálogo entre Jesus e o diabo, feito de citações do Antigo Testamento (sobretudo do livro do Deuteronómio).
A cena coloca-nos no deserto. Mateus diz explicitamente que “Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto, a fim de ser tentado pelo demónio”. Os quarenta dias e quarenta noites que, de acordo com o relato, Jesus aí passou, resumem os quarenta anos que Israel passou em caminhada pelo deserto. O deserto é, no imaginário judaico, o lugar da “prova”, onde os israelitas experimentaram, por diversas vezes, a tentação do abandono de Jahwéh e do seu projecto de libertação (embora seja, também, o lugar do encontro com Deus, o lugar da descoberta do rosto de Deus, o lugar onde o Povo fez a experiência da sua fragilidade e pequenez e aprendeu a confiar na bondade e no amor de Deus). Será que a história se vai repetir, que Jesus vai ceder à tentação e dizer “não” ao projecto de Deus – como aconteceu com os israelitas?
O relato que hoje nos é proposto não é, contudo, uma reportagem histórica elaborada por um jornalista que presenciou um combate teológico entre Jesus e o diabo, algures no deserto… É, sim, uma página de catequese, cujo objectivo é ensinar-nos que Jesus, apesar de ter sentido – como nós – a mordedura das tentações, soube pôr acima de tudo o projecto do Pai.
O relato de Mateus (bem como o de Lucas) parte, sem dúvida, do relato – muito mais breve – de Marcos (cf. Mc 1,12-13); mas o texto que hoje nos é proposto amplia o relato original de Marcos, com um diálogo entre Jesus e o diabo, feito de citações do Antigo Testamento (sobretudo do livro do Deuteronómio).
MENSAGEM
A catequese sobre as
opções de Jesus aparece em três quadros ou “parábolas”.
A primeira “parábola” (vers. 3-4) sugere que Jesus poderia ter escolhido um caminho de realização material, de satisfação de necessidades materiais. É a tentação – que todos nós conhecemos muito bem – de fazer dos bens materiais a prioridade fundamental da vida. No entanto, Jesus sabe que “nem só de pão vive o homem” e que a realização do homem não está na acumulação egoísta dos bens. A resposta de Jesus cita Dt 8,3 e sugere que o seu alimento – isto é, a sua prioridade – não é um esquema de enriquecimento rápido, mas é o cumprimento da Palavra (isto é, da vontade) do Pai.
A segunda “parábola” (vers. 5-7) sugere que Jesus poderia ter escolhido um caminho de êxito fácil, mostrando o seu poder através de gestos espectaculares e sendo admirado e aclamado pelas multidões (sempre dispostas a deixarem-se fascinar pelo “show” mediático dos super-heróis). Jesus responde a esta tentação citando Dt 6,16, e sugere que não está interessado em utilizar os dons de Deus para satisfazer projectos pessoais de êxito e de triunfo humano. “Não tentar” o Senhor Deus significa, neste contexto, não exigir de Deus sinais e provas que sirvam para a promoção pessoal do homem e para que ele se imponha aos olhos dos outros homens.
A terceira “parábola” (vers. 8-10) sugere que Jesus poderia ter escolhido um caminho de poder, de domínio, de prepotência, ao jeito dos grandes da terra. No entanto, Jesus sabe que a tentação de fazer do poder e do domínio a prioridade fundamental da vida é uma tentação diabólica; por isso, citando Dt 6,13, diz que, para Ele, só o Pai é absoluto e que só Ele deve ser adorado.
As três tentações aqui apresentadas não são mais do que três faces de uma única tentação: a tentação de prescindir de Deus, de escolher um caminho de egoísmo, de orgulho e de auto-suficiência, à margem das propostas de Deus. Mas, para Jesus, ser “Filho de Deus” significa viver em comunhão com o Pai, escutar a sua voz, realizar os seus projectos, cumprir obedientemente os seus planos. Ao longo da sua vida, diante das diversas “provocações” que os adversários Lhe lançam, Jesus vai confirmar esta sua “opção fundamental” e vai procurar concretizar, com total fidelidade, o projecto do Pai.
Israel, ao longo da sua caminhada pelo deserto, sucumbiu frequentemente à tentação de ignorar os caminhos e as propostas de Deus. Jesus, ao contrário, venceu a tentação de prescindir de Deus e de escolher caminhos à margem dos projectos do Pai. De Jesus vai nascer um novo Povo de Deus, cuja vocação essencial é viver em comunhão com o Pai e concretizar o seu projecto para o mundo e para os homens.
