15- de JULHO - Sexta - Evangelho
- Mt 12,1-8
Bom dia!
Uma
interpretação possível desse texto nos faz lembrar situações comuns em nosso
dia-a-dia: hipocrisia, falsos moralismos, pré-julgamentos e a inveja. Como
nossa vida seria “tediosa” sem elas? (Risos). Quem nunca chorou ou se
entristeceu por uma ou mais dessas situações?
Existem
pessoas, (muitas vezes até nós mesmos) que perdem horas do seu dia semeando e
colhendo essas plantinhas de desamor. Minha avó dizia que o que plantamos
nasce, creio eu que na verdade o que plantamos nasce se adubarmos ou regarmos.
Uma ideia, uma palavra mal colocada ou refletida, pode ser superada se não a
levarmos para frente. Explicarei melhor (…)
Convido a
lembrarmos da ultima vez que me irritei com algo ou alguém. Qual foi a razão?
Será que conseguimos lembrar se foi algo que realmente merecia todo aquele
alvoroço? Será que minha atitude condiz com que penso ou foi uma explosão
movida por algo mais?
Jesus nos
trouxe a Boa Nova como um alimento diário – um pão de cada dia. Esse pão é
recheado de sabor, pois deriva de palavras de solidariedade, honestidade,
compaixão, misericórdia, (…) São palavras doces que até na mais dura das
exortações e mediante toda a tristeza que o arrependimento nos proporciona, não
nos causa sofrimento. Essa tristeza que deriva do sentimento puro de arrepender-se
gera em nós posteriormente a paz. No entanto as palavras que saem de nossa
boca, quando recheadas de hipocrisia, falsos moralismos, pré-julgamentos e a
inveja, colocam o ser mais seguro em situação de fragilidade.
“(…) Pois a
tristeza segundo Deus produz o arrependimento e, assim, leva à salvação. E isso
ninguém lamentará! Mas a tristeza segundo o mundo produz a morte”. (II
Coríntios 7, 10)
Conheci uma
senhora que conseguia fazer com que qualquer conversa se tornasse angustiante.
Ela sabia da “vida” de cada um e o que não conhecia, ela própria criava um
enredo que até a própria Glória Peres se emocionaria (risos). A criação fértil
daquele que procura ver o defeito em tudo, e em especial nas pessoas, é uma
coisa incrível. E como o próprio nome já diz – fértil – torna-se um campo vasto
para nascerem as sementes do desamor. Quantos de nós às vezes não somos assim.
Às vezes não somos tão “férteis” como ela, mas regamos a plantinha, quando
levamos a conversa pra frente
Jesus, não
uma e nem duas vezes, enfrentou os férteis ou os que regavam a discórdia. Hoje
os fariseus desse evangelho, podem ser todos os intolerantes, os egocêntricos,
(…) que da boca brotam palavras lindas, mas o coração ainda não conheceu o amor
e a compaixão.
Existem
pessoas ao nosso redor que pedem uma nova oportunidade, uma chance, (…) que já
demonstraram a mudança, a conversão, (…) não recebem uma chance nossa. Existem
pessoas que coordenavam nossas equipes e pastorais e se afastaram, pois
aconteceu uma gravidez não planejada; ou aquele (a) que se apaixonou, abandonou
a casa, “amasiou”, largou e agora seus antigos amigos não o (a) recebem de
volta.
Quantos
casais acabaram seus relacionamentos de anos, pois um encontrou fora de casa à
atenção que não recebia do (a) parceiro (a) e envergonhado resolveu voltar e
não foi aceito, pois me questionei “o que os outros iriam falar”? Quantos pais
bêbados num bar deixaram de ser trazidos pra casa, pois seus filhos têm
vergonha dele? Quantas pessoas que por fragilidade aceitam namoros regrados a
maus tratos, agressões, (…) com medo de ficar sozinho (a)?
Jesus queria
a misericórdia e não o sacrifício! Amar, querer o bem, torcer por alguém,
ajudar a levantar, (…) não devem ser encarados como sacrifício por ninguém. Se
hoje amar, alguém que me odeia é um sacrifício, pelo menos queiramos o seu bem.
Ocupemos nossos pensamentos com coisas que deem bons frutos. Não reguemos o
mal.
“(…) Quanto
ao mais, irmãos, ocupai-vos com tudo o que é verdadeiro, digno de respeito ou
justo, puro, amável ou honroso, com tudo o que é virtude ou louvável. Praticai
o que de mim aprendestes e recebestes e ouvistes, ou em mim observastes. E o
Deus da paz estará convosco”. (Filipenses 4, 8-9)
Um
imenso abraço fraterno.
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