20 de Julho de 2016 - ano C
Evangelho
- Mt 13,1-9
Quando eu publiquei aqui:
DICAS
NO PREPARO DA HOMILIA
e
NOÇÕES DE ORATÓRIA-PARA SEMINARISTAS E LEIGOS , fui
criticado por uma leitora que me disse: Jesus não usou nenhuma técnica didática
em sua evangelização.
Aqui está, Jesus em uma de suas parábolas. O que
é isso senão uma técnica para evangelizar? Em suas historinhas, Jesus usava
argumentos do dia-a-dia daquele povo, para poder explicar para eles como
devemos agir e o que devemos evitar para um dia merecermos entrar no Reino dos
Céus.
Jesus não começava suas palestras se referindo
aos empregados de uma indústria, por que naquele tempo, isso não existia. Jesus
contava histórias inventadas na hora, mostrando cenas da vida real dos
agricultores, porque era a realidade daquela gente.
Neste Evangelho, Jesus dá um exemplo de como
acontece com a evangelização, a qual, semelhante a semente jogada nos campos
naqueles tempos, e que caia em diversos tipos de terrenos, a palavra também cai
em todos os tipos de cabeças, em todo o tipo de pessoas.
Imagine agora que estamos dentro da igreja
lotada, numa missa de domingo. Acreditamos que ali, estejam reunidos pelo amor
de Cristo, pessoas que são todas fiéis, convictas, pessoas de uma fé
inabalável... Será? Infelizmente, não é bem assim que acontece na realidade.
Mesmo estando em um grupo grande de pessoas que decidiram ir por sua livre e
espontânea vontade a casa de Deus para orar e receber a Eucaristia, nem todos
são católicos devotos, autênticos, nem todos são iguais. Em uma situação
dessas, há sempre uma escala cuja graduação vai de menos, para mais ou menos e
grandes devotos ali presentes. Pois a diferenças individuais, é uma realidade.
Vamos lá. O sermão do sacerdote está
acontecendo, e as palavras caem em todos os tipos de cabeças, ou de mentes.
Cada uma das pessoas ali presentes, recebe a explicação do padre do seu jeito.
O intelectual, procura ser educado, e entender,
mais o CRER nele é menos do que o irmão humilde semianalfabeto que está do seu
lado. Este, parecido com o publicano da parábola de Jesus, se recolhe em sua
insignificância, e ao contrário do intelectual, está contrito, pedindo perdão a
Deus por não ser um homem perfeito.
Já o rico, escuta tudo aquilo com relativo
respeito, com o nariz empinado, e com um ar de quem está fazendo um grande
favor a Deus por estar ali presente.
A catequista, concorda com quase tudo o que o
padre fala, porém fazendo algumas observações e correções sobre algumas das
colocações, as quais ela faria de um jeito bem melhor...
E aquele jovem que está ali mais para agradar a
sua avó, pega somente algumas partes do sermão, e não vê a hora de tudo aquilo
acabar.
A devota, e o devoto, estão ligados em Deus,
rezando para que o Espírito Santo ilumine o padre para que ele faça uma boa
homilia, que converta a todos. Os devotos ouvem, assimilam, e se propõem,
prometem a Deus cumprir tudo aquilo que foi dito no sermão. Este é o terreno fértil, estes são a TERRA
BOA. Aquela que Jesus se referiu em sua técnica didática em sua parábola do
semeador.
Sejamos também a TERRA BOA que dará muitos
frutos.
Tenha um bom domingo, José Salviano.
Adorei as dicas, me ajuda toda vez que vou celebrar estão me ajudando diariamente.
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