A primeira “parábola” (vers. 3-4) sugere que Jesus poderia ter escolhido um caminho de realização material, de satisfação de necessidades materiais. É a tentação – que todos nós conhecemos muito bem – de fazer dos bens materiais a prioridade fundamental da vida. No entanto, Jesus sabe que “nem só de pão vive o homem” e que a realização do homem não está na acumulação egoísta dos bens. A resposta de Jesus cita Dt 8,3 e sugere que o seu alimento – isto é, a sua prioridade – não é um esquema de enriquecimento rápido, mas é o cumprimento da Palavra (isto é, da vontade) do Pai.
A segunda “parábola” (vers. 5-7) sugere que Jesus poderia ter escolhido um caminho de êxito fácil, mostrando o seu poder através de gestos espectaculares e sendo admirado e aclamado pelas multidões (sempre dispostas a deixarem-se fascinar pelo “show” mediático dos super-heróis). Jesus responde a esta tentação citando Dt 6,16, e sugere que não está interessado em utilizar os dons de Deus para satisfazer projectos pessoais de êxito e de triunfo humano. “Não tentar” o Senhor Deus significa, neste contexto, não exigir de Deus sinais e provas que sirvam para a promoção pessoal do homem e para que ele se imponha aos olhos dos outros homens.
A terceira “parábola” (vers. 8-10) sugere que Jesus poderia ter escolhido um caminho de poder, de domínio, de prepotência, ao jeito dos grandes da terra. No entanto, Jesus sabe que a tentação de fazer do poder e do domínio a prioridade fundamental da vida é uma tentação diabólica; por isso, citando Dt 6,13, diz que, para Ele, só o Pai é absoluto e que só Ele deve ser adorado.
As três tentações aqui apresentadas não são mais do que três faces de uma única tentação: a tentação de prescindir de Deus, de escolher um caminho de egoísmo, de orgulho e de auto-suficiência, à margem das propostas de Deus. Mas, para Jesus, ser “Filho de Deus” significa viver em comunhão com o Pai, escutar a sua voz, realizar os seus projectos, cumprir obedientemente os seus planos. Ao longo da sua vida, diante das diversas “provocações” que os adversários Lhe lançam, Jesus vai confirmar esta sua “opção fundamental” e vai procurar concretizar, com total fidelidade, o projecto do Pai.
Israel, ao longo da sua caminhada pelo deserto, sucumbiu frequentemente à tentação de ignorar os caminhos e as propostas de Deus. Jesus, ao contrário, venceu a tentação de prescindir de Deus e de escolher caminhos à margem dos projectos do Pai. De Jesus vai nascer um novo Povo de Deus, cuja vocação essencial é viver em comunhão com o Pai e concretizar o seu projecto para o mundo e para os homens.
ACTUALIZAÇÃO
A reflexão e a
partilha poderão ter em conta os seguintes dados:
• A questão essencial
que a Palavra de Deus hoje nos propõe é, portanto, esta: Jesus recusou, de
forma absoluta, conduzir a sua vida à margem de Deus e das suas propostas. Para
Ele, só uma coisa é verdadeiramente decisiva e fundamental: a comunhão com o
Pai e o cumprimento obediente do seu projecto… E nós, seguidores de Jesus? É
essa também a nossa perspectiva? O que é que é decisivo na minha vida: as
propostas de Deus, ou os meus projectos pessoais?
• Quando o homem
esquece Deus e as suas propostas, e se fecha no egoísmo e na auto-suficiência,
facilmente cai na escravidão de outros deuses que, no entanto, estão longe de
assegurar vida plena e felicidade duradoura. Quais são os deuses que, hoje,
dominam o horizonte desse homem moderno que prescindiu de Deus? Quais são os
deuses que estão no centro da minha própria vida e que condicionam as minhas
decisões e opções?
• Deixar-se conduzir
pela tentação dos bens materiais, do acumular mais e mais, do subordinar toda a
vida à lógica do “ter mais”, é seguir o caminho de Jesus? Olhar apenas para o
seu próprio conforto e comodidade, fechar-se à partilha e às necessidades dos
outros, pagar salários de miséria e malbaratar fortunas em noitadas de jogo ou
em coisas supérfluas… é seguir o exemplo de Jesus?
• Usar Deus ou os seus
dons para saciar a nossa vaidade, para promover o nosso êxito pessoal, para
brilhar, para dar espectáculo, para levar os outros a admirar-nos e a bater-nos
palmas… é seguir o exemplo de Jesus?
