SEGUNDA FEIRA DA 31ª SEMANA DO TC
31/10/2016
1ª Leitura Filipenses 2, 1-4
Salmo 130 (131) “Guardai-me, em
paz, junto a vós, ó Senhor”
Evangelho Lucas 14, 12-14
“Festa Particular”
A primeira impressão sobre esse
evangelho, é que Jesus é um grande estraga-prazeres, pois a coisa mais gostosa
e gratificante, é quando recebermos em casa os amigos e parentes que muito
amamos, para sentar conosco á mesa e passar horas deliciosas, que só reforçam o
afeto para com eles e deles para conosco.
Jesus aqui não está querendo acabar com essa nossa alegria de poder
estar em torno de uma mesa, com as pessoas queridas que nós amamos.
O recado é outro e tem um
endereço certo, ele critica o Farisaísmo,
um grupo fechado para todos os outros, por que se julgam os únicos salvos ou
merecedores da Salvação, pela sua conduta exemplar, modelo para todos, e que
diante de Deus os fazem merecedores e bem quisto pelos homens.
No centro da reflexão está a gratuidade
das relações humanas. Quanto mais eu priorizar nas minhas relações, pessoas
iguais a mim, na cultura, no modo de pensar, na posição social, e até na
expressão religiosa, mais longe de Deus estamos, pois a Trindade Santa não é um
Condomínio residencial, exclusivo para alguns Santos. Ao encarnar-se na frágil
natureza humana, Jesus, o Filho de Deus, fez da comunhão trinitária o lugar de
todos quantos queiram viver na comunhão com Deus, não porque se fazem
merecedores, mas por pura benevolência de Deus que abre o seu coração para
acolher a todos os homens.
Em Cristo Jesus Deus manifesta um
amor sem medidas por todos e por cada homem em particular, ainda que este não
mereça ( são os pobres, aleijados, coxos, cegos, imperfeitos) Deus convida a
todos para viver esta comunhão.
Ora, se a nossa Igreja é reflexo
dessa Trindade, jamais podemos em comunidade ser um grupo fechado, exclusivo,
particular. A Igreja que Jesus instituiu não é assim, mas aberta a todos e isso
Deus espera da nossa comunidade.
Não façamos de nossa comunidade,
pastoral ou grupo, uma festa particular, mas tenhamos coração e alma sempre abertos, para acolher a
todos, mesmo aqueles que ainda não se converteram, os pequenos que estão a
procura de algo e tantas outras pessoas que na comunidade estão, á nosso ver,
fora dos “padrões” de cristianismo, pois cada um de nós, também nem sempre está
nos padrões de Santidade de Jesus, e nem por isso o Pai cheio de amor deixa de
nos acolher. (Diácono José da Cruz - Paróquia Nossa Senhora COnsolata - Votorantim
SP - jotacruz3051@gmail.com
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