(Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta)
7ª Semana da Páscoa – 18 de maio de 2016
Evangelho: Marcos 9,38-40
(Verde – Ofício do Dia)
Jesus detectou uma distorção grave no modo como os discípulos consideravam seu relacionamento com ele. Quando quiseram impedir alguém de expulsar demônios em nome do Mestre, só porque não fazia parte do grupo de seus discípulos, estes revelaram estar contaminados por uma mentalidade sectária. Pensavam que só tinha o direito de fazer o bem, em nome de Jesus, quem os seguia fisicamente.
O erro dos discípulos consistia em querer limitar a condição de servidor do Reino a um grupo limitado de pessoas, bem identificadas e inseridas numa estrutura precisa. Quem não pertencia a esse grupo, estava incapacitado a fazer o bem, pelo menos na qualidade de seguidor de Jesus.
O pensamento do Mestre, porém, era bem outro. Qualquer pessoa tem o direito de fazer o bem em nome dele. Quem se sente movido a agir assim, dificilmente irá falar mal de Jesus, ou comprometer-lhe-á a boa fama. Uma boa ação é indício seguro de comunhão profunda com Jesus, mesmo se a pessoa não tem a possibilidade de pôr-se a caminho com ele. Não era indispensável ser discípulo como os doze, para alguém ter o direito de agir em nome do Mestre.
Era equivocado pensar que o Reino estava destinado a produzir frutos somente pela mediação de um pequeno grupo. Pelo contrário, mesmo por intermédio de quem não se esperava, foi possível manifestar a misericórdia de Deus.
Oração
Espírito de complacência, que eu não julgue mal a quem faz o bem, certo de estar a serviço do Senhor, embora sem pertencer a um grupo religioso.
Santo do Dia / Comemoração (São Félix de Cantalício):
Félix nasceu na pequena província agrícola de Cantalício, Itália, no ano 1515. Filho de uma família muito modesta de camponeses, teve de trabalhar desde a tenra idade, não podendo estudar. Na adolescência trabalhou como pastor e lavrador numa rica propriedade. Alimentava sua vocação à austeridade de vida, solidariedade ao próximo, lendo a Vida dos Padres, o Evangelho e praticando a oração contemplativa, associada à penitência constante e a caridade cristã.
Aos trinta anos de idade entrou para os capuchinhos. E, em 1545, depois de completar um ano de noviciado, emitiu a profissão dos votos religiosos no pequeno convento de Monte São João.
Ele pertenceu à primeira geração dos capuchinhos. Nesse período, trajando um hábito velho e roto, trazendo sempre nas mãos um rosário e nas costas um grande saco, que fazia pender seu corpo cansado, ele saía para esmolar ajuda para o convento, pelas ruas da cidade eterna.
Todas as pessoas, adultos, velhos ou crianças, pobres ou ricos o veneravam, tamanha era sua bondade e santidade. Em vida eram muitos os prodígios, curas e profecias atribuídas à Frei Félix.
Quando ele morreu imensa procissão de fiéis desejava se despedir do amado frei.
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
REFLEXÃO
A bondade é uma forma de fazer transparecer em nossa vida o amor ao Cristo. Como um bom capuchinho, São Félix viveu a bondade e o cuidado com os pobres e mais sofredores. Nunca fez nada de cara amarrada ou triste.
Mesmo sofrendo sabia sorrir. Aprendamos dele a alegria em servir o próximo e sejamos sempre prontos a espalhar a alegria que brota do amor ao evangelho.
ORAÇÃO
Ò Deus, que à Igreja em São Félix o exemplo de simplicidade evangélica e de inocência de vida, concedei que, seguindo os seus passos, cuidamos de amar somente a Cristo e de segui-lo com alegria. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, Nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo. Amém.
São Félix de Cantalício, rogai por nós.
Enviado por: Ademilson Moura – Paróquia Santo Antônio – Pirassununga-SP.
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