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de Dezembro- Terça - Evangelho - Lc 1,26-38
Antigamente,
anterior ao concilio vaticano II, ela era venerada como Nossa Senhora da
Vitória, em virtude de ter sido creditado a ela os méritos de uma grande
vitória em uma batalha, que acontecia SIMULTANEAMENTE em que os fieis faziam a
procissão do rosário. A ela ainda é atribuída a concepção de vitória sobre os
problemas, pois vê-se nela a mulher destemida que aceita sem medo encarar das
situações adversas.
De
que temos medo? Que batalhas precisam ser vencidas?
Fisiologicamente
nosso corpo responde aos medos com uma descarga de adrenalina na corrente
sanguínea. Ela ( a adrenalina) gera em nós respostas físicas como o “suor
frio”, a dilatação das pupilas e principalmente a resposta de fuga. Essa
resposta é diferente em cada um de nós. Em alguns, a adrenalina gera a idéia
convicta de correr ou fugir do agressor a outros a resposta é a posição
estática, ou seja, nada consegue fazer.
Um
exemplo: Ao vermos nosso filho quase caindo do berço, da cama ou do sofá,
alguns ainda conseguem ter a reação de correr e alcançar antes que o fato que
se consuma, porém outros não conseguem nada fazer a não ser gritar e por as
mãos a cabeça…
Esse
exemplo é muito comum em casa, mas existem outros exemplos que poderiam se
simplificar num questionamento: Como eu respondo aos medos e as tempestades?
CORRO OU ENFRENTO?
Problemas
não devem ser encarados como uma disputa de carros num racha – onde o que
chegar à frente ganha – NÃO É BEM ASSIM. Quando encaro medos e problemas
como racha não observo as pessoas, tão pouco ligo para elas, pois quero sair
vencedor. Essa é a forma mais comum de vermos as pessoas responder: resolvo meu
problema e bananas para os outros.
Antes
de encarar o medo (ou problema) devo mudar a forma como respondo a ele. A resposta
ao meu problema não pode ferir quem esta ao meu redor, mas também não pode
limitar na vontade do outro. Como assim? A mulher que apanha em casa
covardemente não pode ficar com “dó” de denunciar seu agressor. Por mais que
queira bem ao seu amado, cessando as alternativas de dialogo, querer bem é
preservar-se da agressão. A fisiologia humana parece conspirar contra nossa
vontade de se defrontar com o agressor, que denota que precisamos treinar mais
para termos a melhor resposta ao estimulo.
Treinar
mais não é viver agora a procurar encrenca, ok?
Alguém
fala, retruco! Brigam comigo, imediatamente respondo! Isso não é treino, é
intempestividade.
Maria,
hoje, é relembrada pela forma que respondeu aos seus medos. Ela bem sabia que
ter um filho sem um marido poderia lhe ocorrer. Engraçado, ela nem correu e tão
pouco ficou estática como a pessoa que levou um grande susto, Maria respondeu e
melhor que isso, deu a melhor resposta. “(…) Eu sou uma serva de Deus; que
aconteça comigo o que o senhor acabou de me dizer! “.
Realmente,
Maria deu a melhor resposta, pois treinava muito o “sim” a Deus, sendo assim,
não teve medo. Maria era como o jovem que estuda e enfrenta o vestibular com
naturalidade; ou como um cirurgião diante às dificuldades e complicações de uma
cirurgia delicada; ou como uma mãe ou pai que pula na frente de um carro pra
salvar a vida do filho (…); ela responde como muitos de nós responderíamos ao
vermos algo que queremos muito. Ela sonhava com o reino de Deus e tinha um
propósito em toda sua criação
“(…).Eis
as ordenações, as leis e os preceitos que o Senhor, vosso Deus, me ordenou
ensinar-vos, a fim de que os pratiqueis na terra aonde ides entrar para tomar
posse dela Assim, temerás o Senhor, teu Deus, observando todos os dias de tua
vida, tu, teu filho e o filho de teu filho, todas as leis e os mandamentos que
te prescrevo, e teus dias serão prolongados. Tu os ouvirás, pois, ó Israel, e
cuidarás de cumpri-los, para que sejas feliz e te multipliques copiosamente na
terra que mana leite e mel, como te prometeu o Senhor, o Deus de teus pais.
Ouve, ó Israel! O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás o Senhor, teu
Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todas as tuas forças”.
(Deuteronômio, 6, 1-5)
Ela
amava a Deus de toda sua alma.
O
que quero e tenho hoje vale à pena a luta? De um passo na fé hoje e de a melhor
resposta! “(…) Não tenha medo! Deus está contente com você.
Que
Nossa Senhora nos ajude a conquistar a vitória!
Um
imenso abraço fraterno.
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