XVII DOMINGO DO TEMPO COMUM
Dia 29 de Julho de 2012
Evangelho de Jo 6,1-15
O evangelho que a liturgia deste domingo nos apresenta, mostra-nos mais uma vez, a sensibilidade de Jesus, diante a necessidade humana!
A fome de tantos irmãos é uma ferida que sangra constantemente no coração de Jesus!
E está em nossas mãos, a cura desta ferida! Cura que vem de um pequeno gesto de amor, que deve brotar do nosso coração e nos levar a partilha!
Quem de nós, não tem “5 pães e dois peixes”? Tomemos para nós, o exemplo daquele menino, citado no evangelho, que partilhou tudo o que tinha para o seu sustento e ficou saciado!
É difícil acreditar, mas é a mais dura realidade: num mundo de tanta fartura, ainda hoje, morrem milhares de pessoas vítimas do nosso abandono. São muitos os irmãos, que continuam morrendo de fome, ou por doenças causadas pela desnutrição, conseqüência do nosso egoísmo, que nos impede de abrirmos o nosso coração ao amor solidário, o amor que nos leva a partilha.
A todo instante, pessoas necessitadas de ajuda, desfilam diante dos nossos olhos, são irmãos nossos, pessoas desprovidas do mínimo necessário para a sua sobrevivência. E quantas vezes, nós, que dizemos seguidores de Jesus, tampamos os nossos ouvidos para não ouvir os seus clamores, preferindo ignorá-los, para nos isentar de quaisquer responsabilidade sobre eles. E assim, vamos buscando mil desculpas para justiçar a nossa impassibilidade, diante a esta triste realidade.
Precisamos aprender a olhar o irmão com o mesmo olhar de Jesus, um olhar que não vê somente a sua necessidade, como também, ajuda-o a encontrar o caminho que o levará a solução de seus problemas.
A exemplo de Jesus, não podemos fechar os olhos diante as necessidades do nosso irmão e muito menos, transferir para outros, a nossa responsabilidade para com eles.
Temos que nos conscientizar de que somos co-responsáveis pela vida do outro, por tanto, não podemos permanecer indiferentes aos seus problemas, problemas que se chegaram até a nós, é porque também são nossos.
Podemos observar, que quase sempre, o que o nosso irmão precisa, não é muito, é sempre algo que está ao nosso alcance, às vezes, é apenas um prato de comida, uma palavra de esperança, um tempo para escutá-lo, ou simplesmente um sorriso nosso.
Como verdadeiros seguidores de Jesus, precisamos colocar em prática os seus ensinamentos e assim como Ele, estarmos sempre atentos as necessidades do outro, prontos para ajudá-lo.
De nada adianta, erguermos as nossas mãos para louvar a Deus, se não somos capazes de abaixá-las, para erguer um irmão.
O evangelho de hoje narra o episódio que marcou o milagre da multiplicação dos pães: o milagre da partilha! O ponto fundamental deste acontecimento, é o amor, o amor que leva a partilha.
Sabemos que Jesus, se quisesse, poderia realizar sozinho, a multiplicação dos pães, mas Ele quis envolver todos os seus discípulos, até mesmo um menino, um anônimo, cujo o nome nem é citado, apenas mais um no meio da multidão, o que vem nos mostrar claramente, que Jesus, quer agir no mundo, através do coração humano.
Jesus nos encarrega de saciar a fome de tantos irmãos, na certeza de que: colocando em suas mãos, o pouco que temos, Ele transforma em muito!
Onde existe amor, existe partilha, onde existe partilha, Deus entra, e o milagre da multiplicação acontece!
É nosso compromisso cristão, despertar no outro, a necessidade de Deus, mas antes, é preciso saciar a sua fome, criar no seu coração a necessidade de Deus, como fez Jesus: a partir da necessidade do pão material, ele criou a necessidade do pão da vida eterna.
FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia
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