27- Segunda - Evangelho - Jo 4,43-54
Bom dia!
Quem nunca foi surpreendido com uma decisão ou resposta que parecia
impossível ou improvável? Quem nunca, ao se dar por vencido sobre um assunto,
viu algo sobrenatural acontecer e reverter o caso? Quem ao reconhecer um
milagre não se põe de imediato a agradecer a Deus e louvá-lo?
Sim! O Impossível visível lembra-nos de agradecer, mas e o simples,
diário e corriqueiro? Lembramos? Será que precisamos de milagres ou efeitos
extraordinários para acreditar no amor de Deus? Precisamos de confirmação?
Prestemos muita atenção na reflexão proposta pelo site da CNBB
“(…) Jesus declarou que um profeta não é honrado na sua própria
terra. Como ele foi criado na cidade de Nazaré, que fica na Galiléia, fazia
referência aos galileus, que precisavam de sinais e prodígios para crer e
ficavam exigindo que Jesus operasse milagres que testemunhariam que ele de fato
era o Filho de Deus. JESUS NOS MOSTRA QUE O PROCESSO É JUSTAMENTE O CONTRÁRIO:
NÃO SÃO OS SINAIS QUE DEVEM NOS LEVAR A CRER, MAS É A NOSSA FÉ QUE DEVE
PRODUZIR SINAIS DE REINO DE DEUS, SINAIS DE FRATERNIDADE, DE JUSTIÇA, DE AMOR,
DE VIDA EM ABUNDÂNCIA. Porque ter fé significa ter a presença amorosa e solidária
de Deus em todos os momentos da vida”.
Mas essa “cultura” não parou por ai…
Também no tempo dos atos dos apóstolos o povo cercava os discípulos
em busca de curas e milagres, mas não se convertiam. A falta de fé e o medo de
serem vistos como seguidores de Cristo fazia com que as pessoas não se
engajassem. Falavam bem deles, mas poucos se entregavam a causa cristã.
“(…) Os apóstolos faziam muitos milagres e maravilhas entre o povo,
e os seguidores de Jesus se reuniam no Alpendre de Salomão. Ninguém de fora
tinha coragem de se juntar ao grupo deles, mas o povo falava muito bem deles”.
(Atos 5, 12-13)
Muitas pessoas que participam de momentos de oração, grupos de
oração, missas de cura e libertação (diga-se de passagem, toda missa é um
momento de cura e libertação) e outros momentos propícios (inclusive uma
simples prece), voltam para casa querendo ver aquilo que sentiu, ouviu ou
pensou. Como bons “Tomés”: precisamos “ver para crer”. Nossa fé é baseada no
que é visível, mas a verdadeira fé não é um ato visível e sim invisível.
“(…) Quem vive procurando nos milagres razões para acreditar (…);
Já esqueceu que a fé é um caminho que os olhos não podem ver Que Deus está
presente mesmo quando o milagre não acontecer”. (Canção Milagres – Adriana)
Vemos a morte de alguém querido, mas não persebemos a paz que ele
(a) se encontrava quando partiu; vemos com tristeza a perca do emprego mas
deixamos passar desapercebido a nova oportunidade que se aproxima e bate a
porta; reclamamos do vestibular, da prova, do concurso perdido, mas deixamos de
ver que talvez não fosse o momento e nem o curso certo para nós ou que não
tivemos o empenho que deveríamos ter tido para o êxito; reclamamos do namoro
terminado, mas deixamos de ver que talvez precisássemos amadurecer mais para uma
nova etapa em nossas vidas.
Hoje talvez Deus esteja passando em sua casa, em sua vida, em sua
oração e reanimando a fé na forma de um broto de esperança. Não volte pra casa
sem acreditar! Tenha fé
“(…) Que Deus, que nos dá essa esperança, encha vocês de alegria e
de paz, por meio da fé que vocês têm nele, a fim de que a esperança de vocês
aumente pelo poder do Espírito Santo!”. (Romanos 15, 13-14)
Um imenso abraço fraterno!
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