Domingo, 27 de dezembro de 2015.
Evangelho de São Lucas 2, 41-52
Todos os anos os israelitas adultos deveriam ir a Jerusalém, com
exceção das mulheres, que não tinham obrigação, mas muitas vezes, iam também
celebrar a Páscoa da libertação.
A Páscoa da libertação era celebrada todos os anos, festa muito
importante para os hebreus, na qual adoravam e agradeciam a Deus pelos
benefícios recebidos: a saída do Egito, a abertura do mar vermelho, o maná do
deserto, as tábuas da Lei, a entrada na Terra Prometida, enfim tudo o que Deus
realizou para o seu povo. Povo que pode fazer a experiência da proximidade de
Deus em suas vidas. Puderam sentir Deus
muito perto de si.
A Sagrada família Jesus, Maria e José, uma família comum, humilde,
pobre, também cumpre as prescrições da Lei, vai à Jerusalém, no Templo, para
também junto com seu povo celebrar essa festa tão importante para os
israelitas.
Nessa ocasião Jesus já completara 12 anos, idade considerada adulta,
na qual os judeus iniciavam seus filhos publicamente na observância da Lei. Nessa
idade o menino passava a ser plenamente responsável diante de Deus e das
pessoas. É o tempo da sua maturidade religiosa e civil.
Geralmente os habitantes do mesmo lugar iam em caravanas composta
de dois grupos: um de homens e outro de mulheres. As filhas iam com as mães e
os filhos podiam escolher, tinham mais liberdade.
Na volta para Nazaré, nem a mãe e nem o pai perceberam a falta de
Jesus, que ficara no Templo. (Não perdido no Templo, ficou por que quis,
dialogando com aqueles que iriam condená-lo mais tarde.) Quando seus pais deram
por falta do menino já haviam andado um dia de viagem.
Jesus ficara no Templo entre os doutores da Lei passando por
discípulo, ouvindo e interrogando. Suas perguntas tão sábias fizeram com que os
doutores da Lei ao invés de responder, começaram interrogá-lo. Jesus deixou
todos maravilhados com suas inteligentes respostas e questionamentos.
Seus pais o procuraram durante três dias, estavam aflitos,
angustiados, com medo do que poderia ter acontecido com ele. Quando o
encontram, Maria a mãe preocupada e aflita, como toda mãe zelosa, demonstra sua
preocupação, por causa das longas horas em que o procuraram sem o encontrar.
São os sentimentos humanos de Maria, autêntica mãe, dirigidos a um filho que
poderia estar perdido. Pesou muito a responsabilidade que tinham pelo menino.
Jesus não diz nada, não se justifica, nem pede desculpas. Ele sabe
que não tem culpa. Ele apenas responde, fazendo uma pergunta, com a qual chama
a atenção de seus pais mostrando que Deus está acima de tudo. Que era preciso
estar à disposição de seu Pai.
Nós precisamos ter atitudes como a de Jesus. Muitas vezes sabemos
qual é a vontade de Deus, mas ela se opõe a nossa, então nessas horas, a
atitude de Jesus deverá ser norma para nós e não prevalecer o que queremos, mas
o que devemos fazer. A vontade de Deus deve orientar o nosso modo de agir, de
ser.
Jesus disse a seus pais: “Não sabiam que eu devo estar na casa do
meu Pai”. Essas são as primeiras palavras de Jesus no evangelho de São Lucas.
Os pais de Jesus não compreenderam as palavras do menino, apesar de o anjo ter
revelado à Maria que o Santo que iria nascer dela seria chamado Filho de Deus,
e Jesus ter falado que estava na casa do seu Pai.
Todos os acontecimentos desde a anunciação, mesmo não entendendo
bem, Maria os guardava no silêncio do seu coração e assim ela ia assimilando o
projeto de Deus, sem se opor a nada.
O Evangelho de hoje termina dizendo que “Jesus desceu com seus pais
para Nazaré, e permaneceu obediente a eles... E crescia em sabedoria, em
estatura e graça, diante de Deus e dos homens” (vv. 51-52).
Meus irmãos, Jesus crescia em sabedoria. Nós cresceremos em
sabedoria quando conhecermos cada vez mais a Palavra de Deus, a nossa religião
e a vida espiritual. Jesus crescia em idade. Como Jesus, vamos crescer em
idade, que consiste em nos realizarmos, fazendo a vontade de Deus. Jesus
crescia em graça, a santidade perfeita de Jesus ia manifestando cada dia mais.
Nós também podemos crescer na amizade com Deus cada dia mais, pela nossa
generosidade, caridade, amor... Cresçamos diante de Deus, dando a nosso próximo
um exemplo de vida perfeita. E que nossa família cresça também, a exemplo da
família de Nazaré, que é exemplo de vida comunitária vivida no amor, banhada
pelo sofrimento.
Procuremos ver se nossa família vive esse exemplo de fé na vontade
de Deus, que muitas vezes traça caminhos estranhos aos nossos. Esforcemo-nos
para que nossa família não desista de buscar muita força, sabedoria, coragem
para viver na união, no amor, na paz, na fraternidade.
Que a Sagrada família nos ajude a manter nossa família na fé em
Deus, não medindo esforços para vencer todos os obstáculos que aparecem e assim
possamos realizar o plano que Deus tem para todos nós.
Abraços em Cristo!
Maria de Lourdes
MARIA DE LOURDES; Obrigado por esta bela reflexão, já me preparei para esta festa neste dia, más modificarei minha reflexão; um abraço e um FELIZ NATAL para você e toda esta equipe do LITURGIA DIÁRIA COMENTADA, ADMIRO MUITO O TRABALHO DE TODOS VOCÊS. Que Deus os abençoe.
ResponderExcluirMARIA DE LOURDES; Obrigado por esta bela reflexão, já me preparei para esta festa neste dia, más modificarei minha reflexão; um abraço e um FELIZ NATAL para você e toda esta equipe do LITURGIA DIÁRIA COMENTADA, ADMIRO MUITO O TRABALHO DE TODOS VOCÊS. Que Deus os abençoe.
ResponderExcluirUm feliz natal para você e sua família. Obrigada por nos estimular a continuar sempre.
ResponderExcluirMaria de Lourdes
Um feliz natal para você e sua família. Obrigada por nos estimular a continuar sempre.
ResponderExcluirMaria de Lourdes
Belíssima reflexão. Usarei no meu programa para refletir com meus ouvintes. Parabéns! Que o Espírito Santo de Deus continue lhe iluminando.
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