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segunda-feira, 28 de março de 2016

JESUS SE FAZ CONHECER NO GESTO DA PARTILHA - Maria de Lourdes Cury Macedo.

Quarta-feira, 30 de março de 2016.
Evangelho de Lc 24, 13-35.

A morte de Jesus foi um fracasso total para seus discípulos e apóstolos, foi a derrota de Jesus. Eles haviam largado tudo para seguir o Mestre e, no entanto, Ele morrera, como todo homem morre. Tristeza, medo, frustração, decepção tomaram conta do coração dos apóstolos e discípulos.
Os dois discípulos que iam a Emaús conheciam o testemunho das mulheres, de Pedro e João, que tinham ido ver o sepulcro. Contudo, não  acreditavam na ressurreição. Esperavam que Jesus fundasse um reino neste mundo e se decepcionaram com os acontecimentos.
Eles não tinham entendido a missão de Jesus de cumprir fielmente o desígnio salvífico do Pai, apesar de Jesus falar claro com eles sobre a sua morte e ressurreição. Esperavam que Jesus de Nazaré fosse o libertador de Israel. A vida, a paixão, a morte, a ressurreição do Mestre ainda não era uma alternativa de caminho para os discípulos. Quem deseja sofrimento, dor e morte?!
Foi o que aconteceu com os discípulos de Emaús. A tristeza, a desesperança, a decepção tomou conta deles a ponto de não esperarem em Jerusalém para constatar se Jesus havia mesmo ressuscitado.  Cabisbaixos, frustrados, desanimados, entristecidos partiram para suas casas, que ficavam mais ou menos 12 km de Jerusalém, e caminhavam como se tivessem perdido o sentido da vida. Ir para Emaús não é somente ir para casa, mas é abandonar o projeto de Deus. Eles revelam o estado de ânimo de uma comunidade desorientada, sem força para o testemunho. É com esse tipo de comunidade que Jesus ressuscitado outra vez se põe a caminho.
Eis que Jesus lhes dá um prêmio, se coloca no meio deles quando os dois iam conversando pelo caminho sobre os últimos acontecimentos. Jesus surge como um forasteiro no meio deles, que não se fez reconhecer, e pergunta sobre o que estão falando. Contaram da tristeza e decepção que estavam vivendo com a morte do grande profeta Jesus de Nazaré, que já era o terceiro dia, e que algumas mulheres disseram que Ele está vivo.
Os judeus acreditavam que depois do terceiro dia o espírito se afastaria definitivamente do corpo, sem possibilidade de retornar. A morte teria tomado conta de Jesus e da comunidade. Nem o testemunho das mulheres, nem o túmulo vazio, nem a mensagem dos anjos e a própria constatação do sepulcro vazio não mereceu crédito, pois “ninguém o viu”.
Jesus, então tomando a palavra, começou a contar toda a história da salvação até chegar no servo sofredor, Jesus. Eles ficaram encantados com suas palavras e o convidaram para entrar em sua casa.
Jesus aceitou o convite. Ao invés do dono da casa partir o pão, eles pedem que Jesus o faça. Jesus tomou o pão, o abençoou, depois partiu e deu a eles. Neste gesto de Jesus de partilhar o pão, os discípulos o reconhecem.
Jesus usou dois recursos para ser reconhecido: 1º a Bíblia, a Sagrada Escritura; 2º a Eucaristia, a partilha. Jesus desaparece porque já não é mais necessária a presença física d’Ele. A Palavra e o gesto de partir o pão abriram-lhe os olhos. Os discípulos concluem: queimava o coração quando Ele explicava a Sagrada escritura. Levantaram e correram para Jerusalém para testemunhar a ressurreição de Jesus. Ao abrir os olhos, reconheceram e sentiram o efeito da explicação da Palavra: o ardor, a força da graça, ver o sinal da mesa/pão para entender tudo e sair correndo para contá-lo aos outros.
- ARDE o coração no peito;                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                
- ABREM-se os olhos;
- Eles Correm para anunciar a mensagem aos outros apóstolos;
- Os apóstolos encontram-se reunidos e a todos PROCLAMAM a Palavra.

Voltam para Jerusalém, lugar do testemunho de Jesus e depois de Pentecostes é de lá que todos sairão para testemunhar Jesus nas comunidades.
Com a Santa Palavra, a Santa Eucaristia e a Comunidade,  sentimos a presença forte de Jesus em nossas vidas. Sentimos Cristo vivo e presente entre nós.
Podemos concluir: o que Jesus fez com os dois discípulos faz conosco hoje. Fiquemos firmes na Palavra e na Eucaristia, testemunhando na comunidade a presença viva de Jesus no meio de nós.
Abraços em Cristo!
Maria de Lourdes






2 comentários:

  1. Diácono José da Cruz; linda reflexão. Que Deus continue te iluminando nesta bela caminhada.

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  2. MARIA DE LOURDES; Bela reflexão, um grande abraço fraterno a todos vocês desta equipe formada por JESUS ressuscitado.

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