27 de Outubro de 2016-Ano C
Evangelho
- Lc 13,31-35
Jesus é destemido. E você poderia dizer: Ah! Ele tinha poderes! Por isso
Ele não tinha medo.
Nós também podemos e devemos ser destemidos, denunciar sem medo, pois não
conseguirão matar a nossa alma. Podem sim, prejudicar-nos, machucar o nosso
corpo, mas a nossa fé, a nossa salvação não será prejudicada. Pelo contrário,
ficaremos ainda mais merecedores da glória eterna, por ter sido sacrificado
pelos valores do Evangelho, e pela construção do Reino de Deus.
Muitos de nós, por medo nos calamos diante das injustiças e dos abusos
dos poderosos. Temos medo de perder o emprego, de sofrer atentados, de ver os
nossos filhos sendo trucidados pelos poderosos impiedosos.
Deixando de agir em defesa da justiça, por medo de denunciar, de botar o
dedo na ferida, passamos a mão na cabeça dos injustos, acabamos sendo como
eles, acabamos sendo CONIVENTES com aqueles que praticam a injustiça, a
corrupção, de forma extremamente egoísta.
Então, agindo desse modo, sendo coniventes com os pecados dos nossos
irmãos, nos tornaremos também pecadores, injustos como eles, e não merecedores
da amizade do Pai.
Certo padre recém-ordenado, de muita fé e devoto, foi transferido para
uma paróquia situada no bairro mais rico de sua cidade. Assim que se instalou na nova paróquia, logo
tomou consciência da qualidade da sua clientela. Eram pessoas muito ricas,
alguns políticos, gente que por CONVENIÊNCIA SOCIAL E ECONÔMICA, tinham por
hábito participar da santa missa, principalmente aos domingos.
Certo domingo, aquele jovem padre, inteligente e preparado, porém,
inexperiente, se viu diante daquela plateia refinada, e imagine qual era o
Evangelho? “O POBRE LÁZARO E O HOMEM RICO”.
Admito que realmente aquela era uma situação bem difícil! Como ele poderia
realçar os defeitos dos ricos se estava falando para os próprios ricos?
Então não deu outra. O novo padre ficou do lado dos ricos, e mostrou um
Lázaro, desfigurado. Falou dos nossos Lázaros do nosso dia a dia, e chamou-os
de vagabundos, de preguiçosos, acomodados, e assim por diante. Os ricos se
entreolhavam, como quem diziam: Esse é dos nossos!
Citou experiências nas quais ele havia dado a uns certos famintos que
bateram em sua porta, uns sanduiches, e os mendigos não aceitaram. Também exemplificou que uns certos pedintes
que pediam esmola, exigiram uma quantia maior, pois queriam comprar droga, e
aquelas moedinhas não bastavam.
Ressaltou que muitos dos sem tetos, se acomodam por que pensam: se
fulano me dá comida diariamente, se cicrana tem pena de mim, se consigo
esmolas, para que vou me preocupar em trabalhar?
Frisou com muito empenho, e entusiasmo, a frase: “Não dê o peixe, mais
sim, a vara para eles pescarem”. E
mostrou que a esmola é causadora da formação de muitos vagabundos, e assim por
diante.
Sabemos que tudo isso reflete muito da realidade existencial, sabemos
que muitos são preguiçosos, e oportunistas. Porém, o discurso do padre em
questão foi exagerado, foi unilateral. Ele focou somente um lado da questão,
além de ignorar os pecados do rico, por uma questão de precaução, mais na
verdade, era puro medo.
(O bispo mandou chamar aquele jovem padre. Não houve punição, mas sim,
uma orientação do tipo reciclagem.)
Esta reflexão foi baseada em fatos reais.
Tenha um bom dia, José Salviano.
Eu todos os dias faço a leitura do dia e complemento com os comentários dessa equipe para complementar meus ensinamento e por em prática muito obrigado, que o Senhor Deus continue derramando benção a todos na Paz de Cristo, Jair Ferreira.
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