Quinta
feira 13.09.12
Lucas 6,27-38
Se, colocarmos de um lado, as instruções de Jesus
neste Evangelho, e do outro lado as concepções que o mundo prega, com certeza,
nós perceberemos que existe um fosso enorme separando as duas vertentes. Se não
tivermos uma fé firme e a certeza de que o próprio Filho de Deus, Jesus Cristo,
veio em pessoa nos dar garantia do que Ele pregou, nós não conseguiremos
alcançar o pensamento de Deus, pois o que o mundo ensina agrada muito mais à
nossa humanidade do que o que Jesus nos propõe. Com efeito, a Palavra de Deus
nos confunde, pois fala justamente o contrário do que todos apregoam. Por isso,
quando nós ouvimos Jesus falar coisas como: amar os nossos inimigos, fazer o
bem aos que nos odeiam ou bendizer aos que nos amaldiçoam; rezar pelos que nos
caluniam e dar a outra face depois de tomar uma bofetada; entregar a túnica
quando alguém já nos tomou o manto, etc., nós nos apavoramos. Jesus veio
desbaratar a teia do inimigo que tenta nos infligir uma doutrina de morte que
nos instrui a nos posicionar uns contra os outros lançando fora a virtude da
caridade que Deus nos conferiu.
A chave para que possamos compreender o que Jesus
veio nos ensinar está justamente, nessa expressão: “O que vós desejais que os
outros vos façam, fazei-o também vós a eles.” Quando nos colocamos no lugar do
outro, quando nos envolvemos com o outro indivíduo, nós podemos compreender as
suas motivações e assim, também, perdoar, compreender, acolher. Depois também
Jesus nos faz outras indagações para a nossa reflexão: qual a recompensa que
nós teremos se fizermos o bem só a quem nos fizer o bem? Que mérito teremos se
amarmos somente a quem nos ama? Se emprestarmos dinheiro somente a quem puder
nos pagar nós não estaremos fazendo por amor, mas sim, por conveniência; Jesus
ainda nos adverte: “sereis filhos do Altíssimo, porque Deus é bondoso também
para com os ingratos e os maus”.
Finalmente, Ele nos dá a dica para que sejamos
misericordiosos como o Pai é misericordioso: não julgar, porque assim também
não seremos julgados; não condenar, para que também não sejamos condenados;
perdoar para que sejamos perdoados; dar para poder então, receber. Em fim, com
a mesma medida com que nós medimos os outros – isto é, da mesma forma, na mesma
proporção, do mesmo jeito, – nós seremos também medidos. Reflita – Você tem
dificuldade em acolher essa Palavra? – Qual das orientações de Jesus lhe é mais
difícil de viver? – Como você costuma julgar as pessoas que erram? – Você
costuma fazer o bem sem olhar a quem, ou você só ajuda a quem você conhece?- Você
acha que tem necessidade de amar as pessoas que estão fora do seu círculo de
amizade?
Amém
Abraço carinhoso
de
– Maria Regina
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