17- de JULHO - DOMINGO - Evangelho - Lc 10,38-42
Em João 11,
5, encontramos a informação de que Jesus amava Marta, Maria e Lázaro. Portanto,
eram realmente amigos íntimos de Jesus. Assim como todo ser humano, o Mestre
confiava em algumas pessoas ao seu redor. Esses três irmãos podiam ser
considerados grandes amigos do Senhor, como já dissemos acima.
No Evangelho
de Lucas, o irmão de Marta e Maria, Lázaro, não é citado em nenhum momento. Mas
o objetivo do evangelista é outro: mostrar a importância de servir e de se
lançar aos pés de Jesus, aquele que nos trouxe a salvação.
Marta, na
realidade, não era uma pessoa brava, apressada, pagã ou qualquer outro adjetivo
já dado a ela no decorrer da História. Para começar, foi ela quem convidou o
Mestre para se aconchegar em sua casa, sendo totalmente fiel aos preceitos da
época quanto a receber bem um forasteiro.
Algo também
muito curioso é a ausência total dos discípulos nesse acontecimento. Lucas quer
mostrar aos seus leitores que Jesus convida a todos para serem discípulos e,
neste caso, a atenção recai sobre duas mulheres, do povoado de Betânia (segundo
João).
Marta é a
imagem do discípulo ativo, que quer servir ao Mestre da melhor maneira
possível. E Maria é a representação do discípulo que ouve a palavra de Jesus,
deixando-se atingir totalmente por ela. As duas maneiras de ser discípulo devem
se conjugar, pois ambas as atitudes são necessárias: escutar e servir.
Se quisermos
ser somente Marta, cairemos num ativismo sem fim, trabalhando tanto para a
messe do Senhor, que nos esqueceremos do Senhor da Messe. Se optarmos por ser
somente Maria, viveremos num mundo distante do mundo real, esperando sempre
outro mundo; acabaremos nos alienando da realidade humana que é tão cara a
Jesus. Por isso, irmãos e irmãs, sejamos discípulos Marta e Maria. Pessoas que
trabalham sem se cansar para a construção do Reino, alimentando-se diariamente
da Palavra de Deus. Os ensinamentos de Jesus são as nossas regras de vida,
sigamo-los!
São Benedito
(1524 – 1589), um irmão franciscano nascido na ilha italiana da Sicília, foi
capaz de mostrar a beleza do Reino nas pequenas atitudes diárias. Como
cozinheiro do convento, soube ouvir a Palavra de Deus e a pôr em prática.
Conciliou de uma maneira esplêndida o ser Marta e o ser Maria. Que São
Benedito, o Negro, tão querido no Brasil, possa ser uma seta que nos indique o
caminho coerente rumo à construção do Reino! São Benedito! Rogai por nós!
E-mail: jlqueimado@ig.com.br
Muito linda sua reflexão! Concordo plenamente!
ResponderExcluirLourdes