II DOMINGO DA PÁSCOA
D07 de Abril de 2013 - Ano C
Não seja incrédulo, mais
sim, fiel!
Prezados irmãos. Neste
domingo em que continuamos a celebração da Páscoa, a liturgia nos mostra a 4ª
prova da Ressurreição de Jesus Cristo.
Domingo passado apresentamos dez provas deste fato inesquecível, que
alimenta a nossa fé.
Estamos aqui reunidos para celebrar
a Páscoa de Jesus, a qual se manifesta em todos aqueles que vivem e promovem a
paz, a solidariedade, a caridade, e a reconciliação. Apesar de sermos
pecadores, nós acreditamos que Jesus Cristo é o nosso Senhor e Redentor, e que
Ele foi ressuscitado dentre os mortos pelo Pai, e que está vivo para nunca mais
morrer.
Jesus ao entrar no lugar onde os
discípulos estavam com as portas fechadas, disse a Tomé "Não sejas incrédulo, mais fiel".
Tomé era um homem bom mas vacilava
na fé. Tinha dúvidas se realmente Jesus era Deus, e se Ele realmente teria
ressuscitado. Depois daquela experiência direta com Jesus e ao ver as
cicatrizes em suas mãos, Tomé sentiu-se envergonhado e reconheceu em Jesus, o Ressuscitado bem ali
na sua frente, e expressou isso dizendo:
"Meus Senhor e meu Deus!".
Meus irmãos. Roguemos a Deus para
que a nossa fé nunca seja vacilante. Que a nossa fé seja total, sem reserva,
que ela penetre cada vez mais a nossa mente, que nossos pensamentos dominantes
sejam tomados da palavra de Cristo na maior parte do nosso dia, para que e
assim, possamos: ver, julgar e agir de acordo com a vontade do Pai.
Peçamos a Deus que a nossa fé seja
livre, isto é, que ela seja fruto da nossa adesão pessoal, de modo que sejamos
capazes de renunciar a tudo o que nos afasta dos caminhos da casa do Pai, que a
nossa fé seja a expressão do que há de mais decisivo em nossas pessoas.
Caríssimos. Que a nossa fé seja
baseada nas verdades de Cristo, na sua vida, e nas provas da sua ressurreição,
assim como das provas de sua divindade, ou seja, os seus milagres. Assim
teremos uma fé científica, e não uma fé ingênua. Teremos uma fé forte,
resistente a todas as contradições do mundo de hoje, o qual nos apresenta tudo
o que nos afasta das verdades reveladas por Jesus. Desse modo, sendo portadores
de uma super fé, não temos medo daqueles que a contestam, que a contradizem,
que a negam, que a atacam, que a recusam,
e que procuram nos arrastar para a lama da correnteza da ilusão de uma
vida fácil, e de prazeres sem limites.
Que a nossa fé seja diariamente
fortificada pela leitura, pela meditação, pela Eucaristia, pela oração e pelo
esforço de nos aproximar cada vez mais da verdade de Jesus, e de nos afastar de
tudo o que mentiroso, enganoso, e perigoso para a salvação da nossa alma.
Que a nossa fé seja resistente ao
desgaste das críticas dos nossos amigos que por sua vez não crendo, fazem de
tudo para nos tirar do caminho da verdade. E o pior é que muitas vezes
conseguem!
Que a nossa fé seja firme diante das
falsas verdades dialéticas, das falsas verdades de outras seitas e religiões
criadas por seres humanos.
Que a nossa fé seja alegre, de uma
alegria sincera e contagiante baseada na esperança das promessas de Cristo. Que
a nossa fé seja capaz de nos preencher, e de fazer perceber que só a Santíssima
Trindade nos basta, e assim, sejamos capazes de transbordar e irradiar essa paz
verdadeira aos demais irmãos.
Que a nossa fé não seja egoísta, ou
seja, que não pretendamos ter Jesus somente para nós. A nossa fé tem de ser
atuante, disponível, compartilhada, pois devemos reparti-la com os nossos
irmãos através da catequese que pode ser pela palavra, pelo testemunho e pelo
nosso exemplo.
Finalmente, que a nossa fé seja
acima de tudo humilde, que nunca nos julguemos mais, ou melhores que ninguém,
que não tenhamos nunca a presunção de nos julgarmos salvos pela vida que
levamos.
Irmãos. Que a nossa fé não seja uma
fé morna, uma fé apenas social, uma fé de fachada, mas que ela seja uma fé
autêntica e atuante, uma fé Católica, apostólica - romana.
Na primeira leitura, vemos os primeiros catequistas, ou
seja, os apóstolos a todo vapor espalhando a fé por onde passavam. Meus irmãos.
E nós, o que estamos esperando? Um convite especial de Deus descendo numa nuvem
e chamando o nosso nome para catequizar? Os
apóstolos foram chamados e impulsionados pelo amor de Cristo saíram por toda a
parte a anunciar a Boa Notícia que era um tesouro preservado por seus
sucessores. Nós todos somos chamados a continuar o trabalho iniciado pelos apóstolos,
ou seja, a anunciar a fé, porém é necessário primeiro que a vivamos, para
depois partilhar, celebrando-a na palavra, na Eucaristia e na oração.Os apóstolos iniciaram a Catequese no mundo, ou seja, eles realizaram um trabalho gigantesco, do primeiro anúncio do Evangelho, numa pregação missionária por muitos lugares, com o objetivo de suscitar a fé onde ninguém ou quase ninguém teria ouvido falar de Jesus Cristo. Enfrentaram muitos tipos de dificuldades, porém não se esmoreceram. Pois sabiam que o Espírito de Deus estava com eles, e uma prova disso era o poder de cura que eles tinham.
Nós também somos apóstolos de Cristo, somos chamados a ensinar a palavra de Deus anunciada por Jesus, a fim de conquistar tantos quanto podemos para o Reino de Deus. Porém, é bom lembrar que uns são chamados de forma especial por Deus, para trabalhar no Ministério da pregação, ou seja, na catequese, para transmitir o mistério da nossa fé, através da transmissão da verdade revelada por Deus.
A Catequese não deve ser uma iniciativa isolada, mas sim deve ser realizada por intermédio da Igreja, a qual é a coluna e o sustentáculo da verdade revelada, tendo a missão de guardar fielmente a fé, conservando integralmente a memória das palavras de Cristo, continuando os trabalhos iniciados pelos apóstolos, que é a transmissão da fé, como uma mãe que ensina a seus filhos a falar a linguagem de Deus, e a fazer a vontade do Pai, para que um dia tenhamos a alegria de merecermos a vida Eterna.
Nenhum comentário:
Postar um comentário