• Procurar o poder a
todo o custo (às vezes, entregando ao diabo os nossos valores mais importantes
e as nossas convicções mais sagradas) e exercê-lo com prepotência, com
intolerância, com autoritarismo (quantas vezes humilhando e magoando os pobres,
os débeis, os humildes)… é seguir o exemplo de Jesus?
ALGUMAS SUGESTÕES
PRÁTICAS PARA O 1º DOMINGO DA QUARESMA
(adaptadas de “Signes d’aujourd’hui”)
(adaptadas de “Signes d’aujourd’hui”)
1. A PALAVRA MEDITADA
AO LONGO DA SEMANA.
Ao longo dos dias da semana anterior ao 1º Domingo da Quaresma, procurar meditar a Palavra de Deus deste domingo. Meditá-la pessoalmente, uma leitura em cada dia, por exemplo… Escolher um dia da semana para a meditação comunitária da Palavra: num grupo da paróquia, num grupo de padres, num grupo de movimentos eclesiais, numa comunidade religiosa… Aproveitar, sobretudo, a semana para viver em pleno a Palavra de Deus.
Ao longo dos dias da semana anterior ao 1º Domingo da Quaresma, procurar meditar a Palavra de Deus deste domingo. Meditá-la pessoalmente, uma leitura em cada dia, por exemplo… Escolher um dia da semana para a meditação comunitária da Palavra: num grupo da paróquia, num grupo de padres, num grupo de movimentos eclesiais, numa comunidade religiosa… Aproveitar, sobretudo, a semana para viver em pleno a Palavra de Deus.
2. VALORIZAR A ATITUDE
PENITENCIAL.
Neste início da Quaresma, podemos dar mais importância ao rito penitencial. Depois da introdução, o sacerdote pode colocar-se face à cruz, de pé. Toda a assembleia recita “Confesso a Deus…” lentamente, enquanto o sacerdote se inclina profundamente. Depois, após a oração de perdão, enquanto se canta o Kyrie (ou o Senhor, tende piedade de nós), o sacerdote e a assembleia mantêm as mãos abertas e ligeiramente estendidas. Pode-se valorizar igualmente a oração do Salmo 50, um Salmo para a Quaresma, após a segunda leitura, com alguns tempos intercalares de silêncio, convidando mais intensamente à meditação.
Neste início da Quaresma, podemos dar mais importância ao rito penitencial. Depois da introdução, o sacerdote pode colocar-se face à cruz, de pé. Toda a assembleia recita “Confesso a Deus…” lentamente, enquanto o sacerdote se inclina profundamente. Depois, após a oração de perdão, enquanto se canta o Kyrie (ou o Senhor, tende piedade de nós), o sacerdote e a assembleia mantêm as mãos abertas e ligeiramente estendidas. Pode-se valorizar igualmente a oração do Salmo 50, um Salmo para a Quaresma, após a segunda leitura, com alguns tempos intercalares de silêncio, convidando mais intensamente à meditação.
3. BILHETE DE
EVANGELHO.
A vida é decisão. Depois do nascimento, em cada dia decidimos viver. Decidimos comer, trabalhar, repousar, cuidar-se, ter tempo de lazer… Diante de tantas contrariedades que é preciso aceitar, assumir, ultrapassar, também é preciso decidir. Nós não decidimos, a maior parte de nós, ser baptizados; outros fizeram-no por nós. Mas depois, decidimos crer, rezar, aprofundar a nossa fé, viver segundo o Evangelho. Muitos outros, na nossa própria família talvez, decidiram de modo diferente. Nesta semana, decidamos dar um passo ao encontro de Deus. Com toda a liberdade. Sim, façamos desta semana a semana da liberdade, a dos filhos de Deus. Deus quer-nos livres. Quer que vamos até Ele, livremente.
A vida é decisão. Depois do nascimento, em cada dia decidimos viver. Decidimos comer, trabalhar, repousar, cuidar-se, ter tempo de lazer… Diante de tantas contrariedades que é preciso aceitar, assumir, ultrapassar, também é preciso decidir. Nós não decidimos, a maior parte de nós, ser baptizados; outros fizeram-no por nós. Mas depois, decidimos crer, rezar, aprofundar a nossa fé, viver segundo o Evangelho. Muitos outros, na nossa própria família talvez, decidiram de modo diferente. Nesta semana, decidamos dar um passo ao encontro de Deus. Com toda a liberdade. Sim, façamos desta semana a semana da liberdade, a dos filhos de Deus. Deus quer-nos livres. Quer que vamos até Ele, livremente.
4. ORAÇÃO NA LECTIO
DIVINA.
