04/02/2013
Mc 5,1-20
Mc 5,1-20
Alexandre Soledade
Bom dia!
Sempre ouvi lindos relatos e
pregações focadas no “abandone tudo que tenha e segue-me” que de fato é mais
que uma missão e sim um chamado daqueles que Jesus assim o deseja, mas é
intrigante, e a primeira leitura, surpreendente, a resposta que o Senhor deu ao
homem que acabara de restituir a vida em sociedade: “(…) Volte para casa e
conte aos seus parentes o que o Senhor lhe fez e como ele foi bom para você”.
“(…) O que nós queremos fazer a
partir do momento em que fazemos uma experiência mais profunda do amor de Deus
em nossas vidas? Em muitos casos, o que acontece é que a pessoa adota UMA
POSTURA INTIMISTA E INDIVIDUALISTA DE VIVÊNCIA RELIGIOSA. O Evangelho de hoje
nos mostra essa tendência, mas nos mostra também a vontade de Deus. Jesus não
permitiu que o homem que tinha sido endemoninhado ficasse com ele, mas o enviou
para ser evangelizador através do testemunho da misericórdia de Deus,
mostrando-nos, assim, que a verdadeira resposta ao amor de Deus é o compromisso
evangelizador”. (Reflexão proposta pela CNBB)
Quando o texto acima diz que adotamos
uma “postura intimista e individualista” eu creio que seja em virtude que
muitas vezes nós nos esquecemos da missão pelo beneficio que recebemos. Os
apóstolos mesmo pediram para não descer do monte quando Jesus transfigurou.
Sim! É muito bom estar aqui, mas é preciso que outros conheçam por nós esse
Jesus que me libertou.
Existem pessoas que só se relacionam
ou convivem com pessoas que são do seu grupo, pastoral, equipe e em casos
extremos, apenas de sua religião, e a verdade não é essa, pois quem trabalha ou
estuda, mesmo que não quisesse teria que lidar ou conviver com todas as pessoas
ao seu redor.
“(…) A FÉ NOS ELEVA A UMA CONDIÇÃO
SUPERIOR, MAS NÃO DE SUPERIORIDADE. É na vivência profunda da fé que o homem se
encontra completamente consigo mesmo E COM O OUTRO, e realiza plenamente a
vocação a que foi chamado”. (Dom Orani João Tempesta – Arcebispo do Rio de
Janeiro)
Pessoas que se escondem no monte
Tabor ou que querem fugir da realidade, pois a fé madura não admite que fujamos
da realidade, precisam entender que ser cristão não é viver numa redoma de
vidro evitando o contato com os “diferentes”. Que tipo de cristão é esse que
olha para o outro, ou por cima do outro, de outra religião, grupo ou pastoral e
se sente superior a ele (a)? Muitas pessoas já nos tratam assim por termos fé,
Jesus não ofereceu a outra face?
E por fim, esse é o ano da fé! Esse
homem curado aceitou o convite de Jesus a ficar e apresentar essa graça aos
seus. Muita gente que convive conosco precisa ver de nós que Deus existe, não
somente com palavras ou versículos decorados da bíblia, mas com o testemunho
real de nossas vidas
“(…) Peçamos a Nosso Senhor Jesus
Cristo a graça de viver nossa fé com toda nossa alma, com todo nosso coração e
com todo nosso entendimento. Só assim seremos o que temos de ser e
transformaremos o mundo. Só em Cristo, por Cristo e com Cristo conseguiremos
transmitir os tesouros de nossa fé e incidir positiva e efetivamente na
sociedade. Não tenhamos medo de falar daquilo que preenche nosso coração; não
tenhamos medo de falar d’Aquele que dá um sentido último às nossas vidas.
Subamos nos telhados e nos preparemos para anunciar com amor que o Amor existe,
se fez carne e habita em nós e está entre nós”. (Dom Orani João Tempesta –
Arcebispo do Rio de Janeiro)
Vai no site da CNBB e lê o artigo
completo desse inspirado Bispo do Rio de Janeiro…
Um Imenso abraço fraterno!
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