Dia 04
João 1, 35-42
João 1, 35-42
No dia seguinte, João estava outra vez ali com dois
dos seus discípulos. Quando viu Jesus passar, disse:
- Aí está o Cordeiro de Deus!
Quando os dois discípulos de João ouviram isso,
saíram seguindo Jesus. Então Jesus olhou para trás, viu que eles o seguiam e
perguntou:
- O que é que vocês estão procurando?
Eles perguntaram:
- Rabi, onde é que o senhor mora? ("Rabi"
quer dizer "mestre".)
- Venham ver! - disse Jesus.
Então eles foram, viram onde Jesus estava morando e
ficaram com ele o resto daquele dia. Isso aconteceu mais ou menos às quatro
horas da tarde.
André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois homens
que tinham ouvido João falar a respeito de Jesus e por isso o haviam seguido. A
primeira coisa que André fez foi procurar o seu irmão Simão e dizer a
ele:
- Achamos o Messias. ("Messias" quer
dizer "Cristo".)
Então André levou o seu irmão a Jesus. Jesus olhou
para Simão e disse:
- Você é Simão, filho de João, mas de agora em
diante o seu nome será Cefas. ("Cefas" é o mesmo que
"Pedro" e quer dizer "pedra".)
Bíblia Sagrada, Nova Tradução na Linguagem de Hoje
Bom dia!
É surpreendente o impacto que temos quando utilizamos outros recursos para
poder levar a Palavra de Deus a todos seus filhos e filhas. Ontem ao citar a
música do Roberto Carlos, sinto ter mexido com o músculo da boca de algumas
pessoas... Foram bicos, cantos de lábios mordidos, pois ao apresentar Jesus de
uma forma menos ortodoxa não quer dizer que perdemos a essência, essência esta
que é a nossa matiz – a tradição.
Sim, e parafraseando o poeta, “o artista tem que ir onde o povo está”,
mas nem por isso, e baseado nesse argumento, tenho que soltar o carro na
banguela e me permitir de tudo, pois o que parece talvez moderno pode, em um
dado momento, descambar para a libertinagem e reféns de caprichos. (voltarei
nisso)
Ao buscar a uma reflexão onde Deus tem o poder de driblar nossa vontade
de fugir e se revelar, até mesmo na novela (os mais ortodoxos devem ter morrido
quando afirmei isso), revela a vontade do Pai em nos ver felizes,
pois qual seria o pai que dormiria sabendo que seus filhos não chegaram em casa
ou que estão trancados no quarto chorando?
O evangelho de hoje narra a conversão não só dos
primeiros discípulos, mas o poder convincente e argumentativo de André sobre
Pedro – “Achamos o Messias”- e quando digo convincente é porque mudar a
direção de alguém (Pedro), que parecia já ter suas próprias crenças e
convicções ao ponto de largar as redes (segurança e orgulho) e segui-lo, André
foi então magistral.
“(...) Investir, com afinco, na animação bíblica da pastoral e em
agentes e equipes leva à instituição e à formação continuada dos ministros e
ministras da Palavra [...]; com capacitação não apenas bíblica e litúrgica, mas
também técnica. Especial atenção merece a homilia que precisa ATUALIZAR A
MENSAGEM DA BÍBLIA DE TAL MODO QUE OS FIÉIS SEJAM LEVADOS A DESCOBRIR A
PRESENÇA E A EFICÁCIA DA PALAVRA DE DEUS, NO MOMENTO ATUAL DE SUA VIDA”. (§97
Doc 94 CNBB – Diretrizes Gerais 2011-2015)
Aqueles que torcem a boca para o catequista empolgado, o louvor alegre e
gritante da renovação carismática, a força politica, social e comprometida com
os pobres da pastoral da juventude está vivendo um inverno enquanto nossa
igreja vive a primavera. O padre, o leigo, o catequista que não gosta do Padre
Fábio de Melo apenas porque ele é “bonitão e sarado”, do Padre Marcelo porque
“nem sabe cantar”, do padre Antônio Maria que “sempre esta na TV”, deveria
repensar se seus argumentos de homilia ainda são tão convincentes ao ponto de
trazer Pedro até Jesus...
Esses “Andrés” tem convencido e motivado outros “Pedros” (padre
Robsondos filhos do Pai Eterno, Padre Reginaldo Manzotti, da
associação “evangelizar é preciso”, padre Orozimbo, salesiano que
esta em Campo Grande-MS) a serem um pouco menos ranzinzas e
apocalípticos como outros, a buscar em sua reflexão, métodos de trazer os
filhos de Deus de volta.
Esses filhos de Deus usam e-mails, blogs, sites, cds, dvds, facebook,
twitter e muito, mais muito, a Palavra de Deus em suas mensagens. Muito mais
que um “dedo em riste na cara” ouvimos, dos que são apóstolos de Deus, a
correção que levanta, resgata a fé e nos alimenta a não cair novamente tão
fácil.
Importante salientar, de forma nenhuma, abandonaram a tradição, para não
ficarem reféns de nossos caprichos, que desejamos muitas vezes uma igreja que
aceite, sem reclamações, minha falta de compromisso com os sacramentos ou pouco
coerência social principalmente com os mais pobres e necessitados.
Como precisamos desses pastores, catequistas, leigos que vivem a
primavera!
E por seu convencimento, diga-se de passagem, que alguém só convence
realmente o outro, se conhece bem do que fala, olhamos para a eucaristia, no
clímax da missa, então, embriagados de Deus, como João Batista, convictos
dizemos: Aí está o Cordeiro de Deus!
Um imenso abraço fraterno.
Alexandre Soledade de Paiva Ramos
“(...)
Quero conhecer os pensamentos de Deus... O resto é detalhe.
Albert
Einstein
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