24- Quinta
- Evangelho - Lc 9,7-9
Bom
dia!
Herodes
estava curioso por saber quem era esse homem que causava tanto alvoroço por
onde passava. O imagino se questionando: Quem então é esse homem de que falam
tanto? “(…) Herodes, o governador da Galiléia, ouviu falar de tudo o que estava
acontecendo e ficou sem saber o que pensar. Pois alguns diziam que João Batista
tinha sido ressuscitado, outros diziam que Elias tinha aparecido…”.
Imagino
tantas pessoas que querem conhecer Jesus e não o encontram, em contrapartida os
“Herodes” que precisam ser avisados sobre a presença de Jesus no mundo. No
penúltimo ano de seu pontificado, Bento XVI chamava a atenção dos bispos do
nordeste da seguinte forma:
“(…)
Diante deste quadro emerge, por um lado, a clara necessidade que a Igreja
católica no Brasil se empenhe NUMA NOVA EVANGELIZAÇÃO QUE NÃO POUPE ESFORÇOS NA
BUSCA DE CATÓLICOS AFASTADOS BEM COMO DAQUELAS PESSOAS QUE POUCO OU NADA
CONHECEM SOBRE A MENSAGEM EVANGÉLICA, CONDUZINDO-OS A UM ENCONTRO PESSOAL COM
JESUS CRISTO, VIVO E OPERANTE NA SUA IGREJA”. (Bento XVI)
Há
um povo curioso e sedento de Deus, mas que não teve a oportunidade de
reconhecê-lo ao seu lado, no seu caminhar, em sua vida. Como o evangelho de
domingo nos bem alerta, talvez que nossa criatividade ou empenho não tenham
sido do administrador infiel quando se viu em uma enrascada e de fato também
somos assim…
Esforçamos-nos
em ter Deus ao nosso lado quando estamos em apuros, mas facilmente o esquecemos
quando estamos numa posição privilegiada ou de conforto.
“(…)
Todos somos tentados como Cristo: tentados de voltar às costas a Deus Criador;
de pararmos diante das coisas para possuí-las; de querer dominar sobre os
outros, de colocar-nos no centro do mundo: pessoas e povos, caídos na tentação.
Situações de violência e prepotência onde um exaltado demonstra uma
irreprimível vontade de poder” (Dom Geraldo Majella)
Precisamos
estar atentos para não nos colocar a frente da graça como Herodes. Ele não
tinha intenção de matar João Batista, mas o fez para demonstrar que “manda” e
muita gente também não tem a intenção, mas afasta as pessoas de Deus. Muita
gente a frente de movimentos e pastorais e também por vezes sacerdotes,
ministros, seminaristas, (…) esquecem da ovelha perdida caso sua vontade
pessoal não seja feita, cumprida, realizada…
Quantos
casos ouvimos de lideranças arrogantes e prepotentes, que ao invés de
discípulos, vestem-se da soberba na lida com a s pessoas? Fazem belos
discursos, mas em off, são pessoas impossíveis de se lidar. Falam de pobreza de
dentro de carros luxuosos; de desapego e pecado por seus smartphones de última
geração… É para esses que Bento XVI falava e Francisco fala hoje.
Grupos
de jovens têm acabado, mas ninguém se atenta; jovens tentam adentrar nos
movimentos e pastorais, mas não sabemos como falar com eles. Conclui-se turmas
de crisma, mas poucos desejam ficar e os que ficam, sem preparo, já são
incorporados a messe… Será que nossos planos precisam de uma revisada ou
recall?
Devemos
valorizar o que temos de mais precioso que é nossa tradição, mas temos dado
muito mais atenção a criticar aquele que proclamou gaguejando a primeira
leitura do que incentivá-lo a continuar. A IGREJA NÃO PRECISA DE MÚSICOS, MAS É
MUITO TRISTE SEM ELES, pois como diz o missal, eles também são comunidade.
A
base de nossas comunidades esta envelhecendo, pois poucos líderes estão sendo
formados; poucos seminaristas são suscitados por serem atraídos pelo mundo e
não pelo encanto de se levar a palavra de Deus, pois os nossos irmãos padres e
catequistas também precisam reaprender a encantar e talvez seja essa a grande
mensagem implícita no discurso de Bento XVI.
“(…)
Dirigiu-se Jesus ao templo. E, enquanto ensinava, os príncipes dos sacerdotes e
os anciãos do povo aproximaram-se e perguntaram-lhe: Com que direito fazes
isso? Quem te deu esta autoridade”? (Mateus 21, 23)
O
mês das missões esta chegando…
Um
imenso abraço fraterno
É exatamente isso que está acontecendo. Moro numa cidade pequena e faz muito tempo que isso acontece. Vivo falando com as amigas que trabalham na Igreja, "O que será que vai acontecer qdo nós os mais velhos não pudermos mais trabalhar/"
ResponderExcluirMaria