SEGUNDA FEIRA DA 15ª SEMANA DO TC 16/07/2012
1ª Leitura Isaias 1, 10-17
Salmo 49 (50) “A TODO HOMEM QUE PROCEDE RETAMENTE, EU
MOSTRAREI A SALVAÇÃO QUE VEM DE DEUS”
Evangelho Mateus 10, 34- 11,1
“Quando o amor se fecha, torna-se veneno”-Diac. José da Cruz
Que sábias palavras de Jesus neste evangelho, embora estranhas,
pois parece que só ele quer ser amado e não admite que outra pessoa seja mais
amada que ele. Na verdade ele está falando sobre o grande perigo de um amor
fechado em si mesmo, amor egocêntrico, isolado e excludente.
O amor fechado e egocêntrico em nossas relações pessoais,
familiares ou comunitárias, dá a falsa sensação de uma paz que na verdade não
passa de acomodação, amo e sou amado, no meu grupo, na minha família, na minha
comunidade, o resto não importa...Nesse sentido Jesus trouxe a espada, isso é,
a sua palavra afiada que faz nos romper com todo esse egoísmo e abrir-se para
um amor mais amplo e responsável, que não fique alisando a todo momento o
próprio ego. Quando assim age o cristão, vai encontrar inimigos, vai perder seu
prestígio dentro do grupo.
Amar a algumas pessoas selecionadas, que nos querem bem, ou a família a qual pertence, é quase que uma
obrigação de nossa parte, é algo explícito e inadmissível seria não amarmos
nossos entes queridos. O amor do qual Jesus fala aqui é mais grandioso pois
supõe a gratuidade, o imerecimento ( amar a quem não merece o nosso amor) Esse
modo de amar gera sofrimento, que é a cruz, esse amor causa um desgaste físico,
psíquico e moral, imaginem Jesus jantando na casa de pecadores ou acolhendo na
sua lista de amigos, mulheres como Madalena...Entretanto, apesar dessa “morte”
para si mesmo, e dom sofrimento que ele possa causar, há algo imensamente
gratificante, esse modo de amar permite um encontro profundo com Jesus Cristo
sempre que somos acolhidos e acolhemos em seu nome.
Quando um cristão sabe amar desse jeito, o seu amor humano é
requalificado, e suas relações humanas se tornam sinais eficazes do amor de
Deus. Amor que vai ao encontro dos pequenos, nem que seja para lhes dar um
simples copo de água fria, amor que tem a excelência de ser feito em nome de
Jesus, característica própria do discípulo.
O amor egoísta, possessivo e exclusivo também gera morte, mas é uma morte eterna e definitiva porque se
morre sozinho, sem um sentido e uma razão para tanto. A morte gerada pelo amor
altruísta do cristianismo, ao contrário, nos leva á Vida Eterna e Verdadeira,
porque morremos com Cristo e com ele ressuscitamos. Este morrer e ressuscitar é
um processo dinâmico em nossa vida, até a morte definitiva que trará a esperada
Vida Eterna.
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