26 de Outubro de 2016-Ano C
Evangelho
- Lc 13,22-30
-Nem todos se salvarão-José Salviano
Essa é a triste verdade, a dura
realidade que nos foi revelada pelo próprio Jesus!
Apesar de Deus nos chamar diariamente à
conversão, são poucos os que atendem ao chamado do Pai, e portanto, serão
poucos os que se salvarão. E mesmo dentre esses poucos, entre os que procuram
viver o Evangelho, há o perigo de se desviarem do caminho da casa do Pai,
porque são tantos os cruzamentos, encruzilhadas e bifurcações, que encontramos
pela frente, que por mais que estejamos atentos e preparados, facilmente
poderemos tomar o caminho errado e ir parar no lugar onde haverá choro e ranger
de dentes. Além disso, são tantas as distrações e atrativos à beira da
estrada desta vida que nos convidam a dar uma paradinha, e depois nos
embrenhamos por uma trilha que aponta para uma praia paradisíaca, com prazeres
ilimitados. E depois quando tentamos retornar à estrada da casa do Pai, é tarde
demais! Buracos enormes, barreiras, e tantas trilhas que nos confundem e nos
deixam totalmente perdidos...
Jesus mostra que a porta de entrada no
Céu é estreita. E que para nos salvar, precisamos passar por ela, antes que seja
fechada... E não vai adiantar nada gritarmos e nos apresentar, dizendo:
Senhor! Abre a porta para mim, eu fui o melhor catequista da paróquia! Ou, eu
ia à missa todos os domingos até nos dias de chuva e frio! Ou, eu rezava o
terço sempre que podia e ajudei a muitos que precisavam... Porque,
infelizmente, poderemos ouvir uma voz que nos dirá: "Não sei de
onde sois. Afastai-vos de mim todos vós que praticais a injustiça!"
A injustiça é o que fazemos ou o que
resultou do nosso relacionamento com o próximo, com nossa família, com nossos
vizinhos, com nossos alunos, com o nosso professor, com nossos pais, com nossos
filhos, com a nossa esposa, com nosso marido, nossos colegas de classe, de
trabalho, em fim, com todos aqueles com os quais nós convivemos durante toda a
nossa caminhada. Fomos justos? Desejamos para o outro exatamente o que
desejávamos para nós? Repartimos quando podemos? Ajudamos, toleramos,
socorremos, não falamos mal do irmão, da irmã?
Na hora da entrada no Céu, muitos de nós
poderão dizer: Eu rezei todos dias! Porém a nossa Consciência poderá nos
alfinetar dizendo: Porém você não praticou a caridade nem foi justo com seus
irmãos. Você praticou uma fé incompleta. Só amou a Deus e a si mesmo, e
ignorou o seu irmão! O seu próximo carente, desabrigado, doente, chato, mal
vestido, ignorante, pobre...
Caríssimos. A porta estreita da vida são
os sacrifícios que teremos de fazer para nos manter de pé diante do Senhor no
dia do Juízo. A passagem estreita são as negações de nós mesmo, as entregas por
amor ao Reino de Deus, a partilha do que temos com os necessitados, o esforço
de desprendemos para suportar as coisas e pessoas que nos são
desagradáveis, como por exemplo, rezar pelos nossos inimigos, tolerar os
abusos dos nossos vizinhos, etc.
Para conseguirmos ser justos aos olhos
de Deus, precisamos deixar de lado algumas coisas do nosso agrado egoísta,
recusar muitas propostas do mundo que se nos apresentam como opções
inteligentes que nos conduzem à felicidade total, mas no fundo não passam de enganações,
de laços, armadilhas que acabam nos levando para a porta larga da entrada
do inferno.
E naquele dia, poderemos ser
surpreendidos com um fato inusitado! Pois poderá acontecer, que "Virão
homens do oriente e do Ocidente, do norte e do sul, e tomarão lugar à mesa no
Reino de Deus. E assim há últimos que serão primeiros, e primeiros que serão
últimos."
