Dia: 18/02/2013
Mt 25,31-46
A comunhão com os excluídos é a própria
comunhão com Jesus
Jesus assentar-se-á em seu trono
glorioso, e separará uns dos outros.
Hoje, é com alegria que celebramos a
solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo. Com esta festa,
encerramos o ano litúrgico; o próximo domingo já será o primeiro domingo do
advento. O Evangelho mostra Jesus exercendo a sua realeza, no Juízo Final.
A palavra rei vem de reunir. O rei justo
é o centro de unidade do povo do seu reino. Como um bom pastor, ele reúne as ovelhas
dispersas e cuida das que estão doentes (primeira leitura).
Às vezes, dá impressão que Jesus é um
rei fraco. Mas é justamente o contrário. Ele é tão poderoso que não precisa
ficar mostrando a sua força a cada momento; mostra-a na hora certa. Ele deixa o
joio crescer no meio do trigo, porque sabe o que fazer mais tarde, sem que os
bons se percam e a justiça seja feita.
Jesus é o Rei do Universo. Não existe
nada e ninguém mais forte nem mais inteligente do que ele. Nada é capaz de
barrar o avanço do Reino de Deus no mundo.
Como nosso rei, Jesus prestou-nos o
melhor serviço do mundo: tirou-nos do poder das trevas e nos deu a vida eterna.
É o que diz a segunda leitura da Missa de hoje (1Cor 15,20-26).
E o Evangelho de hoje é a descrição do
juízo final. Jesus, o Rei, vai dizer aos que cuidaram dos necessitados: “Vinde,
benditos de meu Pai! Recebei como herança o Reino...” Depois dirá aos egoístas,
que foram insensíveis diante do sofrimento do próximo: “Afastai-vos de mim,
malditos! Ide para o fogo eterno...”
Os condenados tentarão se defender, mas
o Rei será inflexível: o que fizeram ao próximo, fizeram ao próprio Jesus.
Na quinta-feira santa, ao lavar os pés
dos discípulos, Jesus nos mostrou como Deus quer que exerçamos a autoridade: é
cuidando dos súditos e servindo a eles. Ser chefe é cuidar das pessoas a ele
confiadas, fazendo justiça com as que são injustiçadas. É para isso que a
autoridade tem poder.
E deixar alguém, ao nosso lado, passar
fome, ou andar nu ou doente, e não fazer nada por ele, é uma injustiça. Jesus
vai cobrar de quem podia ajudar e não o fez.
“Se alguém quiser ser o primeiro, seja o
último de todos, aquele que serve a todos!”(Mc 9,35).
Jesus é nosso Rei, total único. Para a
administração política, ou para qualquer cargo de poder e autoridade,
escolhemos apenas representantes de Jesus.
Certa vez, o grupo de jovens de uma
Comunidade resolveu, num domingo à tarde, visitar o hospital. Eram jovens
novinhos, alguns ainda adolescentes.
Visitando as enfermarias, viram um
senhor coberto com um lençol, com apenas a cabeça de fora. Ficaram em volta da
cama e começaram a rezar, pedindo a saúde para ele. Os jovens diziam: “Senhor,
cure este doente! Que ele possa levantar-se desta cama e andar!”
Estava também na enfermaria um senhor
visitando outro doente. Ele falou para os jovens: “Não adianta, ele não vai se
levantar nem andar!”
Os jovens não deram ouvidos e
continuaram rezando. No fim, ao se despedirem, disseram ao doente: “Deus vai
ajudar e o senhor vai se levantar desta cama e andar!”
Novamente o homem disse: “Ele não vai
andar!!!” Aproximou-se, puxou o lençol e mostrou para os jovens que o doente
não tinha as duas pernas. E disse mais uma vez: “Eu não estou falando? Ele não
vai andar. Olhem aí!”
Mas o mais interessante aconteceu
depois: os jovens contaram para seus pais o acontecido. Um senhor rico da
cidade ficou sabendo, foi ao hospital, pegou aquele doente, que era pobre e o
levou para um hospital ortopédico especializado em próteses. Colocaram próteses
nas duas pernas do homem e ele realmente se levantou e andou!
Jesus é o Rei do universo. Quando ele
disse: “Pedi e recebereis”, empenhou nessa frase o seu nome e o seu poder
divino. E Deus, como sabemos, pode tudo. Para ele nada é impossível. Inclusive
fazer uma pessoa sem pernas andar.
Todo reino tem sua rainha; é a esposa do
rei ou, se ele é solteiro, a sua mãe. Maria Santíssima é a nossa Rainha. Que
ela interceda por nós junto ao Rei, seu Filho, a fim de que sejamos bons
cidadãos do seu Reino.
Jesus assentar-se-á em seu trono glorioso,
e separará uns dos outros.
Padre Queiroz
Nenhum comentário:
Postar um comentário