07 de Março - Segunda - Evangelho
- Jo 4,43-54
Vai,
teu filho está vivo.
Este
Evangelho narra a cura, feita por Jesus, do filho do funcionário do rei, que
era um homem pagão. Jesus fez o milagre à distância, pois Jesus estava em Caná
e o menino em Cafarnaum. A Palavra de Deus, quando é acolhida com fé, tem uma
força enorme, e age mesmo à distância.
Jesus
mostra que as fronteiras do Reino de Deus vão muito além da pertença a um
grupo. A verdadeira fronteira é a fé na sua Palavra libertadora. Se não houver
fé, não haverá possibilidade de entrar no Reino de Deus.
A
cena vem logo após o encontro de Jesus com a samaritana. Os judeus recusam a
Jesus, os samaritanos o acolhem, e agora é um pagão que acredita. Fica, assim,
rompida toda relação de dependência entre salvação e lei. A redenção é dom de
Deus, para todos aqueles que se abrem e respondem a esse dom.
“Se
não virdes sinais e prodígios, não acreditareis.” A própria Palavra de Deus, e
o seu exemplo, já deviam por si levar o povo à fé nele. A nossa fé em Deus não
devia depender de sinais e prodígios realizados por Deus, pois está tudo tão
claro na natureza, nos acontecimentos e na revelação. As pessoas que se amam
não exigem provas do amor do outro, porque conhecem o coração do outro. Que
nesta quaresma a nossa fé em Deus cresça!
Até
aqui, segundo o Evangelho de S. João, Jesus mostra para quem ele veio: não só
para os judeus, mas para todos igualmente. Daqui para frente, ele vai mostrar o
que veio fazer e quem ele é. A fé é um dom de Deus, oferecido a todos e todas.
Quem acolhe esse dom, cresce na fé, cujo estágio mais desenvolvido é ser membro
ativo da Igreja, una, santa, católica e apostólica. A nossa fé cresce na medida
em que praticamos aquilo que cremos. Se a pessoa acredita só “com a cabeça”, a
sua fé vai diminuindo cada vez mais.
Fé
é sinônimo de coragem. Quem tem fé, não tem medo, e já começa a dar o primeiro
passo na direção daquilo em que acredita, mesmo antes da manifestação de Deus.
“Faça a sua parte que da minha ajudarei”.
Havia,
certa vez, em uma cidade, uma senhora que era muito amiga do padre. Entretanto,
não ia à Missa. Ela tinha vários filhos e se justificava para o padre dizendo:
“Em casa, eu não tenho tempo nem para piscar os olhos. É um querendo isso,
outro querendo aquilo...”
Um
dia, apareceu um circo na cidade. Sabe que aquela mulher não perdeu uma só
sessão do circo? Estava presente em todas.
Tempo
é questão de preferência. Quando a gente quer uma coisa, acaba encontrando
tempo para aquilo “Onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração”
(Mt 6,21).
A
Missa no domingo é o nosso principal encontro com Deus, e com os nossos irmãos
e irmãs da Comunidade. Deus nos deu seis dias na semana e reservou um para ele.
Neste, pelo menos uma hora, na Missa, devemos dedicar a ele. É questão de fé.
Campanha
da fraternidade. A criminalidade tem muita relação com a posse de bens. O fator
econômico é uma das causas mais importantes da criminalidade. Uma sociedade
fundamentada em valores meramente materiais cria a necessidade de conquistar,
por todos os meios, lícitos ou não, algum tipo de enriquecimento que garanta
acesso aos vários privilégios.
Entretanto,
melhor que elencar as causas da criminalidade e da violência, é cada um de nós
se perguntar: o que eu poderia fazer para que haja mais paz?
Maria
santíssima é uma mulher de fé. Ela não vacilou, mesmo ao presenciar a morte de
Filho. Que ela nos ajude a imitar a fé deste empregado do rei.
Vai,
teu filho está vivo.
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