SÁBADO DA IV SEMANA DA QUARESMA 12/03/2016
1ª Leitura Jeremias 11,18-20
Salmo 7,2 “Por vossa Justiça, livrai-me, libertai-me ó Senhor”
Evangelho 7, 40-53
Os Guardas voltaram de mãos abanando...
As pessoas definiam Jesus não de
acordo com aquilo que ele era, mas aquilo que a elas interessava, para uns ele
era realmente um grande Profeta, talvez inspirados pelos profetas que Deus
mandara no antigo Testamento, estes buscavam uma esperança que só Deus lhes
poderia dar.
Para outros ele era o Cristo, isso
é, o ungido, o enviado de Deus, colocavam nele todas as suas esperanças e
acreditavam em seu Messianismo que iria trazer a Salvação a todos. O grande
problema continua sendo aquele que já comentamos na reflexão de ontem: Jesus
era humano demais....e o fato da sua origem ser da Galiléia não credenciava a
ser o Messias que segundo as escrituras viria de uma linhagem nobre.
E para alguns, o fato dele não ser
quem esperavam que fosse, transformava a frustração em raiva. Um comportamento
onde se joga no irmão ou na irmã toda a nossa frustração, pelos nossos
fracassos e derrotas, a culpa é das pessoas que não são o que a gente esperava
que fossem. Não será assim em nossas comunidade, até hoje ? "Se depender
de mim e do que eu penso, a comunidade vai bem, mas tem fulano e cicrano que
nunca correspondem"
O segundo aspecto importante a ser
considerado nessa reflexão, é a atitude dos Guardas que, pertencendo ao povo, e
não estando atrelados a nenhuma lei ou tradição escriturística, estão abertos
para ouvir as palavras de Jesus e elas o encantam de tal modo que os impede de
prendê-lo.
O pior papel fica mais uma vez com
os famigerados Fariseus, a quem o messianismo de Jesus não lhes interessava,
uma vez que suas palavras e obras não coincidiam com o conhecimento deles, que
provinha da Lei e da tradição. Eram eles os guardiães da tradição e deles teria
que vir o aval que iria autenticar o messianismo de Jesus.
Nas comunidades temos os nossos
conselhos pastorais e econômicos, que representam a assembleia e não podem
fazer valer a opinião pessoal, ou a deste ou aquele grupo. O verdadeiro
cristianismo é dialogante e interativo, virtudes estas que brotam da comunhão
fraterna, e que os Fariseus não tiveram e que também, infelizmente faz falta em
nossas comunidades... (Diácono
José da Cruz – Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim SP – E-mail cruzsm@uol.com.br)
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