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sexta-feira, 15 de julho de 2016

Não podemos nos fechar ao mundo-Alexandre Soledade

20- de JULHO - Quarta - Evangelho - Mt 13,1-9

Só com padre Queiroz



21- de JULHO- Quinta - Evangelho - Mt 13,10-17

Bom dia!
Existem coisas que nos incomodam tanto que até irritam como, por exemplo, alguém falar algo que estou fazendo que não esta correto, que ao mesmo tempo sei que estou errado, mas não quero escutar. Conseguiu entender? “(…) Vocês ouvirão, mas não entenderão; olharão, mas não enxergarão nada. Pois a mente deste povo está fechada: Eles taparam os ouvidos e fecharam os olhos. Se eles não tivessem feito isso, os seus olhos poderiam ver, e os seus ouvidos poderiam ouvir; a sua mente poderia entender, e eles voltariam para mim, e eu os curaria”!
Mesmo querendo meu bem, essa pessoa que me interpela passa a ser vista inconscientemente como um agressor. Defendemos-nos naturalmente e basicamente de forma gestual torcemos a boca, olhamos para o lado, começo a escrever algo para não prestar a atenção, saio do local e vou beber água, fujo […]. Procuro fazer de tudo pra não ter que me conflitar comigo mesmo.
Engraçado é que a pessoa pode nem ter dito meu nome e tão pouco sugerido ou apontado pra mim, mas aquela sensação que brota da sua exortação revela um eu que não quero que as mascaras caiam.
De duas uma, OU ME DEFENDO OU ACOLHO. Se optar pela defesa posso contra-atacar com frases duras procurando defeitos no agressor, fato comum entre marido e mulher quando um perde a razão e passa a procurar algo no passado que o faça sair vencedor (uma briga antiga, uma falta do passado,… Apesar disso eu preciso aprender a filtrar e evitar esse “contra-ataque”.
 Exemplo: alguém que esta insatisfeito com sua vida, com seu trabalho, com que ganha, o que não tem, (…) e sai de casa para um estádio, uma festa, pra descontar sua própria insatisfação “naquele carinha alegre que nem sei por que ele está feliz”. Quantos acidentes de trânsito poderiam ser evitados se não levássemos os problemas de casa pra buzina?
Já reparou algumas pessoas dentro da igreja parecem estar sempre insatisfeitas quando nossas coisas dão certo ou do jeito delas? Sempre tecem comentários acres, secos e cheio de apontamentos aos defeitos. Imagine então no tempo de Jesus? Um homem simples, de uma família simples que se “atrevia” a ensinar as pessoas que o amor é maior que a lei. Que ao denunciar uma falta ou erro insistia em dizer que nos amava e não nos agredia. Será que precisamos reaprender a acolher os conselhos, sugestões e opiniões dos que nos querem ver crescer e parar um pouco de sempre acreditar que estão pegando no meu pé?
“(…) Depois, é preciso ter em grande consideração o bem comum. Amar alguém é querer o seu bem e trabalhar eficazmente pelo mesmo. Ao lado do bem individual, existe um bem ligado à vida social das pessoas: o bem comum. É o bem daquele ‘nós – todos’, formado por indivíduos, famílias e grupos intermédios que se unem em comunidade social. Não é um bem procurado por si mesmo, mas para as pessoas que fazem parte da comunidade social e que, só nela, podem realmente e com maior eficácia obter o próprio bem. Querer o bem comum e trabalhar por ele é exigência de justiça e de caridade”. (§ 7 Carta Encíclica Caritas In Veritate – Bento XVI)
 Não podemos nos fechar ao mundo, as correções, ao crescimento, (…) pode gerar em nós uma falsa tranqüilidade. Minha mãe diz “síndrome da Gabriela” ou seja aquele (a) que teme tanto a correção que canta: “Eu nasci assim, vou viver assim, vou morrer assim…”.
O coração é semelhante a uma casa com crianças pequenas, depois de um tempo precisa de reformas, pintura, derrubar umas paredes, mais um quarto para os hóspedes…
Abramos nosso coração às reformas!
Um imenso abraço fraterno



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