E DIZIAM QUE ERA NATAL...
Era véspera de Natal, Ele resolveu dar uma “espiadinha” nos preparativos para a grande festa! Com um beijo, despediu-se da mãe e desceu rumo à cidade grande! Ao chegar, ficou encantado diante de tantas maravilhas: árvores enfeitadas, luzes coloridas, pessoas alegres, tudo parecia pronto para um grande acontecimento!
Por alguns instantes, Ele sentiu imensamente feliz, acreditando que o povo enfim, havia entendido o verdadeiro sentido do Natal!
Porém, ao entrar num shopping, veio a decepção: percebeu logo que toda aquela euforia não tinha nada a ver com o verdadeiro sentido do Natal, as pessoas sequer sabiam o significado desta festa, nem nos cartões, era mencionado o nome do aniversariante. Andando pelas as ruas dos bairros nobres, debaixo de um sol escaldante de verão, ele sentiu fome, pediu comida em várias casas luxuosas e as respostas que vinham dos interfones eram sempre as mesmas: “Não temos nada.”
De repente, bateu-lhe uma forte dor no peito, olhou para o lado e viu um hospital, lá, outra decepção; a atendente de início perguntou: “particular ou convenio?” Quando ele disse que não era um, nem outro, ela disse que não tinha médico. Uma tristeza imensa invadiu o seu coração, ele sentiu-se tão sozinho no meio da multidão que nem conseguiu evitar as lágrimas! Desapontado, cansado, com fome e sentindo dor, só lhe restou o banco da pracinha para um breve descanso em meio aos pombos. Ao cair da tarde, Ele se dirigiu a passos lentos para a periferia. Lá, ele foi recebido com muito calor humano, até as crianças foram receptivas o ajudando a atravessar a pinguelinha do córrego! As famílias, o acolheu com muito carinho em suas casas, saciando a sua fome de pão e a sua fome de amor! Na periferia, não tinha enfeites de Natal, mas os corações daquela gente estavam todos enfeitados, pois eles estavam vivendo o verdadeiro sentido do Natal, as famílias já haviam feito a novena de casa em casa, arrecadado alimentos para repartir com os que não tinham e onde não tinha um presépio, havia sempre algo que fazia lembrar o Menino Deus! Ele sentiu tão bem acolhido ali, que desejou passar aquela Noite de Natal nos braços daquela gente! Ali, não houve troca de presentes, mas o amor se fez presente! Não teve ceia, mas não faltou a oração!
De volta à sua casa, Ele buscou aconchego no colo de sua mãe e com tristeza desabafou: “Mãe, estive com eles mas eles não me reconheceram, além de me desprezar, desprezam também os meus amigos pobres.
Eles me trocaram por um tal de Papai Noel e DIZIAM QUE ERA NATAL!
Vi uma mulher prestes a dar luz sem ter uma roupinha pra vestir o seu filhinho e DIZIAM QUE ERA NATAL!
Vi doentes sem atendimento médico, nas portas dos hospitais e DIZIAM QUE ERA NATAL!
Vi crianças famintas, pais desempregados e DIZIAM QUE ERA NATAL!"
Comovida com o desencanto do filho, a mãe, acariciando os seus cabelos, com ternura o consola: “Filho, tenha um pouco mais de paciência para com aquele povo que hoje te ignora, pois ainda podemos contar com muitas pessoas dando testemunho de você no meio deles, como ada periferia! Quem sabe um dia, estes, que hoje te despreza, vão abrir os seus corações pra te acolher?
Ouvindo essas doces palavras recheadas de esperança, Ele adormeceu no colo de sua mãe com a mesma serenidade daquele menino que nasceu em Belém!
DESEJO A TODOS UM FELIZ E SANTO NATAL!
Obrigado Olívia. Que BOM ler as tua reflexões. AJUDAM MUITO. Que DEUS ABENÇÕE a tua família e a ti. FELIZ e SANTO NATAL.
ResponderExcluirola boa noite é bem assim mesmo é muito triste isso e o paiz mergulhado nesta corupção fazendo de conta que jesus não esiste Deus abra os olhos de nossos governantes
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