22 de Março- Quarta - Evangelho - Mt 5,17-19
Bom dia!
O povo, por longo período de anos, não teve a preocupação de
documentar ou guardar sua história em manuscritos ou outra forma concreta de
arquivo ao não ser o que era passado de boca a boca, de pai para filho. Apenas
após a passagem de Josias e Esdras, ouve uma preocupação em se compilar as
tradições judaicas, mas mesmo tendo sua história e normas guardadas no que
chamaram de TORAH, a tradição cultural continuava sendo passada de pessoa a
pessoa.
Muitas leis eram locais ou de interpretação conforme a localidade,
realidade e situação do povo, é o que popularmente chamamos de “cada caso tem
um caso”. Por vezes, as leis eram mais culturais do que escritas por Deus.
Jesus aparece e mostra que a lei continua correta, mas propõe que haja um NORTE
na sua interpretação, para que ela não fosse tendenciosa e usada de forma a
oprimir, ao invés de libertar e corrigir o seu povo. “(…) Não pensem que eu vim
para acabar com a Lei de Moisés ou com os ensinamentos dos Profetas. Não vim
para acabar com eles, MAS PARA DAR O SEU SENTIDO COMPLETO”.
Esse sentido completo esta na presença de Jesus no meio deles. Se
buscarmos a passagem que diz que a fé sem obras é morta, Deus nos ensina e
demonstra através da vinda de Jesus que Ele é um Deus que vai além dos
ensinamentos ou das tábuas da lei, Ele é presente e sua presença é que torna
completa a lei
“(…) Pois, qual é a grande nação cujos deuses lhe são tão próximos
como o Senhor nosso Deus, sempre que o invocamos? E que nação haverá tão grande
que tenha leis e decretos tão justos, como esta lei que hoje vos ponho diante
dos olhos? Mas toma cuidado! Procura com grande zelo não te esqueceres de tudo
o que viste com os próprios olhos, e nada deixes escapar do teu coração por
todos os dias de tua vida (Deuteronômio 4, 7-9a)
A presença de Deus é que torna nossa pregação forte e ungida; Sua
presença é que dará sucesso às nossas obras inclusive em nossas pastorais. Não
conseguirei tocar o coração de ninguém com palavras lindas se não forem
inspiradas por Deus e aí que esta o grande diferencial do cristão e aquele que
decora a passagem.
Deus não habita no coração demagogo e prepotente e tão pouco
naquele que usa da palavra para promoção pessoal e receber “tapinhas nas
costas”; Deus fica ofuscado quando tentamos “aparecer” mais que sua presença ou
quando fazemos a superprodução esquecendo-nos da humildade que ainda encanta…
Baseando-se nesse meu breve argumento, será que é correto usar Deus nos
discursos políticos ou na justificação dos nossos erros?
Quantas pessoas conhecemos que sua cristandade não vai além do belo
discurso?
Uma ação, uma mensagem, uma palavra se não tem a essência de Deus,
não convence, não exorta, não corrige, não alimenta… Qualquer ação cristã
precisa ter sentido completo. Se vamos trabalhar pra Deus, que seja mergulhando
de cabeça; se vamos falar em Seu nome, que seja de toda alma, de todo coração e
com todas as nossas forças.
Nosso Deus é muito próximo. Tudo o que fazemos em Seu nome e por
Ele, será abençoado.
Um imenso abraço fraterno!
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