8
de Fevereiro - Segunda - Evangelho
- Mc 6,53-56
E
todos quantos o tocavam ficavam curados.
Este
Evangelho é um resumo da atividade curativa de Jesus em Genesaré e na
redondeza. Logo que desembarcaram, as pessoas o reconheceram e procuravam,
inclusive “levavam os doentes deitados em suas camas para o lugar onde ouviam
falar que Jesus estava. E, nos povoados, cidades e campos onde chegavam,
colocavam os doentes nas praças e pediam-lhe para tocar, ao menos, a barra da
sua veste. E todos quantos o tocavam ficavam curados”.
Junto
com a cura física, Jesus costumava dizer também: “Os teus pecados estão
perdoados”. Mais que doenças, Jesus curava doentes. A saúde espiritual influi
na física, e igualmente a doença espiritual influi na física. Por isso, Jesus
curava as duas. Morrer sabemos que todo mundo vai; mas que isso aconteça na
paz, uma paz integrada e envolvente da pessoa toda. Há muitos e muitas que
morrem sorrindo, e assim ficam durante todo o velório, até a sepultura! A graça
de Deus é mais forte que o corpo, que o espírito, que tudo; nada a derruba.
Na
Igreja Primitiva, o fascínio da graça atingia até os familiares e amigos, que
colocavam na cabeça do defunto uma coroa de louro, a mesma que, nas Olimpíadas,
era colocada no atleta vencedor.
Apesar
dos avanços da medicina, quando uma doença calamitosa chega a ser vencida, já
surgiram outras novas e desconhecidas. A saúde e a vida continuam o continuarão
a ser dom de Deus. Como é sublime a pastoral da saúde que as nossas Comunidades
exercem! Quantas vezes, após uma breve visita, o doente muda completamente de
fisionomia. Entendeu o mistério da vida, da doença e da graça de Deus que está
acima de tudo.
Várias
vezes, Jesus relacionou a cura de doenças com a vinda do Reino de Deus. As
curas eram equiparadas ao anúncio do Evangelho. “Jesus convocou os Doze e
deu-lhes poder e autoridade sobre todos os doentes e para curar doenças. Ele os
enviou para anunciar o Reino de Deus e curar os enfermos” (Lc 9,1-2).
Vamos
nós também procurar tocar em Jesus, recebendo a Eucaristia, participando da
Comunidade, ou aproximando-nos daqueles com os quais Jesus se identificou: os
que têm fome, os doentes... (Cf Mt 25,31ss). Tocar em Jesus para nós é
acreditar na sua presença continuada no mundo. A fé é um encontro pessoal com
Deus, do qual Jesus é o sacramento visível a nós.
Certa
vez, uma mulher procurou o padre para conversar. E começou a contar os seus
problemas: com o marido, com os filhos, dificuldades financeiras, doenças...
Depois
de um bom tempo, o padre cortou um pouquinho a conversa e disse: “Filha, até
agora você relatou a ação do anjo mau na sua casa; fale agora da ação de Deus
na sua vida! Certamente ele vai gostar muito”.
Aquela
senhora caiu em si e percebeu o seu erro. Dali para frente, as suas conversas
giravam em torno de coisas positivas, de bênçãos de Deus que ela recebia.
Maria
Santíssima tem um cuidado especial pelos seus filhos e filhas enfermos. Basta
visitar Lourdes, Aparecida e outros santuários marianos, para comprovar isso.
Mãe dos doentes, rogai por nós!
E
todos quantos o tocavam ficavam curados.
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