23- Quarta
- Evangelho - Lc 9,1-6
Bom
dia!
Deus
nos chama a sermos discípulos e emissários do reino, mas que reflexão faço da
minha evangelização? O quanto nós católicos nos imbuímos dessa missão?
Não
vou falar das outras religiões, mas sim das pessoas que perdemos de vista,
muitas vezes por nossa fraqueza (em argumentos, atitudes e gestos) em
transmitir a mensagem da Boa Nova. Se Jesus enviou o seus, com toda confiança e
autoridade até as pessoas, por que essa confiança esfriou? O que precisa ser
revisto?
Bento
XVI em um discurso aos Bispos da Regional Nordeste 3, mas creio que sirva para
todos nós, fala dessas “percas” como um processo provocado pelas alternativas
no mundo, mas que fora aumentado talvez pela a nossa falta de tato e de leitura
de mundo.
“(…)
os batizados não suficientemente evangelizados são facilmente influenciáveis,
pois possuem uma fé fragilizada e muitas vezes baseada num devocionismo
ingênuo, embora, como disse, conservem uma religiosidade inata. Diante deste
quadro emerge, por um lado, a clara necessidade que a Igreja católica no Brasil
se empenhe NUMA NOVA EVANGELIZAÇÃO QUE NÃO POUPE ESFORÇOS NA BUSCA DE CATÓLICOS
AFASTADOS BEM COMO DAQUELAS PESSOAS QUE POUCO OU NADA CONHECEM SOBRE A MENSAGEM
EVANGÉLICA, CONDUZINDO-OS A UM ENCONTRO PESSOAL COM JESUS CRISTO, VIVO E
OPERANTE NA SUA IGREJA”. (Bento XVI)
Esse
trecho me faz pensar se é mesmo necessário brigar com a equipe de liturgia, com
os cantores, com os leitores, que apesar de todo cuidado, algo ter saído dos
“conformes” na missa; fico a pensar se o discurso ou homilia ou reflexão focada
na política, nas broncas, nas duras palavras tem sentido se apenas dez por
cento da mensagem falada é absorvida; fico a pensar se ser igreja é esperar que
o cristão venha para nossos grupo, pastoral ou movimento omitindo-se de
“enxergá-lo quando não pertence “aos meus”?
Sim!
Precisamos rever nossas práticas na prática.
“(…)
E o proprietário admirou a astúcia do administrador, porque os filhos deste
mundo são mais prudentes do que os filhos da luz no trato com seus
semelhantes”. (Lucas 16, 8)
A
igreja, que somos nós, não precisa se adequar as pessoas por completo, pois
seria impossível se ajustar a tantos quereres e individualidades, mas precisa
focar no que é importante. Preciso deixar para trás o que não edifica, pois
nessa jornada o que precisamos é APENAS levar a mensagem. “(…) Nesta viagem não
levem nada: nem bengala para se apoiar, nem sacola, nem comida, nem dinheiro,
nem mesmo uma túnica a mais. Quando vocês entrarem numa cidade, fiquem na casa
em que forem recebidos até irem embora daquele lugar”.
Ainda
haverão exortações, palavras pesadas e cheias de verdade (é muito importante
que nunca deixem de existir), mas parece que aos poucos a figura do cristão,
seja ele sacerdote, bispo, catequista, (…) que “desce o reio” mas não sabe
também acolher tem seus dias contados.
Sua
Santidade diz uma grande verdade sobre nossa fé ser basicamente devocional,
característica de um povo que quer ouvir a voz de um pastor e não um guerreiro.
Ter
muito o que caminhar e a missão apenas começou. “(…) Os discípulos então saíram
de viagem e andaram por todos os povoados, anunciando o evangelho e curando
doentes por toda parte”.
Um
imenso abraço fraterno
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