17 de Maio de 2016
Evangelho
- Mc 9,30-37
Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último.
PRIMEIRA LEITURA
De
onde vêm as guerras? De onde vêm as brigas entre vós?
Elas são
causadas pelo nosso egoísmo, e pelo conflito entre o certo e o errado,
semelhante a um curto circuito que ocorre em nossas mentes. E isso ocorre em
nossas mentes. O coração não tem nada a ver com esses processos mentais.
Em
outras palavras, tudo começa no nosso interior. Auto estima lá embaixo,
frustrações, recalques, derrotas, tudo isso são como barris de pólvora prontos
para explodir. E a explosão é
direcionada ao irmão, à irmã. É a tentativa de passar para o outro a nossa
infelicidade.
Por
isso brigamos, e fazemos guerras.
Por
outro lado, “a
amizade com o mundo é inimizade com Deus? Assim, todo aquele que pretende ser
amigo do mundo torna-se inimigo de Deus.”
Tentar
ser católico e ao mesmo tempo seguir à risca os ditames do mundo materialista
nos deixa numa situação parecida com alguém que pretende navegar com os pés em
duas canoas. Vai cair na água, mais cedo ou mais tarde. Jesus mesmo o disse: “Não podeis seguir a dois senhores”.
Amigos.
A nossa fé é uma adesão pessoal e livre a Deus. A fé é uma aceitação livre do
homem a vontade de Deus, a toda verdade revelada por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Desse
modo, a fé do cristão católico, deve ser diferente da fé que botamos nas
pessoas e nos demais encantos apresentados pelo mundo, como por exemplo, as
maravilhas da tecnologia. Ex. o celular, e seus inúmeros recursos. Acreditemos
em Deus com todas as nossas forças, e apreciemos apenas as ofertas da
tecnologia.
A
adesão da fé é um ato livre da mulher e do homem, pois Deus não nos obriga a segui-lo,
apesar de nos convidar diariamente à conversão.
A fé é uma adesão espontânea, filial e pessoal
do ser humano inteiro corpo e mente a Deus, que se revela em atos de
fraternidade, amizade, ausência de conflitos consigo e com os irmãos. Quem está
com Deus, seguindo a Deus, vivendo o Evangelho e SABOREANDO A TERNURA DE DEUS,
não pensa em brigar, em ofender o irmão, em fazer guerras...
A fé
é uma adesão pessoal da nossa inteligência e da nossa vontade a Deus e ao seu
Plano de amor para conosco. Plano esse revelado por Jesus.
Até
podemos estar no mundo e com o mundo. Mas com a mente voltada o tempo todo para
Deus, para o seu amor, para a sua proteção, para as suas promessas ditas pelo
seu Filho Jesus.
“Deus
resiste aos soberbos, mas concede a graça aos humildes'.
Obedecei pois a Deus, mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Aproximai-vos de Deus, e ele se aproximará de vós.”
Obedecei pois a Deus, mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Aproximai-vos de Deus, e ele se aproximará de vós.”
“...Humilhai-vos
diante do Senhor, e ele vos exaltará”.
EVANAGELHO
Jesus
anuncia a sua morte, ao mesmo tempo em que prevê a sua ressurreição no terceiro
dia.
Mais
adiante, Ele nos aconselha a sermos humildes, pois a humildade é fonte de toda
a paz que necessitamos para levar uma vida tranquila com os nossos irmãos.
Há
muitos que consideram a humildade como uma qualidade negativa e depreciativa,
como sinônimo de fraqueza pessoal. Muitos pais aconselham os seus filhos a não
serem humildes, mas sim que sejam orgulhosos.
Ora,
orgulhar-se de si mesmo, é bom para a auto estima, e isso é bom para o
equilíbrio mente-corpo. Os pais dizerem para o filho, ou filha: nós nos
orgulhamos de você! Isso é bom para levantar o moral do jovem, para
encorajá-lo, par demonstrar o quanto ele é amado e aceito.
Porém,
aquele orgulho que coloca o próximo lá embaixo e você lá em cima, aquele
orgulho que humilha o seu irmão, e engrandece a sua pessoa, é esse orgulho que
Jesus não admite em nós. Esse tipo de orgulho, da cara para cima, de nariz
empinado diante dos demais, não agrada nem um pouco a Deus.
Sem
nos humilhar, sem nos desmerecer, sejamos humildes, sejamos aquele que busca
servir antes que seja servido, como o fez Jesus. Sejamos do tipo que se
preocupa com o bem estar dos demais, ao invés de pensar somente em nós, no nosso
conforto.
Ser
humilde não se trata de rebaixar-nos, de andar mal vestidos, de nos considerar
uns pobres coitados. Mas sim, ser humilde é considerar que apesar de todas as nossas
capacidades inatas e adquiridas, nós não passamos de reles mortais, carentes de
Deus. Ser humilde é aceitar o outro como ele é, e como nosso irmão. É admitir
que você não é melhor que ninguém, pois no fundo, somos todos miseráveis
pecadores diante de Deus.
José
Salviano.
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