1
de Fevereiro de 2016- Terça - Evangelho - Mc 5,1-20
Bom
dia!
Sempre
ouvi lindos relatos e pregações focadas no “abandone tudo que tenha e segue-me”
que de fato é mais que uma missão e sim um chamado daqueles que Jesus assim o
deseja, mas é intrigante, e a primeira leitura, surpreendente, a resposta que o
Senhor deu ao homem que acabara de restituir a vida em sociedade: “(…) Volte
para casa e conte aos seus parentes o que o Senhor lhe fez e como ele foi bom
para você”.
“(…)
O que nós queremos fazer a partir do momento em que fazemos uma experiência
mais profunda do amor de Deus em nossas vidas? Em muitos casos, o que acontece
é que a pessoa adota UMA POSTURA INTIMISTA E INDIVIDUALISTA DE VIVÊNCIA
RELIGIOSA. O Evangelho de hoje nos mostra essa tendência, mas nos mostra também
a vontade de Deus. Jesus não permitiu que o homem que tinha sido endemoninhado
ficasse com ele, mas o enviou para ser evangelizador através do testemunho da
misericórdia de Deus, mostrando-nos, assim, que a verdadeira resposta ao amor
de Deus é o compromisso evangelizador”. (Reflexão proposta pela CNBB)
Quando
o texto acima diz que adotamos uma “postura intimista e individualista” eu
creio que seja em virtude que muitas vezes nós nos esquecemos da missão pelo
beneficio que recebemos. Os apóstolos mesmo pediram para não descer do monte
quando Jesus transfigurou. Sim! É muito bom estar aqui, mas é preciso que
outros conheçam por nós esse Jesus que me libertou.
Existem
pessoas que só se relacionam ou convivem com pessoas que são do seu grupo,
pastoral, equipe e em casos extremos, apenas de sua religião, e a verdade não é
essa, pois quem trabalha ou estuda, mesmo que não quisesse teria que lidar ou
conviver com todas as pessoas ao seu redor.
“(…)
A FÉ NOS ELEVA A UMA CONDIÇÃO SUPERIOR, MAS NÃO DE SUPERIORIDADE. É na vivência
profunda da fé que o homem se encontra completamente consigo mesmo E COM O
OUTRO, e realiza plenamente a vocação a que foi chamado”. (Dom Orani João
Tempesta – Arcebispo do Rio de Janeiro)
Pessoas
que se escondem no monte Tabor ou que querem fugir da realidade, pois a fé
madura não admite que fujamos da realidade, precisam entender que ser cristão
não é viver numa redoma de vidro evitando o contato com os “diferentes”. Que
tipo de cristão é esse que olha para o outro, ou por cima do outro, de outra
religião, grupo ou pastoral e se sente superior a ele (a)? Muitas pessoas já
nos tratam assim por termos fé, Jesus não ofereceu a outra face?
E
por fim, esse é o ano da fé! Esse homem curado aceitou o convite de Jesus a
ficar e apresentar essa graça aos seus. Muita gente que convive conosco precisa
ver de nós que Deus existe, não somente com palavras ou versículos decorados da
bíblia, mas com o testemunho real de nossas vidas
“(…)
Peçamos a Nosso Senhor Jesus Cristo a graça de viver nossa fé com toda nossa
alma, com todo nosso coração e com todo nosso entendimento. Só assim seremos o
que temos de ser e transformaremos o mundo. Só em Cristo, por Cristo e com
Cristo conseguiremos transmitir os tesouros de nossa fé e incidir positiva e
efetivamente na sociedade. Não tenhamos medo de falar daquilo que preenche
nosso coração; não tenhamos medo de falar d’Aquele que dá um sentido último às
nossas vidas. Subamos nos telhados e nos preparemos para anunciar com amor que
o Amor existe, se fez carne e habita em nós e está entre nós”. (Dom Orani João
Tempesta – Arcebispo do Rio de Janeiro)
Vai
no site da CNBB e lê o artigo completo desse inspirado Bispo do Rio de Janeiro…
Um
Imenso abraço fraterno!
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