18 de Fevereiro - Quinta - Evangelho - Mt 7,7-12
Evangelho - Mt
7,7-12
«Pedi, e ser-vos-á dado; procurai, e encontrareis; batei, e hão-de abrir-vos Mt 7,7-12». É o Senhor Jesus nos diz neste texto de hoje. Por isso, meu irmão e minha irmã. Esforça-te por agradar ao Senhor, espera-o interiormente sem te cansares, procura-o por meio dos teus pensamentos, exerce violência sobre a tua vontade e as suas decisões, domina-as para que tendam continuamente para Ele. E verás como Ele vem junto de ti e aí estabelecerá a sua morada (Jo 14,23). Aí ficará, observando o teu raciocínio, os teus pensamentos, as tuas reflexões, examinando a forma como o procuras, se é com toda a tua alma ou com moleza e negligência. E, quando vir que o procuras com ardor, imediatamente se manifestará a ti, te aparecerá, te concederá o seu auxílio, te dará a vitória e te livrará dos teus inimigos. Com efeito, quando tiver visto como tu o procuras, como nele depositas continuamente toda a tua esperança, então instruir-te-á, ensinar-te-á a verdadeira oração, dar-te-á essa caridade verdadeira que é Ele mesmo. Tornar-se-á então tudo para ti: paraíso, árvore da vida, pérola preciosa, coroa, arquitecto, cultivador, um ser sujeito ao sofrimento mas não abatido por ele, homem, Deus, vinho, água viva, ovelha, esposo combatente, armadura, Cristo “tudo em todos” (1 Co 15,28).
Tal como uma criança não pode alimentar-se nem
cuidar de si mesma, mas só pode olhar chorando para sua mãe, até que seja
tocada de compaixão e se ocupe dela, assim as almas crentes esperam
sempre em Cristo e lhe atribuem toda a justiça. Tal como o sarmento seca se for
separado da videira (Jo 15,6), assim faz aquele que quer ser justo sem Cristo.
Tal como o que é “um salteador e um ladrão que não entra pela porta mas passa
por outro sítio” (Jo 10,1), assim acontece com o que se quer tornar justo sem
aquele que justifica.
“Presta atenção às minhas palavras, Senhor!” (Sl
5,2). Tu vieste não só por piedade para com o teu povo Israel, mas para salvar
todas as nações…, não só para restaurar uma parte da terra, mas para renovar o
mundo inteiro. Por isso, “presta atenção às minhas palavras, Senhor!”… Não
rejeites a minha súplica como indigna; não recuses a minha oração. Eu não peço
ouro nem riquezas… É desejando o amor e o respeito por ti que clamo sem cessar:
“Presta atenção às minhas palavras, Senhor!”
Israel gozou dos teus bens; também eu farei a
experiência dos teus benefícios. Conduziste-o para fora do Egipto; retira-me a
mim do erro. Resgataste-o do Faraó; liberta-me do autor do mal. Conduziste-o
através do Mar Vermelho. Guiaste-o com a coluna de fogo; ilumina-me com o teu
Espírito Santo. Israel comeu o pão dos anjos no deserto; dá-me o teu Corpo
santíssimo. Ele bebeu a água do rochedo; sacia-me com o Sangue do teu lado. Israel
recebeu as tábuas da Lei; grava o teu Evangelho no meu
coração…
“Presta atenção às minhas palavras, Senhor!
Atende o meu grito!” Graças a esse grito, Moisés tornou a criação aliada do teu
povo; graças a esse clamor, Josué travou o curso do sol (Jos 10,12); graças a
esse grito, Elias tornou estéreis as núvens do céu (1R 17,1); foi graças a esse
lamento que Ana deu à luz um filho, contra toda a esperança (1Sm 1,10s).
“Senhor atende o meu grito”!
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