Você já pensou? Aquele seu amigo
que nunca foi à missa, nunca rezava, o último dos homens que
poderia um dia ser salvo, conseguiu passar pela porta estreita e está agora no
Reino dos Céus! Enquanto você, o primeiro homem na escala da
salvação eterna, você que se julgava um católico praticante, ficou do
lado de fora da porta estreita. Por que? Pergunta você, revoltado contra a justiça
de Deus. Porque a lógica de Deus é diferente da nossa. Deus perdoa quem está
realmente arrependido. Você se esforçava durante a sua vida para ser um
católico praticante, porém lá no fundo, faltava algo que muito agrada a Deus. O
cuidado no relacionamento com o irmão, com a irmã.
Enquanto que o seu vizinho era
caladão, mais era caridoso, ajudava os necessitados, nunca falava mal dos
outros, respeitava a todos, acreditava em Deus, apesar de não se manifestar ou
de se anunciar como o mais justo dos homens. E apesar de não participar da
Eucaristia freqüentemente, aquele homem foi salvo, pois a Justiça de Deus as
vezes é surpreendente. O ladrão foi perdoado na cruz. Poderemos achar que Deus
não agiu com justiça, o dia que um católico não praticante passar a nossa
frente ao atravessar a PORTA ESTREITA!
Enquanto você, apesar de viver
enfiado na igreja, brigava com todo mundo, por que se dizia defensor da
verdade, esmola? Não! ele é vagabundo, e precisa se esforçar. Se eu lhe
der dinheiro, ele nunca vai tomar jeito, nunca vai querer trabalhar...
Certo dia você ia indo para a missa e um
irmão lhe pediu para empurrar o seu carro que não queria funcionar. O que você
lhe disse? Sinto muito! Agora não posso. Estou indo para a missa e não posso me
atrasar...
Don Henrique Soares
explica muito bem que Cristo é a PORTA , por meio da qual entraremos no
Céu. Antes dele, só o sumo sacerdote entrava no Santuário, no Santo dos
Santos. Depois de Jesus, todos nós poderemos entrar. Pelo menos deveríamos
poder entrar, pois todos somos convidados, apesar de poucos serem
escolhidos. No momento da morte de Jesus, a cortina do Templo
rasgou-se, e assim, todos nós teremos a ousadia de entrar no Santuário,
passando através da cortina, através da humanidade de Jesus.
Nós passaremos
dessa Terra par o céu pelo corpo eucarístico de Cristo, Jesus é o caminho, a
porta para entrarmos no Santuário, no Santo dos Santos, ou seja, o Céu.
Através da nossa
união com Cristo, com o corpo eucarístico de Cristo, nós seremos merecedores do
Reino dos Céus. Não nos esquecendo do irmão. Pois não adianta tentar se unir a
Cristo se estamos distantes do irmão. Isso não é possível. Porque ninguém
se salva sozinho. Precisamos da existência do irmão carente para podermos
praticar a caridade, e merecer passar pela porta que nos leva ao Pai.
Cristo, portanto, é
a porta, o caminho a verdade e a vida. Ele é o único meio de chegarmos ao
Pai. Comungar é permanecer em Cristo. "Permanecei em mim, e eu
permanecerei em vós." Comungar freqüentemente é permanecer
com Cristo, é permanecer em estado de graça, vivendo uma vida de santidade, e
assim na hora derradeira, estaremos puros e limpos prontos para passar
pela porta estreita.
Tenha um bom dia. José Salviano.
José Salviano; Que DEUS a de continuar te iluminando neste trabalho de evangelização. Um grande abraço a todos deste blog.
ResponderExcluirJosé Salviano; Que DEUS a de continuar te iluminando neste trabalho de evangelização. Um grande abraço a todos deste blog.
ResponderExcluirEu todos os dias faço a leitura do dia e complemento com os comentários dessa equipe para complementar meus ensinamento e por em prática muito obrigado, que o Senhor Deus continue derramando benção a todos na Paz de Cristo, Jair Ferreira.
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