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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

-Não seja incrédulo, mais sim, fiel! - José Salviano



II DOMINGO DA PÁSCOA

D07 de Abril de 2013 - Ano C

Não seja incrédulo, mais sim, fiel!

       Prezados irmãos. Neste domingo em que continuamos a celebração da Páscoa, a liturgia nos mostra a 4ª prova da Ressurreição de Jesus Cristo.  Domingo passado apresentamos dez provas deste fato inesquecível, que alimenta a nossa fé.

 

            Estamos aqui reunidos para celebrar a Páscoa de Jesus, a qual se manifesta em todos aqueles que vivem e promovem a paz, a solidariedade, a caridade, e a reconciliação. Apesar de sermos pecadores, nós acreditamos que Jesus Cristo é o nosso Senhor e Redentor, e que Ele foi ressuscitado dentre os mortos pelo Pai, e que está vivo para nunca mais morrer.

            Jesus ao entrar no lugar onde os discípulos estavam com as portas fechadas, disse a Tomé "Não sejas incrédulo, mais fiel"

            Tomé era um homem bom mas vacilava na fé. Tinha dúvidas se realmente Jesus era Deus, e se Ele realmente teria ressuscitado. Depois daquela experiência direta com Jesus e ao ver as cicatrizes em suas mãos, Tomé sentiu-se envergonhado  e reconheceu em Jesus, o Ressuscitado bem ali na sua  frente, e expressou isso dizendo: "Meus Senhor e meu Deus!".

            Meus irmãos. Roguemos a Deus para que a nossa fé nunca seja vacilante. Que a nossa fé seja total, sem reserva, que ela penetre cada vez mais a nossa mente, que nossos pensamentos dominantes sejam tomados da palavra de Cristo na maior parte do nosso dia, para que e assim, possamos: ver, julgar e agir de acordo com a vontade do Pai.

            Peçamos a Deus que a nossa fé seja livre, isto é, que ela seja fruto da nossa adesão pessoal, de modo que sejamos capazes de renunciar a tudo o que nos afasta dos caminhos da casa do Pai, que a nossa fé seja a expressão do que há de mais decisivo em nossas pessoas.

            Caríssimos. Que a nossa fé seja baseada nas verdades de Cristo, na sua vida, e nas provas da sua ressurreição, assim como das provas de sua divindade, ou seja, os seus milagres. Assim teremos uma fé científica, e não uma fé ingênua. Teremos uma fé forte, resistente a todas as contradições do mundo de hoje, o qual nos apresenta tudo o que nos afasta das verdades reveladas por Jesus. Desse modo, sendo portadores de uma super fé, não temos medo daqueles que a contestam, que a contradizem, que a negam, que a atacam, que a recusam,  e que procuram nos arrastar para a lama da correnteza da ilusão de uma vida fácil, e de prazeres sem limites.

            Que a nossa fé seja diariamente fortificada pela leitura, pela meditação, pela Eucaristia, pela oração e pelo esforço de nos aproximar cada vez mais da verdade de Jesus, e de nos afastar de tudo o que mentiroso, enganoso, e perigoso para a salvação da nossa alma.

            Que a nossa fé seja resistente ao desgaste das críticas dos nossos amigos que por sua vez não crendo, fazem de tudo para nos tirar do caminho da verdade. E o pior é que muitas vezes conseguem!

 

            Que a nossa fé seja firme diante das falsas verdades dialéticas, das falsas verdades de outras seitas e religiões criadas por seres humanos.

            Que a nossa fé seja alegre, de uma alegria sincera e contagiante baseada na esperança das promessas de Cristo. Que a nossa fé seja capaz de nos preencher, e de fazer perceber que só a Santíssima Trindade nos basta, e assim, sejamos capazes de transbordar e irradiar essa paz verdadeira aos demais irmãos. 

            Que a nossa fé não seja egoísta, ou seja, que não pretendamos ter Jesus somente para nós. A nossa fé tem de ser atuante, disponível, compartilhada, pois devemos reparti-la com os nossos irmãos através da catequese que pode ser pela palavra, pelo testemunho e pelo nosso exemplo.

            Finalmente, que a nossa fé seja acima de tudo humilde, que nunca nos julguemos mais, ou melhores que ninguém, que não tenhamos nunca a presunção de nos julgarmos salvos pela vida que levamos.

            Irmãos. Que a nossa fé não seja uma fé morna, uma fé apenas social, uma fé de fachada, mas que ela seja uma fé autêntica e atuante, uma fé Católica, apostólica - romana.

            Na primeira leitura, vemos os primeiros catequistas, ou seja, os apóstolos a todo vapor espalhando a fé por onde passavam. Meus irmãos. E nós, o que estamos esperando? Um convite especial de Deus descendo numa nuvem e chamando o nosso nome para catequizar?   Os apóstolos foram chamados e impulsionados pelo amor de Cristo saíram por toda a parte a anunciar a Boa Notícia que era um tesouro preservado por seus sucessores. Nós todos somos chamados a continuar o trabalho iniciado pelos apóstolos, ou seja, a anunciar a fé, porém é necessário primeiro que a vivamos, para depois partilhar, celebrando-a na palavra, na Eucaristia e na oração.
            Os apóstolos iniciaram a Catequese no mundo, ou seja, eles realizaram um trabalho gigantesco, do primeiro anúncio do Evangelho, numa pregação missionária por muitos lugares, com o objetivo de suscitar a fé onde ninguém ou quase ninguém teria ouvido falar de Jesus Cristo. Enfrentaram muitos tipos de dificuldades, porém não se esmoreceram. Pois sabiam que o Espírito de Deus estava com eles, e uma prova disso era o poder de cura que eles tinham.
            Nós também somos apóstolos de Cristo, somos chamados a ensinar a palavra de Deus anunciada por Jesus, a fim de conquistar tantos quanto podemos para o Reino de Deus. Porém, é bom lembrar que uns são chamados de forma especial por Deus, para trabalhar no Ministério da pregação, ou seja, na catequese, para transmitir o mistério da nossa fé, através da transmissão da verdade revelada por Deus.
            A Catequese não deve ser uma iniciativa isolada, mas sim deve ser realizada por intermédio da Igreja, a qual é a coluna e o sustentáculo da verdade revelada, tendo a missão de guardar fielmente a fé, conservando integralmente a memória das palavras de Cristo, continuando os trabalhos iniciados pelos apóstolos, que é a transmissão da fé, como uma mãe que ensina a seus filhos a falar a linguagem de Deus, e a fazer a vontade do Pai, para que um dia tenhamos a alegria de merecermos a vida Eterna.

José Salviano.

 

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