Na meditação da Palavra de Deus (lectio divina), pode-se prolongar o acolhimento das leituras com a oração.
Na meditação da Palavra de Deus (lectio divina), pode-se prolongar o acolhimento das leituras com a oração.
No final da primeira
leitura:
Senhor, criador do céu e da terra, bendito sejas, porque nos insuflaste o teu sopro de vida, e por Jesus ressuscitado, no nosso baptismo, enches-nos do teu Espírito e nos recrias para nos tornarmos vivos.
Nós Te pedimos ainda: como os primeiros homens, abandonados a si mesmos, sentimo-nos impotentes diante dos fracassos e das misérias do nosso próximo. Dá-nos o conhecimento do bem.
Senhor, criador do céu e da terra, bendito sejas, porque nos insuflaste o teu sopro de vida, e por Jesus ressuscitado, no nosso baptismo, enches-nos do teu Espírito e nos recrias para nos tornarmos vivos.
Nós Te pedimos ainda: como os primeiros homens, abandonados a si mesmos, sentimo-nos impotentes diante dos fracassos e das misérias do nosso próximo. Dá-nos o conhecimento do bem.
No final da segunda
leitura:
Nós Te damos graças, porque nos enviaste o teu próprio Filho, como um novo Adão, para que Ele tome a cabeça de uma nova humanidade. Nós Te bendizemos pelo dom gratuito da salvação, que nos ultrapassa infinitamente.
Nós Te pedimos pela multidão dos homens: pelo teu Filho Jesus, concede-nos em plenitude o dom da tua graça, que justifica e dá vida.
Nós Te damos graças, porque nos enviaste o teu próprio Filho, como um novo Adão, para que Ele tome a cabeça de uma nova humanidade. Nós Te bendizemos pelo dom gratuito da salvação, que nos ultrapassa infinitamente.
Nós Te pedimos pela multidão dos homens: pelo teu Filho Jesus, concede-nos em plenitude o dom da tua graça, que justifica e dá vida.
No final do Evangelho:
Pai, é unicamente diante de Ti que nos prostramos, e Te bendizemos pela Palavra que sai da tua boca: ela é o verdadeiro pão que dá vida, ela é a resposta eficaz nas provações, nós acolhemo-la no teu Filho.
Nós Te pedimos: que o teu Espírito Santo nos torne fiéis à tua Palavra, a exemplo de Jesus, para que possamos segui-l’O no caminho de vida.
Pai, é unicamente diante de Ti que nos prostramos, e Te bendizemos pela Palavra que sai da tua boca: ela é o verdadeiro pão que dá vida, ela é a resposta eficaz nas provações, nós acolhemo-la no teu Filho.
Nós Te pedimos: que o teu Espírito Santo nos torne fiéis à tua Palavra, a exemplo de Jesus, para que possamos segui-l’O no caminho de vida.
5. ORAÇÃO EUCARÍSTICA.
Pode-se escolher a Oração Eucarística II para as Missas da Reconciliação, pois põe em evidência a fidelidade de Deus…
Pode-se escolher a Oração Eucarística II para as Missas da Reconciliação, pois põe em evidência a fidelidade de Deus…
6. PALAVRA PARA O
CAMINHO.
Tu poderias… “Se és Filho de Deus…” Não nos acontece, às vezes, estar também do lado do tentador? “Se és Filho de Deus…” Tu poderias suprimir as fomes, as guerras, a miséria… Tu poderias tornar a tua Igreja próspera e célebre aos olhos das nações… Tu poderias… “Vai-te embora, Satanás!”
Tu poderias… “Se és Filho de Deus…” Não nos acontece, às vezes, estar também do lado do tentador? “Se és Filho de Deus…” Tu poderias suprimir as fomes, as guerras, a miséria… Tu poderias tornar a tua Igreja próspera e célebre aos olhos das nações… Tu poderias… “Vai-te embora, Satanás!”
UNIDOS PELA PALAVRA DE
DEUS
Proposta para
ESCUTAR, PARTILHAR, VIVER E ANUNCIAR A PALAVRA NAS COMUNIDADES DEHONIANAS
Grupo Dinamizador:
P. Joaquim Garrido, P. Manuel Barbosa, P. José Ornelas Carvalho
Província Portuguesa dos Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos)
Proposta para
ESCUTAR, PARTILHAR, VIVER E ANUNCIAR A PALAVRA NAS COMUNIDADES DEHONIANAS
Grupo Dinamizador:
P. Joaquim Garrido, P. Manuel Barbosa, P. José Ornelas Carvalho
Província Portuguesa dos Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos)
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