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domingo, 29 de julho de 2012

Jesus conta uma parábola-Fr. José Luís Queimado,



Terça-feira, Dia 31 de julho
Mt 13,36-43

DEUS QUER QUE O AMEMOS!

Como sabemos, esta perícope é uma explicação dos versículos anteriores, em que Jesus conta uma parábola. Se estivermos bem lembrados, no Evangelho de ontem, falamos sobre a clareza nas pregações de Jesus, ao contar historinhas pedagógicas (parábolas). Entretanto, em algumas afirmações de Mateus, podemos ver que o sentido de Jesus contar parábolas era para que as pessoas ouvissem e não compreendessem. Não há uma contradição aí?
Bem, é certo que as parábolas de Jesus eram bem compreensíveis aos ouvidos da multidão que seguia Jesus, mas o evangelista salienta que muitos chefes de Israel não aceitavam o modo de falar do Mestre, e, por isso, eles ouviam as comparações de Jesus, mas recusavam-se a compreender, a assimilar.
O joio, uma planta considerada daninha para as plantações, confunde-se com o trigo, na sua primeira fase de crescimento. E Jesus usa essa comparação para alertar os seus ouvintes da importância de estar sempre atento às investidas impiedosas que o mundo oferece. O Mestre sabia que os seus seguidores eram vulneráveis, medrosos e, ao mesmo tempo, esperançosos. Sabia, também, que muitos iriam lutar para convencer os discípulos de que estavam seguindo a pessoa errada. Por isso ele conta essa parábola, para advertir os seus discípulos de que muitos obstáculos estavam esperando por eles.
Jesus ameaça aqueles que querem destruir o seu projeto, mas é uma ameaça para dissuadi-los de levar a cabo tais atos. Jesus não quer ser vingativo, nem castigador, mas quer ter o maior número possível de seguidores que creiam num Deus capaz de amar incondicionalmente, sem nada em troca: sem sacrifício, sem promessas, sem aniquilação da pessoa humana. Um Amor que assusta!
Muitos pregadores só usam a última parte dessa passagem para assustar e alienar os fiéis. Tiram a passagem de seu contexto para ameaçar as pessoas, para amedrontá-las e, consequentemente, para dominá-las, assim fica mais fácil tirar delas tudo o que quiserem. Os crentes em Deus devem ficar atentos: Jesus nos apresenta um Deus de Amor, puro Amor. Agora, um Deus-Amor mata e destrói? Um Deus-Amor toma todo o dinheiro do pobre? Um Deus-Amor exclui muitos de seus filhos, para favorecer apenas aqueles que pagam o dízimo? Pensemos nisso. E essa não é uma crítica a uma ou outra religião, mas a todas as religiões que usam a bíblia para oprimir e explorar!
A última parte dessa explicação parabólica deve ser posta em seu contexto. Os evangelistas viveram quando Jesus já havia morrido e ressuscitado. Havia algumas perseguições aos novos cristãos, e por isso a ameaça é posta no final do discurso de Jesus para dar esperanças a esses fiéis perseguidos: pois haverá uma recompensa para aqueles que permanecerem inabaláveis diante das perseguições!
Amemos sem querer nada em troca! Deus prefere que nós o amemos, e não que o temamos, amedrontados em um cantinho qualquer! Nós mesmos devemos extirpar (arrancar pela raiz) o joio de nossos corações, e é esse o objetivo da vinda de Jesus em nosso meio!

Fr. José Luís Queimado, CSsR   (jlqueimado@ig.com.br)

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